Promise

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Ele prensou seus lábios contra os meus. Fechei meus olhos por impulso, e fechei a porta. O mesmo, segurou meus braços. Era tão intenso, que parecia a última vez que ele me beijaria. Ou, como se fosse a primeira depois de anos. O que, tecnicamente, não é totalmente mentira.

A falta de ar se fez presente. Soltamos nossos lábios delicadamente.

— Finn eu...

— Eu e Ayla, nós acabamos. — Respondeu ainda ofegante.

— Não sei, se tenha feito a escolha certa. Finn acho que não deveria ter feito isso. Quer dizer, deixá-la?  Ela parece gostar de você. — Conclui, ele sorriu.

— Millie, ela é lésbica. — Deu uma risada curta.

— O quê?! — Fiz cara de confusa. — Uau isso é... Inesperado. — Mordi o lábio inferior. — Então, você terminou com ela? — Pergunto

— Basicamente.

— Terminou, por que ela te contou que era lésbica? — Questiono.

— Não. — Ele balançou a cabeça em negação.

— Quer saber, eu não entendo! Sinceramente, acho que só sou a sua segunda opção. Bem, "Uau a Ayla é lésbica. Agora que ela terminou comigo, é hora de pegar a Millie, aquela trouxa." — Fiz uma voz grossa, que soou engraçado.

— De novo essa história, de segunda opção? Está ficando repetitivo. — Revira os olhos.

— O que está ficando repetitivo, é você aparecer do nada na minha casa, e me agarrar! — Exclamei. — E não é repetitivo. É realista. Esse foi o único motivo de ter vindo até aqui. E...

— Millie, eu terminei com ela, porque ela não era você. — Conclui.

Fiquei sem resposta.

Aquilo foi fofo. Deixei a boca aberta, para tentar falar mais algo, porém logo a fechei, sabendo que não teria contra argumento. Não pra isso.

— Uau, deixei Millie Bobby Brown, sem fala? Isso é raro. — Sorriu.

— Você sonha muito. — Revirei os olhos sorrindo.

— Sim. Com você. — Puxou minha cintura, me trazendo pra perto.

— Que brega. — Ri, e depoisitei um selinho nos seus lábios. — Certo, isso está meloso demais. — Revirei os olhos.

— Ah está? Eu gosto. — Me trouxe mais pra perto.

— Finn, acho que deveria ir. São duas da manhã. Tenho que ir cedo para o hospital. — Avisei, me soltando de seus braços.

— Não está faltando muito, no trabalho? — Perguntou.

— Sim mas... Não é assunto para agora. — Bocejei. Eu estava exausta, louca pra cair na cama. — Finn, eu vou dormir. — Me virei de costas, e ele me acompanha. — Que isso? Vai me seguir agora? — Pergunto.

— Sim. Se for preciso. — Me puxou pelo braço.

— Isso é invasão de domicílio. — Coloquei a mão na cintura.

— Não, se a dona gosta da minha presença. — Revirei os olhos, e ele voltou a me seguir até o quarto.

Cruzou os braços e se jogou na minha cama.

— Sério? — Ele assentiu. — Você parece uma criança. — Ri organizando meu travesseiro.

— Sou uma criança, mas estou perto de você. — Sorriu fofo.

— Céus. — Ri, revirando os olhos.

Apaguei a lâmpada, e me deitei ao seu lado. Isso estava estranho. Mas, era um estranho bom. Era confortável estar com ele. Era bom estar ali. Me sentia aliviada, de que pelo menos, a garota que estava ao seu lado, era eu eu mesma. Não Ayla. Coisa que ao meu ver, soa estranho.

She And He | FillieOnde histórias criam vida. Descubra agora