Cromossomo do amor

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x Eloísa x
Tivemos alguns dias de paz e sossego, tirando Helena que, infelizmente, me incomodada pela forma com que olhava e/ou falava com Luan.
Porém meu esposo é uma pessoa excepcional e sempre fazia questão de exaltar o quando me amava.
Sério, eu tenho recebido flores toda semana, variando as cores e os cartões, onde sempre há uma declaração que aquece meu coração e me faz ter mais certeza ainda que casei com a pessoa certa.
Diferente do isolamento total das últimas vezes, dessa vez podemos estar presente na pequena comemoração que minha mãe fez no dia do seu aniversário.
Por culpa de uma forte gripe que peguei, tivemos a quarta quimioterapia adiada e reagendada para a semana seguinte da que seria.
Era sempre dolorido arrumar as pequenas malas, que fazia para todo período de internação, me despedir de Lucca e do resto da família e enfrentar cinco longos e dolorosos dias dentro daquele hospital, desta vez, somente eu e Maria Flor.
Sim, depois de muito conversa, decidimos que Luan ficariam em casa com nosso primogênito. Toda essa situação afetava ele, tanto que tivemos episódios de febre emocional e alguns momentos de choro e malcriação para obter nossa atenção.
O primeiro dia, dos cinco, era sempre o pior. Tudo se arrasta, as horas, minutos e segundos, e um simples dia parece durar a eternidade.
Também é inevitável o sofrimento ao ver minha pequena passar por todos aqueles procedimentos hospitalares. Desta vez, Maria Flor recebeu uma medicação diferente das anteriores, portanto teve algumas reações, mas nada tão alarmante como eu imaginava no começo do tratamento.
Mais uma transfusão de sangue e, graças a Deus, tivemos apoio de, como eu os chamo, anjos que se prontificavam, sempre que necessário, a doar sangue quando necessário.
Cinco inacabáveis dias e, voltar para casa, no final deles, eram sinais de que havíamos vencido mais uma batalha.
Seguimos a risca tudo que foi nos recomendado pelo hematologista, não podíamos cogitar que minha filha tivesse alguma infecção.