Capítulo 08
— Que tal contarmos histórias? — Sabina sugere enquanto todos estavam sentados ao redor da fogueira, ouvindo um "eu topo" de todos.
A noite já havia caído, e a única luz que iluminava era a da fogueira.
— Eu começo! — Krystian diz — Era uma noite sombria, nenhuma luz por perto, meia-noite, quando uma dupla de irmãos ouviu um barulho na cozinha de sua casa. Assustados, foram ver o que era e, quando chegaram, avistaram uma bruxa com uma faca na mão.
— Eu não quero ouvir. Eu não quero ouvir. Eu não quero ouvir. — Sofya tampa os ouvidos com as mãos — Lalala pipoca, você é uma pipoca. — cantarola para abafar o som de fora.
— Joalin, tira as mãos dela dali! — Krystian manda.
Joalin segura as mãos de Sofya e as retira de suas orelhas.
— Acabou?
— Ainda não. Mas não precisa ficar com medo. Me abraça, eu te protejo, juro.
— Está bem... — se aconchega no abraço da amiga.
— Voltando à história que a Sofya interrompeu... — faz uma careta para a pequena, que ri — Bem, quando os irmãos chegaram na cozinha, viram uma bruxa com uma faca na mão! — faz uma pausa dramática — Passando manteiga no pão. Passando manteiga no pão. — Cantarola fazendo todos rirem.
— Você tá brincando com a minha cara, né? Não acredito que você me assustou para isso. — cruza os braços.
— Minha vez. Minha vez! — Sabina diz animada — Essa é uma história clássica lá da tribo da minha mãe. Dizem que há muitos e muitos anos, havia um casal, o qual eram os líderes da tribo, porém, o homem vivia viajando para guerras e tal. Com essas viagens, a mulher se sentia muito sozinha, e decidiu criar um filho nas margens de um rio.
— Como assim ela criou um filho? — Shivani pergunta.
— Eu sei lá, só sei que criou. Não me faça pergunta difícil. — responde a amiga — Voltando... Ela criou o seu filho, na esperança de não viver tão sozinha. Se passaram anos e anos que o homem não voltava para casa, com isso, ainda não conhecera seu filho. O pequeno garoto cresceu e virou um homem. Todos acreditavam que o líder havia morrido, por isso, o garoto se tornou líder no lugar do pai, junto com sua mãe, que nunca havia deixado o cargo.
Todos estavam entretidos na história que Sabina contava.
— Porém, o homem voltou, depois de aproximadamente vinte anos. Ao ver sua esposa governando com outro homem, ficou muito irritado achando que ela havia traído ele e decepou a cabeça do homem, sem saber que acabara de matar seu próprio filho.
— Que horror! — Joalin exclama.
— Ao ver o que seu marido tinha feito, mandou ele ir para a floresta e cortar a cabeça do primeiro animal que encontrasse, pois ela iria colocar no lugar da cabeça de seu filho e ressuscita-lo. E foi isso que o guerreiro fez, cortou a cabeça de um elefante, o primeiro que viu.
— Tadinho do elefante... — Shivani diz.
— A mulher colocou a cabeça do elefante no lugar da cabeça de seu filho, ressucintando-o. Porém, ela amava tanto seu filho que baniu seu marido da tribo, tanto que, hoje, ninguém nem sabe seu nome, e seu filho é a criatura mais adorada e lembrada da minha tribo.
— Essa história é real mesmo? — Bailey pergunta.
— É sim, tanto que o "cabeça de elefante" — faz aspas com os dedos — é o meu tataravô. Não cheguei a conhecê-lo, mas sei que é.
— E por que você não tem cabeça de elefante? — Lamar pergunta.
— Ele não nasceu com cabeça de elefante, bocó! Isso não está na genética, geneticamente ele é humano, oras.
Any passou a noite inteira em claro pensando num tal garoto loiro de olhos azuis. Ela não queria, não podia, mas não conseguia evitar.
Algo dentro de si mudou assim que ela o viu, e na hora pensou "eu estou apaixonada?"
E é por esse único motivo que ela é grossa com o garoto e evita ele ao máximo. Não é porque ela é má, é porque ela simplesmente tem medo de se relacionar com alguém que seja de outro "mundo", que tenha uma realidade diferente da sua.
Porém, o que mais doía na garota não era o fato de ele ser diferente, e sim por ele tratá-la com toda essa diferença, dizendo que ela é um monstro, e isso, e aquilo...
Mas, por outro lado, ela entendia o porquê disso. Ela sabia que era esquisita, que aqueles tentáculos assustavam todos. E também sabia que a forma com que ela o tratava não era das melhores e contribuía para que ele a tratasse dessa forma rude.
O sol estava nascendo e ela não conseguiu pregar o olho durante a noite, e também não estava com sono. Decidiu, então, sair da barraca respirar um pouco de ar puro.
A fogueira estava apagada, diferente de quando foram deitar. A madeira estava preta e tinham cinzas espalhadas pelo chão. O céu estava bem azul, com poucas nuvens, e só era possível ver metade do sol atrás do oceano ao leste.
Foi caminhando em direção às água para lavar o rosto, quando avistou uma pessoa. Aquela que era a razão do seu sofrimento e mais a causava dor.
Any sempre foi uma garota forte e corajosa, não entendia porque não conseguia falar normalmente com Josh, porque não conseguia ser ela mesma.
Porém, decidiu que já estava na hora de enfrentar esse medo bobo, então tomou coragem e foi falar com Josh.
— Josh, podemos conversar? — chega por trás do garoto.
Josh se vira para Any e seus olhos azuis se encontram com os olhos castanhos da cacheada.
⭑♡⭑
Eu sei que a lenda de Ganesha é da Índia, e que Pocahontas se passa nos Estados Unidos, mas vamos ignorar isso, beleza? É que essa é uma das minhas lendas preferidas, aí na hora eu pensei "por que não?"
Enfim, Raquelzinha aqui ama a cultura da Índia e tals, então já era de se esperar isso de mim haha.
Agora vamos para um assunto sério: a votação.
Creio que essa seja a votação mais importante da fanfic (até agora), ENTÃO TRATEM DE ESCOLHER O CERTO, senão vocês vão ficar com muita raiva de si mesmos, juro hahaha.
Okay, vamos lá:
Opção 1
Opção 2
Tomem cuidado!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Parte Do Seu Mundo
FanfictionCONCLUÍDA ⭒ No Mundo dos Contos de Fadas, coisas estranhas começaram a acontecer. Os personagens da Disney começaram a desaparecer. Agora, seus filhos estão em busca do que aconteceu com eles. Os mocinhos suspeitam que os culpados são os vilões, e...