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x Eloísa x
Para nossa felicidade, antes de realizarmos a terceira quimioterapia de Maria Flor, Doutor Leone nos deu uma ótima notícia:
Os índices do sangue da pequena estavam bons e, por causa disso, poderíamos sair do isolamento rigoroso.
Foram duas semanas em paz, mas cientes de que a terceira batalha seria inevitável e precisávamos de muita fé e coragem.
Desta vez, ficamos cinco dias, após a sessão, dolorosos e completamente lentos dentro do hospital. As noites eram piores, elas nunca tinham fim, o único ponto positivo era que minha filha dormia super bem e em poucas noites nos deu trabalho.
O que realmente atrapalhava era a equipe de enfermagem que entrava durante toda noite para trocar a medicação.
Mais uma alta, era gratificante estar em casa. Novamente um pequeno isolamento, devido a imunidade da pequena.
Para o nosso azar, após mais um exame no hematologista, Maria Flor estava com as plaquetas baixíssimas, seria necessário uma transfusão de sangue.
Um processo doloroso para uma criança de, quase, oito meses.
Por utilizar do banco de sangue, após a transfusão, foi nos pedido que doássemos também. Nossa família se prontificou em doar e Luan, junto com o pessoa do seu escritório, estendeu uma campanha nacional, em um gesto de empatia.
Infelizmente, dias após, Flor apresentou um estado febril.
Eu não tinha mais forças. Surtei. Chorei. Reclamei. Gritei. Estava indignada com a situação, não me conformava que aquilo estava acontecendo novamente.
Só Deus sabe o quanto sofri, o quanto chorei por estar lá, por ter deixado meu outro filho mais uma vez e pela dor e sofrimento da minha pequena.
Fizeram todos os exames necessário e, pelas graças de Deus, não deu nada grave.
Transferidas para um quarto, esperamos por mais dois dias. Refizeram os exames e nos deram boas novas em relação ao sangue dela.
Em casa, mais uma vez, felizes por estarmos ali, porém sabendo que a luta estava apenas no começo e que tínhamos vencido mais uma importante batalha.

Cromossomo do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora