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x Luan x
— Oi, mãezinha — me encostei no pilar espelhado.
— Como você está, meu amor? — sorri só em ouvir o som da sua voz.
— Estou bem e a senhora? — sorri para a recepcionista que, tentava, tirar uma foto minha discretamente.
— Bem ... — Ela suspirou. — Filho, você precisa vir pra casa...
— Aconteceu algo? — A interrompi.
— Estou no hospital com a Elô, a Florzinha não está nada bem.
Minha mãe disse inúmeras coisas que foi impossível compreender, não sei como minhas pernas me obedeceram e seguiram até Edgar e Wellington, parados do lado de fora da academia.
— Eu preciso ir pra casa. — fui objetivo.
Edgar tentou me questionar mas eu apenas lhe entreguei seu celular, seria melhor que ele falasse diretamente com minha mãe e passasse a ajeitar minha volta pra casa.
Apertei inúmeras vezes o botão do elevador, que parecia demorar o dobro. Entrei na caixa metalizada e, enquanto ela subia até meu andar, eu batia os pés freneticamente no chão.
Wellington não questionou nada, e eu preferiria assim.
Só precisava ir pra casa.
Quando já estava em meu quarto, joguei minhas coisas na mala e separei um casaco, o clima em São Paulo é louco e eu não pretendia passar em casa antes de ir para o hospital.
Olhei em minha volta, antes de fechar a porta, e encontrei Inah no final do corredor.
— Seu pai me ligou — Ela se virou para chamar o elevador.
— Eu preciso saber como minha menininha está, Nah — senti meus olhos marejarem.
— Vai ficar tudo bem, confia em Deus. — Ela afagou meus ombros.
Durante o caminho até o aeroporto, Inah fazia algumas ligações, teríamos de cancelar o show de hoje, e os futuros, se possível. Infelizmente teria que expor ao extremo minha vida pessoal.
Já no avião, me sentei na última poltrona e procurei um, dos inúmeros terços, que ficavam embaixo da poltrona.
Mentalizei minha oração, pedindo para ser cuidado até a capital paulista e também que cuidassem da minha garotinha.
"Que não seja nada grave" repeti durante todo caminho.
Depois de saber que teríamos de lidar com a síndrome de Maria Flor, me preocupem em ler mais sobre, dai toda minha preocupação. Minha pequena estava apta a ter algum problema de saúde.

Cromossomo do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora