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x Luan. x
O terceiro mês da minha garotinha. Durante esse tempo, dava para contar nos dedos as vezes que postamos algo sobre ela, no máximo sua mãozinha e seu pézinho. Tínhamos receio de como o mundo a aceitaria.
Eu não suportaria ver alguém falando, ou fazendo, mal a minha pequena bonequinha.
Maria Flor me transmitia uma paz, a melhor sensação é essa que estou sentindo, ela dormindo tranquilamente em meu peito.
Minha esposa continuava abalada pela situação em que nos encontrávamos, mas parecia aceitar a nossa nova situação, mesmo que tenha pego ela chorando pelos cantos algumas vezes.
Tínhamos mudado um pouco a nossa rotina, meus shows eram aos finais de semana, me ajeitei para passar o mínimo de tempo possível longe de casa, as terças e quintas, pela manhã, levávamos Maria Flor a estimulação, depois de pesquisarmos bastante vimos que aquilo seria bom para ela, mesmo que precocemente. À tarde, Lucca tinha a nossa atenção, ele fazia aulas de natação e fazíamos questão de o levar e buscar.
A alguns dias, Arleyde, minha assessora e amiga, nos propôs uma visita em uma das instituições de crianças especiais que ajudávamos. Eloísa não relutou e, analisando minha agenda, o dia de hoje foi o melhor encontrado.
— Vamos? — Eloísa passava os dedos por seus cabelos curtos.
Eu tinha amado essa versão.
— 'tá' linda — A elogiei.
Ela estava vestida de maneira confortável, mas que não a deixava menos linda.
Eu amava quando ela estava assim: leve.
Sorrindo, Lolo retirou nossa pequena do meu colo e a aconchegou em seus braços.
— O papai e a mamãe voltam logo, filha — murmurou, mas fui capaz de ouvir.
Sorri ainda mais e pedi para que Deus aliviasse o resto dos nossos corações que faltavam.
Edgar e Well não demoraram para chegar, iríamos no meu carro e Arleyde nos encontraria lá.
Meu segurança se dispôs a dirigir e eu deixei que Edgar fosse ao seu lado no carona, me aconcheguei atrás, depois de guardar a cadeirinha das crianças no bagageiro, e abracei Elô pelos ombros.
Beijei seu ombro, depois seus cabelos e aspirei seu cheiro delicioso.
— Vou pedir pra Bru dormir em casa, 'tô' com saudade de você. — falei baixo somente para ela ouvir.

Cromossomo do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora