A kiss would be good

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Um mês depois...

Domingo às 03:40am

Me despertei com o vento balançando as cortinas. Aquilo me dava um arrepio no corpo, por algum motivo. Eu devo ter visto em um filme, ou sei lá. O fato era: Eu precisava fecha-lás.

Tentei me esquivar do braço nu, que estava posicionado acima do meu corpo. Tento fazer, com que ele não acordasse. Claro. Não deu certo.

— Algo errado? — Pergunta esfregando os olhos.

— Só preciso fechar as cortinas. — Me levanto indo em direção a janela, trancafiando a mesma.

Voltei ao seu lado, que me puxa pra perto mais uma vez, deixando seu corpo colado no meu. Joguei a coberta por cima de nós, na intenção de deixar o frio longe. Entrelacei minhas pernas as dele, e pus minha cabeça a pensar. Sim, às três da manhã.

Estávamos nessa a um mês. Ele até hoje, não havia me falado sobre nada sério. O que, irrelevante ou não, é estranho. Já que, se o mesmo dizia que sentia tanto assim a minha falta, por que a demora? Não que eu me importe com os rótulos.

Mas, seria interessante se acontecesse. Afinal, estamos sério ou não? Poxa, esse negócio de gostar, é muito difícil.

Adormeci por um longo período após esse pensamento.

Ás 08:00am

O despertador fez a honra de apitar em pleno domingo. Estiquei meu braço até o criado-mudo, na intenção de desligá-lo. Assim que fiz, tentei voltar a dormir. Não consegui.

Me remexi na cama, tentando sair.

— Só mais cinco minutinhos. — Ele puxou meu corpo novamente para o seu.

— É uma proposta tentadora. — Voltei meu olhar para o mesmo, que abre as pálpebras vagarosamente.

— Eu também acho. — Apertou minhas cochas.

— Mas, tenho coisas a fazer. E já que você se esqueceu de novo, de desligar o despertador... Vou levantando. — Tirei seu braço de cima de mim, e me guiei ao banheiro, ligando o chuveiro.

— Vai trabalhar no caso de Noah de novo. Não é? — Perguntou se pondo no batente da porta.

— Exato. — Passei o sabão dentre meu corpo.

— Não tem outros casos pra resolver? — Se aproximou do box.

— Sim mas... Esse é mais importante. E, quanto mais eu trabalhar, mais rápido pego os desgraçados. — Disse revirando os olhos.

— Millie, é domingo. — Sorriu.

— E daí? Não é só porque é domingo, que eu não possa trabalhar. — Enxaguei meu corpo.

— Sabe que é tentador te ver nessa posição. — Passou o dedo no lábio inferior.

— Imaginei que fosse. — Sorri de canto, abrindo o box.

Ele retirou sua camiseta, indo em minha direção, me beijando calmamente.

Tomamos banho juntos.

Quase duas horas depois.

Fiz um coque no topo do meu cabelo, e me direcionei a sala, descendo as escadas. Me deparei com Sadie fazendo omelete, assim como todos os dias.

— Não se enjoa de comer isso? — Fiz cara de nojo.

She And He | FillieOnde histórias criam vida. Descubra agora