x Luan x
— Eu a amo tanto — minha voz saiu baixa, mas sei que ela ouviu. — Gostaria de tirar toda dor que ela vem sentindo e a transferir para mim. — Suspirei alto.
— Mas você tem a sua dor, não tem? — Perguntou.
— Eu preciso me mostrar forte, você mesma disse.
— Mas tenha cuidado para não se ferir — sorriu fraco. — dividir suas dores, às vezes, é bom — Abriu uma das gavetas da mesa e passou a procurar algo nela. — Bom, essa é uma amiga minha, ela pode ajudar com os estímulos precoces que te sugeri — Colocou dois cartões em minha frente. — Esse outro é um terapeuta, você pode precisar.
— Obrigada — Engoli o nó que se formou em minha garganta.
Eu me acalmava, pós crise de choro, Ellen me deu conselhos e sugestões, que ajudariam no desenvolvimento da minha filha.
Sai da sala, depois de cobrir Maria Flor, não queria que ela ficasse resfriada, e andei pelos corredores procurando minha esposa.
Por minutos me senti angustiado, não a encontrava em lugar nenhum, até que pedi informação a recepcionista. A mesma me informou que Eloísa havia passado por ali a algum tempo, portanto deduzi que ela me esperava no carro.
Andei rapidamente até a saída do hospital, já que o tempo estava cinza, denunciando a chuva que cairia a qualquer momento e eu sabia que Lolô não poderia tomar friagem, devido a quarentena.
Meu coração apertou com a cena, onde minha mulher abraçava o próprio corpo e chorava compulsivamente encostada em nosso carro.
Eu estava odiando vê-la assim.
— Amor — chamei sua atenção. — Não fica assim. Por favor. — Minha voz saiu baixa.
— Me leva pra casa. — Sua voz saiu trêmula.
Não protestei, coloquei Maria Flor no bebê conforto, que estava mais para desconforto já que ela parecia odiar ficar ali, e dirigi até nossa casa em segurança.
Lucca nos recepcionou, já tomado banho.
— Brinca comigo, papai? — Perguntou, em suas mãos ele segurava seu brinquedo favorito, o carrinho da patrulha canina.
— Só vou colocar a Florzinha no berço — sorri amarelo.
Enquanto subia as escadas me senti um péssimo pai para o meu menino, eu tinha o deixado de lado por esses dias, focando somente em Maria Flor, mas eu iria me redimir, ele precisava de mim como ela.
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Cromossomo do amor
Fanfiction"A nossa história é diferente, não é típica de roteiro de filmes encantados, ou talvez sim, pois a princesa nós temos. Somos a verdadeira família de comercial de margarina, eu, Eloísa, Lucca e Maria Flor, a minha garotinha. Ela tem poucos meses de i...