DanganRonpa: Hello Despair

09. Yamashitown

Era o nosso primeiro dia de aula, viveríamos juntos como uma turma. O que nos pegou de surpresa foi um sequestro. Fomos todos aprisionados em uma casa, onde fomos obrigados a matar uns aos outros se quiséssemos sair. Depois, estávamos correndo risco de morrer de fome se não houvesse um assassinato.

Quando chegamos, éramos dezesseis. Restamos apenas doze. Nosso número diminui cada vez mais e eu já não sei o que fazer, pois sempre que eu vejo uma luz no fim do túnel, percebo que é uma miragem e tudo vai por água a baixo. Quando esse desespero vai acabar? Será que vai acabar? O que fizemos para merecer tudo isso?

Dia 09

- Bom dia! Agora são sete horas! Inicia-se oficialmente o horário diurno. Levantem-se, pois é hora de acordar! – Ouvi uma voz dizer.

Com certa dificuldade, abri meus olhos. Fitei o teto por alguns segundos. Onde eu estava mesmo? A cama era macia, mas meu corpo doía como se eu tivesse sido acertada por uma bola de demolição.

Ainda com mais dificuldade, me levantei. Eu estava num quarto. Era um quarto normal como o da casa, não um simples ao extremo como o da fazenda. Abri o guarda-roupa e... O que? Minhas roupas? Minhas coisas? Havíamos esquecido tudo isso na fazenda, como vieram parar aqui?

Olhei para os cantos do quarto e vi uma câmera e um monitor, provavelmente onde o anúncio havia sido transmitido.

No quarto também havia uma estante, onde encontrei o meu Zetsubou Phone. Imediatamente já o catei e o coloquei no bolso. Por fim, um banheiro simples com vaso, ducha e pia.

Respirei fundo antes de abrir a porta do quarto, mas abri. E saí.

Haviam seis portas ao total naquela parte. Em cada porta havia o nome de alguém. Aika Murakami, Chinatsu Fukuda, Emiko Tamura, Natsumi Murata, Saki Watanabe e, claro, Akemi Ishikawa.

Abri meu Zetsubou Phone e conferi o mapa. Era um apartamento, segundo o nome que aparecia na parte de cima. Haviam escadas ali, então as desci vagarosamente, sempre de olho no aparelho.

Na outra parte em que eu havia acabado de chegar, estavam apenas os apartamentos masculinos. Atsushi Okamoto, Daisuke Maeda, Haruo Takeda, Masumi Chiba, Takeshi Yamashita e Yoshiro Shimizo.

De repente, uma das portas se abre e de lá sai Yoshiro.

- Yoshiro? – Me assustei quando o vi.

- Akemi! – Ele correu até mim – O que está acontecendo? – Ele observava o local ao seu redor.

- Eu não sei, Shiro... – O apelidei inconscientemente. – Eu não sei que lugar é esse.

- Tem escadas ali! Talvez possamos subi-las? – Ele sugeriu.

- Lá em cima ficam os quartos das meninas e aqui os quartos dos meninos. – Eu o disse.

- Então, que tal aquelas escadas que descem?

Percebi naquele momento a presença da outra escada. Eu e Yoshiro descemos por ela, sempre observando cautelosamente tudo ao nosso redor. Finalmente chegamos em uma espécie de recepção.

- Isso é algum tipo de apartamento? – Yoshiro questionou.

Fomos até o balcão de recepção. Tentei fazer alguma ligação, mas o fio do telefone estava cortado. Haviam um monte de papéis aleatórios sobre antigos hóspedes, mas o mais atual tinha uma lista com os nomes: