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"Amanhã vem e vai antes de você saber,
Então eu só preciso que você saiba.
Só preciso que você saiba.
Juro por Deus, você é bela."

— BEAUTIFUL, Bazzi

E R O S

Quando pusera os olhos nela, ficara deslumbrado.

Quando eu entrara naquele bar, já estava preparado para algo grande, mesmo que as missões às quais minha mãe me submetia fossem fáceis. Mas não Psiquê. Eu soubera no exato instante em que ela me encarara de volta.

Psiquê DiLaurentis era, de longe, a mortal mais bela que já havia visto. Talvez chegasse até mesmo à altura das belezas sagradas das olimpianas, das deusas. Porra, ia até mesmo além. Ela ofuscava a beleza de todas ao seu redor, reduzia-a a meras mortais.

E eu nunca estivera tão errado sobre as deusas serem os seres mais lindos antes já existentes.

Psiquê... ela era o ser mais lindo já existente. Com seus olhos verdes astutos como gatos, seu corpo incrivelmente curvilíneo, seus cabelos chocolate e seu rosto que transparecia ferocidade. Eu queria desbravá-la por inteiro. Queria tomá-la bem ali.

Era verdade que já me envolvera com muitas mortais. Mas nunca com uma missão. Porque era isso que ela representava: uma missão. E eu não conseguiria de jeito nenhum conclui-la. Não demorava nem dez minutos para isso, mas Psiquê... não conseguiria fazer aquilo com ela.

Então, de longe, a observara. Observara todos seus movimentos e goles nada demorados nos seus martínis. O tempo nunca passara tão rápido. Ficara entretido. Deixara-me ficar entretido por ela.

E, por mais que já soubesse dos interesses de minha mãe, eu descobrira um deles naquele instante, enquanto observava sua beleza extraordinária. E fora por isso que decidira não continuar com aquilo. Poderia omitir a verdade para minha mãe quando voltasse para casa.

Eu tentara. Tentara com tudo que era abrir as asas e voar até lá. Voltar para casa e deixá-la.

Porque eu simplesmente não podia me atrair por uma missão, o que nunca acontecera antes. Era verdade que minha mãe me mandava de encontro com mortais para fazê-los pagar pelo dano sofrido à minha mãe... o que eu achava um pouco de exagero da parte dela.

Mas, tão simples quanto, fiquei encalhado do lado de fora da boate, na chuva, sem mover um músculo. Não arrisquei olhar para dentro, para onde ela ainda estava. Se eu olhasse mais uma vez...

Respirei fundo.

Já era tarde demais.

Eu abri bem as minhas asas e voei. Naquele momento, me deparei com o terraço de um prédio próximo à Universidade de Chicago. Nenhum mortal podia ver. Para eles, eu tinha apenas... sumido. No céu, eu era invisível. Zeus cuidava dessa parte.

Por algum motivo, eu não tinha conseguido voltar para lá em cima. Eu tinha ficado. Próximo à universidade onde estudava a extraordinária mortal que tive a honra de conhecer. Eu só pensava nos seus olhos, tão diferentes dos meus, enquanto a água desviava de mim, por conta de uma barreira grossa de ar em minha volta. Não precisava me molhar, se não quisesse. Cada domínio de cada deus no Mundo Mortal podia ser evitado por outro deus.

Suspirei e fechei minhas largas asas brancas.

Não me importava com as câmeras de segurança. Eu não era identificável nos Estados Unidos — nem em nenhum lugar do mundo, para falar a verdade — e minhas asas ou qualquer coisa que nos entregasse aos mortais passavam de meros borrões nas imagens.

Olhei para o céu, para as nuvens sobrecarregadas.

Esperava de verdade que minha mãe não me procurasse, porque isso não acabaria bem.

...

n/a:
oioi gente! \o/

tutu pom?

espero que esteja tudo certo, pois estarei atualizando EROS toda terça e quinta ;)

o que vcs acham de me dizer o que estão achando? é muuuito importante mesmo

(foi pelos comentários de vcs que decidi ir atualizando aqui ;)

Eros: Um amor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora