Relativity

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Marinette encarava o papel dobrado em cima de sua escrivaninha. Se passaram segundos ou horas que ela estava ali? Não sabia ao certo.

A heroína decidiu não pensar nisso ao menos agora. Então guardou o papel em sua gaveta, enquanto refletia.

Durante a noite, dormiu sozinha e teve mais um dos seus pesadelos. E um dos bem ruins. Provavelmente a conversa com Chat Noir do futuro, tinha despertado o desespero no seu inconsciente, por mais que por fora ela afirmasse que estava tudo bem.

Graças a Tikki, Marinette se acalmou e pôde voltar a dormir. Mas o maior medo da azulada ainda estava pairando em sua mente.

Aqueles pesadelos, assim como a história das fendas, acabariam algum dia?

***

Se passaram cerca de dois dias em que Ladybug não falava mais no assunto. Como se a visita dos três heróis do futuro, fosse um delírio coletivo. E obviamente a equipe estava curiosa, mas ninguém ousava questionar.

Enquanto isso, os pensamentos da azulada estavam a mil.

Marinette se sentia sobrecarregada com uma decisão tão difícil nas mãos. Sabia que não podia adiar mais. Contudo, também não sabia o que decidir.

- Abriu uma fenda no centro. Estou indo checar com a equipe, você vem? – Marinette perguntou ao namorado.

- Eu pensei em fazer uma surpresa pro meu pai. Ele está na terapia com o psicólogo agora, mas eu quero estar lá quando terminar. Quero tentar conversar com ele. – explicou. Queria fazer o possível para ajudar no tratamento. A azulada sorriu e beijou o namorado.

- Faça isso. Boa sorte.

- Pra você também, Bugaboo. Qualquer coisa é só chamar.

- Tá bem. – os dois se transformaram e foram para direções diferentes. – Claws in! – disse assim que adentrou o quarto pela janela. Plagg não disse nada, foi direto pegar um camembert, como de costume.

Adrien saiu do quarto, desceu as escadas e ia direto para a cozinha. Porém, estranhou o silêncio na casa. Não era para o seu pai estar fazendo terapia?

Com cuidado, foi até o escritório de Gabriel e abriu a porta. Não havia ninguém ali.

- Ué? – Plagg surgiu ao seu lado, fazendo com que ele saltasse para o lado com o susto.

- Que susto, Plagg! – os dois riram – Aonde será que eles estão?

- Seu pai pode ter ido até o consultório desse psicólogo.

- Não. Meu pai nunca sai. Ainda mais depois de toda aquela confusão. – adentrou o cômodo. – Talvez ele esteja no quarto. – deu de ombros e fez menção de sair. Porém antes que o fizesse, as luzes começaram a piscar e um barulho vindo da rua foi ouvido. Algo na rede elétrica.

O loiro correu até a janela e viu as luzes piscando na rua também.

- O que é isso? – kwami questionou.

- Não faço ideia. – franziu o cenho – Mas eu espero de verdade que não seja coisa do meu pai. – Adrien correu até o quadro da sua mãe.

- O que você vai fazer?

- Procurar o Gabriel. – clicou nos botões que abriam a passagem secreta até o antigo esconderijo de Hawk Moth. Assim que a passagem abriu, Adrien não tardou e entrar.

Enquanto o elevador subia, as luzes piscaram novamente, fazendo com que ele falhasse.

- Eita! – Plagg reclamou. Em seguida, a energia caiu de vez e o elevador despencou.

Miraculous: Secret Wars IIOnde histórias criam vida. Descubra agora