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A primeira pessoa que vi, foi justamente quem queria ver mesmo! Pietra!

–Vem cá, vem cá, vem cá!

–Ui! Bom dia pra você também, May.

–Ai, Pietra! Ele disse que a gente é namorado, que assim que voltarmos vamos conversar sobre o que ele chama detalhes, que vai me contar tudo!

–E... –enquanto eu pulava e sacudia a Pietra ela ficava rindo com aquela cara de tonta que fazia bem quando estava achando a maior graça da situação.

–Vocês passaram a noite trepando, né?

–Como você sabe?

–Você tá andando estranho e com olheiras profundas...

–Ah! Pomada e maquiagem resolve! Ai... Pietra... –falei melosa mas mudei o tom de voz pra um agressivo louco –O William é um cavalo!

–Cavalo? Do tipo... –ela fez com a mão indicando o comprimento e eu complementei com as mãos em um círculo grande –Hmm, grande e grosso, parabéns, está em falta no mercado.

–Imagina uma cobra comendo um boi. –Uma cobra comendo um boi? ...estou imaginando...

–A mandíbula dela.

Pietra deu uma risada alta.

–Nossa, sofrido hein...

–Por cima e por baixo.

–Não quero nem saber quando esse cara quiser comer teu cu.

–Sem chance! Eu não estou afim de dar ponto nas pregas.

–Hmm, falemos de outra coisa que o assunto está vindo aí.

–Não conta isso que te disse! Ouviu?

William tinha umas roupas bem legais, a blusa branca com a manga até o antebraço e gola V estava perfeito naquele peitoral largo, a bermuda jeans azul marinho também lhe caía bem.

–Bom dia Pietra.

–Bom dia senhor cavalo. –Vagabunda! Saiu andando na frente.

–Senhor cavalo... Maite.

–Não falei nada! Você que postou uma foto nu na internet...

–Sei... tudo bem Pietra, só me diz se ela deu detalhes ou parou nas preliminares? ...

Pietra se virou para nos olhar andando abraçados, a mão de William em minha cintura, a minha no bolso de trás de sua bermuda.

–Vocês ficam lindos juntos. E não, ela não deu detalhes, não deu tempo, você chegou.

–É, safada? –Aff... ele me chamou de safada! Mas em seguida me puxou para um beijo.

Sentamos os três para o café da manhã, a pousada estava lotada, mas o bom de ser filha de um dos donos, ainda que falecido, irmã do administrador e noivo, era ter minha mesa reservada no canto, próximo à piscina.

–Gente, cadê esse povo? –constatei ao perceber que não havia ninguém da família por perto, apenas os empregados da pousada que passavam por nós me cumprimentando sempre com um "Bom dia dona Maite", "bom dia", respondia.

–Acho que estão fazendo o que deveríamos estar fazendo.

–O que?

–Arrumando o cabelo.

–Hmm, é ruim hein d'eu ir arrumar cabelo...

–Por que essa revolta toda? –William me perguntou.

Aluga-se um noivoOnde histórias criam vida. Descubra agora