POV Yoshiro Shimizo
Depois de sair daquele lugar horrendo, me encontrei poucas vezes com o pessoal. Na maioria das vezes, eu me encontrava com a Akemi para termos algumas noites, mas aos poucos fomos nos afastando. Não sei muito bem o que aconteceu, mas nem nos falamos mais, como se tudo o que tivéssemos vivenciado simplesmente tivesse esfriado de vez.
Eu estava sozinho no mundo e morava muito longe da casa da Akemi, então me deslocar até lá era uma tarefa um tanto quanto complicada, graças aos diversos perigos que eu enfrentava para chegar até lá. Em um dia, entretanto, após algum tempo sem nem nos falarmos, eu decidi que era hora de ir até lá para encerrar logo isso de vez.
Meu foco começava a ser outro agora e eu sinto que não conseguiria continuar essa relação difícil com a Akemi, em que só nos víamos uma vez na semana para acender nossas chamas e depois apagá-las novamente.
16 de Agosto de 2020
Saí de casa cedo, por volta das oito horas da noite, sabia que iria demorar muito até chegar à casa da Akemi. Fui ao ponto de ônibus, onde duas senhoras idosas esperavam com suas máscaras. Eu tinha a minha também. Andar sem máscara por ali era loucura, diziam que o vírus estava no ar e você era impedido de entrar em qualquer lugar se não tivesse uma máscara.
Mais ao longe, eu podia ver o desespero com meus olhos vivos. As pessoas correndo de outras, usando qualquer objeto que tivessem para se defender ou atacar. Aquela paisagem havia começado a ser comum, o que me incomodava profundamente.
Quando o ônibus chegou, o cobrador não só recolhia o dinheiro como verificava se todos estavam com a proteção.
- Todos de máscara, pode ir! – Ele gritou para o motorista após eu e as senhoras entrarmos.
- Espera aí! – De repente alguém gritou do lado de fora.
Vi pela janela que era um homem de terno correndo em direção ao ônibus e gritando para ele parar. O motorista freou e abriram a porta outra vez.
- Esse ônibus passa pelo cemitério, não é? Me deixa entrar! Eu preciso ver as minhas filhas!
- Desculpe, senhor. Você não pode entrar sem uma máscara. – O cobrador já ia fechando a porta, quando o homem resolveu insistir:
- Eu juro! Eu preciso visitar as minhas filhas, eu sou pai!
- Não posso te ajudar, minhas ordens são de deixar entrar apenas quem tem uma máscara. – Ele ia fechando a porta outra vez – Pode ir, motorista.
- Espere um momento. Eu tenho uma máscara aqui. – Levantei e tirei a máscara do bolso. Felizmente, eu sempre andava com uma máscara reserva. Me aproximei de onde a confusão estava acontecendo e entreguei o objeto ao homem.
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DanganRonpa: Hello Despair
FanficAkemi Ishikawa é uma estudante do ensino médio que foi selecionada para estudar na famosa escola Hope Academy, que recruta alunos super talentosos para se tornarem a esperança da humanidade. O que a protagonista não esperava era ser sequestrada no s...