25. [SPIN OFF] - Sobreviventes (Parte 02)

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            POV Chinatsu Fukuda

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POV Chinatsu Fukuda

Quando retornei à minha casa após toda aquela loucura, os vizinhos disseram que meu pai já havia se mudado no ano passado. Eu estava completamente sozinha no mundo e não pretendia continuar assim, então passei alguns dias naquela casa abandonada cheia de lembranças dos meus tempos felizes antes de me aprontar e sair em busca de meu pai.

Me disseram que ele havia ido para um dos bairros mais afastados da cidade, a fim de se livrar do perigo constante. Pessoas afetadas com a doença do desespero causavam um verdadeiro terror no centro; em regiões mais periféricas a violência não era tão grande assim, faria sentido ele ter ido para lá, inteligente como eu.

Quando finalmente tive tudo pronto, decidi o dia que iria partir.


02 de Agosto de 2020

Fui à exata localização que os vizinhos haviam me dado. Todo o bairro estava deserto, o que me fazia perguntar se era uma coisa boa ou uma coisa ruim. Poderia ser uma coisa boa, pois quanto menos movimento, menores as chances de um infectado estar ali naquele momento; mas poderia ser uma coisa ruim, pois quanto menos movimento, maiores as chances de um infectado já ter estado ali em outro momento.

Mas eu estava confiante e não hesitei em momento algum ao apressar o meu passo procurando pela rua e casa onde meu pai estaria vivendo, finalmente um reencontro. Eu mal podia esperar!

Conforme eu me aproximava do endereço, comecei a ver algumas pessoas nas portas das casas, com máscaras. Elas rapidamente entravam e trancavam as portas ao me verem correndo pelas ruas desertas. Cheguei a tentar comunicação, me aproximando de uma família que aparentava estar muito assustada, mas nem tive chance pois logo recebi uma porta na cara como resposta.

- Tem algo de errado acontecendo nesse bairro... – Constatei.

Pensei em averiguar e tentar ir mais a fundo nisso tudo, mas decidi que era melhor fazer isso depois que eu encontrasse meu pai, então reajustei o meu foco e segui, dessa vez menos animada, um pouco mais cautelosa e temerosa, andando pelas ruas.

Finalmente cheguei ao local indicado e a casa parecia ser uma das últimas daquela rua. As luzes estavam todas apagadas, então fiquei bastante desesperançada, mas ao avançar, percebi que a luz de uma única casa estava acesa. E eu sentia que era ali, eu sentia.

Parei na entrada da residência e conferi o número. Era o mesmo! Senti meu coração acelerando, um enorme sorriso preencheu o meu rosto e meus olhos estavam se afogando em lágrimas, eu mal podia esperar para encontrar meu pai outra vez, tive tanto medo de nunca mais vê-lo.

Antes de entrar, tentei arrumar minhas roupas e até soltei meu cabelo pela primeira vez em muito tempo, desfazendo aquele rabo de cavalo que eu tinha desde que era criança. Queria que ele visse que eu havia crescido, que eu era uma nova pessoa.

DanganRonpa: Hello DespairOnde histórias criam vida. Descubra agora