05 - O Machucado

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Capítulo 5

— Vamos parar por aqui, por favor. — Hina diz ofegante.

— Eu concordo, ninguém mais esta aguentando andar. — Sina fala.

— Sem contar que o sol já está se pondo. — Heyoon completa — Logo não vamos enxergar nem um palmo à frente.

— Eu concordo, já está ficando tarde. — Diarra diz.

— Okay, então vamos montar o acampamento aqui e continuamos a busca amanhã, pode ser? — Noah sugere e todos assentem. — Vamos dividir as tarefas. Sina, Hina e Heyoon ficam para montar as barracas, eu e Diarra vamos procurar algo para comermos, e Josh e Any vão procurar galhos e gravetos para acendermos uma fogueira, fechado?

— É sério isso? — Any reclama.

— Seríssimo. — Noah sorri sarcástico.

— Eu prefiro assim, morro de medo de sair por aí e me perder. — Heyoon diz.

— Eu também. — Sina e Hina dizem juntas.

— Por que eu não posso ir com você ou com a Diarra? — Any pregunta a Noah.

— Any, você não entende nada de frutas e coisas do tipo, é capaz de pegar frutas venenosas para nós sem perceber. — Noah e explica.

— Ou querendo, para se livrar de nós de vez... — Josh diz baixo e ninguém escuta.

— Aff... Já que não tem outro jeito...

— Ué, Josh nem reclamou... — Diarra diz num tom baixo, mas Josh escuta.

— De que ia adiantar? Vocês sempre fazem o contrário do que eu quero. Sem contar que Sina, Heyoon e Hina querem ficar aqui, então eu teria que ficar com um de vocês mesmo. — joga os ombros.

— Tá, tá, tá. Agora vamos logo, antes que fique tudo um breu. — Noah diz e segue caminho para dentro da mata, seguido de Diarra.

— Isso vai dar muito errado. — Diarra sussurra para Noah.

— Eu sei que vai. — o deus sorri sarcástico — Mas eles ainda vão acabar juntos, você vai ver, só precisam de um tempinho a sós.

Any vai para outro lado, batendo os pés, e é seguida por Josh, que bufa ao ver que não teria outro jeito e teria que ir com a cacheada.

No meio do caminho, após pegar alguns galhos, Any pisou em algo que machucou seu pé, o fazendo sangrar.

— Ai! — a morena grita.

— O que foi? — Josh revira os olhos e vira para a garota.

Ao ver Any sentada numa pedra e o pé da mesma com sangue, ele se assusta.

— Pelos Deuses! O que aconteceu?

— Eu pisei em algo, acho que em uma pedra, ou talvez um pedaço de madeira, como uma casca de árvore.

— Ah, só isso. Nem deve estar doendo tanto, certeza que conseguimos continuar.

— Olha aqui, se a dor não é sua, você não tem o direito de julgar se é forte ou fraca, pois você não consegue sentir a intensidade dela. Então fica quietinho, por favor. Só abre a boca pra falar merda, eu hein! — revira os olhos.

— Quem você acha que é para falar o que eu posso falar ou não?

— Ah, faça-me o favor. — reclama — Acontece que entre falar merda e ficar calado, é sempre melhor ficar calado.

— Mas...

— Shiu! Cala a boca, menino! Eu hein. Não sei você, mas eu vou voltar. Cansei de ficar contigo, muito tempo com você cansa minha beleza.

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