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Bateram. Não respondi, se fosse o Théo ele apenas entraria não é? Então vieram três batidas em sequência rápida e meu chamou.

— May — mais três "toc, toc, toc" e.... —May— mais três batidas e meu nome novamente.

William me obrigou a sorrir com sua gracinha. Virou a maçaneta também sorrindo, contudo ficou sério ao me ver. Apesar do sorriso, as lágrimas me vinham aos olhos.

— Ei, o que anda te perturbando tanto, minha morena? — minha morena, primeira vez que ele me chamou assim.

— Adoraria mentir e dizer que é por culpa da emoção, mas...

— Mas é por minha causa. — ele ficou chateado, deu pra notar.

— Não... eu... quando-quando... — respirei pra tentar coordenar os pensamentos — Quando disse: você é a próxima, só me senti mal com isso. — e lá estava eu, que não queria mentir, mentindo.

Queria ter dito a ele que o fato de ter ouvido Você ao invés de Nós era a razão da minha tristeza.

— Não gosto de te ver chorando sem motivo. Vamos voltar pra festa.

— Vir aqui só pra me ver foi... gentil. — Não senhorita, vim trocar a gravata e acabei te encontrando aqui.

Aham...

Apesar da brincadeira, trocou mesmo a gravata, colocou a Chanel lilás, combinou com meu vestido. Fiquei reparando como ele dava o nó tão rápido, nem precisou de espelho.

— Estamos ótimos, como sempre. Vamos?

A falta de modéstia de William, me embriagava de uma falsa confiança em mim mesma, me apoiando em seu antebraço como uma dama, representando a patética cena de nossas vidas, a impostora e o garoto de programas, seguimos de volta à festa.

*~~*~~

Luiza e Junior saíram de fininho e foram embora sem se despedirem! Achei romântico. Pietra estava sumindo a cada dez minutos, deve ter se arranjado com alguém, depois da página virada com a dor de cotovelo, ela estava inteira!

Queria ser como ela... E sendo um pouco Pietra, me permiti aproveitar meu sapo que ainda era príncipe e minha carruagem que ainda não virara abobora. Dançamos de rosto colado, abraçadinhos, sem nem ao menos mover os pés, apenas nos embalávamos numa música lenta já substituída, sem nos importarmos que todos os outros estivessem pulando e gritando enquanto nossos pés estavam grudados no chão, nossos olhos fechados, a mão de William em minhas costas e as minhas acariciando lhe a nuca.

— Quer fazer amor comigo? — uma simples pergunta e meu corpo já reagindo àquela voz que sussurrava em meu ouvido.

— Quero.

William me levou pela mão, e fomos andando lentamente do salão de festas ao chalé. Olhando a lua, as estrelas, ouvindo o barulhinho da cigarra competir com o som alto da festa.

— Quando era criança, adorava caçar cigarras aqui mesmo, neste gramado. — apenas comentei.

— Quando era criança gostava de pescar.

— Você não gosta de falar muito da sua infância... — constatei.

— Não é que não goste, apenas não há necessidade.

— Como não? — Minha necessidade em te conhecer é maior.

— Você tá afim de mim? É apenas uma observação! — disse jogando as mãos para cima em rendição.

William se lembrou do dia em que me disse exatas palavras, aquiesceu e sorriu.

— Muito. — respondeu no instante em que paramos à porta do chalé. Foi um beijo doce aquele que recebi, um abraço apertado e ao mesmo tempo carinhoso, William me ajudou com o vestido de fecho lateral, deixando o aberto enquanto me desfazia de sua gravata e o puxava para mais um beijo, um desses que a gente quase nem beija porque tá sorrindo, a pessoa também e os dentes quase batem. Era muita roupa e William começou a ficar impaciente, depois do paletó, gravata, colete, ainda havia a camisa, que ele simplesmente arrancou. Por medo que também destruísse meu vestido alugado, tirei-o com o maior cuidado deixando-o sobre a poltrona, ainda que driblando os beijos e mordidas em minha nuca. O sutiã não teve a mesma sorte, foi eliminado de uma só vez para que William acariciasse meus seios, intumescendo meus mamilos em sua saliva morna. Pensei que arrancaria minha calcinha da mesma maneira, não o fez, se afastou para me olhar.

— A segunda vez em que vi seus seios foi com certeza a mais excitante.

— Muito mais que da primeira vez, quando me deu banho?

— Não me satisfaço com mulheres dopadas ou que não saibam o que estão fazendo... E da segunda vez... Você estava exatamente, assim. Você faz ideia do poder de uma cinta liga, não faz?

