15. Se não houver um suicídio, haverá um homicídio

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Dia 12

Saí da biblioteca, onde eu havia passado a noite lendo sobre a SSS e fui imediatamente para o refeitório. Eu não havia conseguido dormir graças ao tempo que passei desmaiada quando o nunchaku caiu na minha cabeça, portanto agora já aparentava estar com um pouco de sono. Andei pelos corredores até o meu destino, onde me deparei com poucas pessoas.

Apenas Saki, Natsumi e Takeshi estavam no local.

- Bom dia. – Os cumprimentei.

- Bom dia. – Natsumi respondeu. – O que foi isso na sua cabeça?

Então me lembrei da faixa que ainda estava ali e o acidente com o nunchaku na tarde anterior.

- Eu estava vendo o Takeshi treinar nunchaku e... – Antes que eu pudesse concluir a frase, Natsumi imediatamente se levantou e saiu andando.

- Boa sorte, então. – Ela disse.

Vi Takeshi, sentado à mesa, habilidosamente fazendo movimentos com o nunchaku enquanto mantinha os olhos fixados no livro.

Saki tomava o seu café-da-manhã bastante receosa, encarando Takeshi como se estivesse pronta para sair correndo dali a qualquer momento.

- O nunchaku atingiu a sua cabeça? – Ela perguntou.

- Foi exatamente isso. – Concordei.

Haruo chegou ao local e se sentou à mesa.

- O que tá acontecendo? – Ele encarava Takeshi, que parecia completamente obcecado com a arma. Parece que os seus tempos de aspirante a ninja haviam retornado com tudo.

- Não se preocupem, eu já desenvolvi habilidades impressionantes desde ontem. Nenhum de vocês se machucará. – Ele diz, fazendo uma pausa ao deixar o nunchaku sobre a mesa e comendo algo.

Haruo encara o curativo na minha cabeça após as palavras finais do contador.

- É... – Ele concordou com hesitação.

De repente, Chinatsu adentra o refeitório.

- Gente, eu queria falar uma coisa com vocês. – Haruo começa.

- Oba, cheguei na hora certa para a fofoca! – A engenheira robótica se senta à mesa, bastante animada – O que foi? – E logo ela começa a devorar os pães e biscoitos que estavam ali numa fome feroz.

- Precisamos nos decidir. – Ele fala.

- Nos decidir? – Saki indaga.

- Sejamos sinceros: não podemos passar uma eternidade aqui, não é? Só temos uma roupa e eu já estou agoniado para trocar essa cueca.

- O que você está sugerindo? – Takeshi questiona.

- A Hizaro havia nos dado três opções. Cometer um assassinato e ser descoberto para que os outros vivam; cometer um assassinato e não ser descoberto para viver sozinho; e, por fim, se suicidar para o bem de todos os outros. – Ele suspirou – E eu não quero que ninguém cometa um assassinato, não de novo.

- Está dizendo que um de nós deveria se suicidar? – Chinatsu coçou a cabeça, falando com a boca cheia.

- Um, não. – Saki a corrigiu – Dois. A porta para os trajes só abre quando oito pessoas estiverem vivas.

- Isso é insano, ninguém vai tirar a própria vida! – Bravejei.

- Por isso eu disse que precisamos decidir. Dois alguéns terão que fazer isso. – Haruo terminou o seu ponto.

DanganRonpa: Hello DespairOnde histórias criam vida. Descubra agora