— Talvez... Qual seria esse poder, William?

— Algo mais ou menos, desse jeito... William tocou meus lábios delicadamente, me conduzindo num abraço apertado até a cama, deitando-se sobre mim, me olhando nos olhos enquanto seus dedos passeavam pela minha intimidade. Nossas bocas ainda se tocavam quando me tirou o ar com poucas palavras...

— Quero chupar você até que goze na minha boca. — apenas assenti.

William trilhou meu corpo beijando e mordendo, me fazendo gemer, rir e chorar de prazer e também por medo de que estivesse me dando um adeus com todo aquele sexo perfeito, se despedindo do meu corpo, de mim. Segurou minhas mãos, entrelaçando nossos dedos enquanto me beijava o sexo com lambidas e chupadas em meu clitóris e abaixo dele, com o beijo mais carinhoso do amante mais apaixonado, William me arrancou um gemido sôfrego que antecedeu ao momento, como sempre incrível, em que me derramei nele. E eu era inteira quando William me tocou e desmontei-me em pedaços sob seus lábios e língua. Desatou minha cinta liga branca e tirou-me a calcinha antes afastada para um lado, jogando-a em um canto qualquer. Olhou-me de um olho a outro seguidas vezes. Seus dedos me acariciaram o rosto.

Veramente bella.

— Grazie. — arrisquei um agradecimento em italiano e por resposta obtive seu sorriso.

Queria ter dito mais, chama-lo de amore mio, mas aquela frase nunca antes havia saído de minha boca para encontrar-lhe os ouvidos, pois não eram palavras vazias, uma frase bonita pra ser dita quando se espera algo em troca. Eu o amava. William me penetrou aos poucos, até quase tocar nossas pélvis fechei os olhos apertando-os um pouco e ele se afastou um tanto e parou. Seus lábios se torceram, chateado, e lhe puxei pelo quadril para que entrasse de uma vez, William gemeu, eu também. Segurou em meu quadril para nos embalar em arremetidas intensas e profundas. Levantou minha perna apoiando-a em seu braço, e a cada estocada me sentia mais perdida em meio a tantos sentimentos.

Me arranha, ele pediu ao me ver contida. E deslizei minhas unhas em sua pele, ele dobrou as costas e meteu mais forte, parei, ele pediu que continuasse, William mordeu o lábio me penetrando novamente com força, dessa vez não pude conter um grito e lhe enfiei as unhas tão fortes quanto quando me penetrou. William parou, me olhando sério e balançando a cabeça em negativa. Morena malvada, foi o que disse puxando minhas mãos para segurá-las ao lado de meu rosto. William tirou um pouco de dentro de mim sem sair completamente, arqueando o corpo para me sugar os seios, um, outro e me abriu ainda mais as pernas jogando o quadril para os lados e me conduziu mais uma vez por aquele labirinto de sensações, metendo apenas na entrada do meu sexo, logo mais fundo, me olhando todo o tempo, a mandíbula cerrada. Estava gostoso demais. Não conseguia mais raciocinar, William sabia disso pois se inclinou em meu ouvido gemendo rouco e puxando o ar entre os dentes, gemendo mais uma vez e outra e outra, Molha meu pau, morena, quero sentir... Fui me deixando levar por aquela tormenta deliciosa que era William dentro de mim e quando percebi, estava apertando-lhe o pau mais e mais por dentro, recebi um beijo apertado na boca.

William não se moveu por muito mais tempo depois que gozei, puxou o corpo rápido e eu o segurei com as pernas. Não, lhe disse impedindo que saísse. Tô sem camisinha! Respondeu como se eu não houvesse percebido. Não lhe dei a chance de pensar ou perder aquele momento, enlacei-lhe o corpo com mais força, segurando sua nuca em uma das mãos, a outra o puxando para dentro de mim e William gemeu alto, soltando o ar de seus pulmões num grande ah! Enquanto seu abdome se contraía seguidas vezes, seus olhos fechados e apertados, tanto quanto apertava meu corpo nos dedos.

— Porra! Você é muito gostosa e muito louca! — a voz dele falhou um pouco e então desabou ao meu lado.

— Está tudo bem. — respondi com sinceridade, mas senti um vazio quando saiu de dentro de mim.

Esperei que acalmasse a respiração e me deitei em seu peito. William me abraçou beijou-me os cabelos seguidas vezes o que me fez sorrir.

— Dois minutos para o segundo round... — Dois minutos? Nada disso seu amigo ainda está bem duro, meio minuto!

— Você tá muito fominha, morena... Já que é assim, meio minuto é muito, vem cá, quero te ensinar uma coisinha...

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