0 5. 2

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gente vcs viram que foi o capítulo 05.1 também?

"Ele diz: Oh, querida, você está me levando ao limite.
Eu sou o rei de tudo e a minha língua é uma arma.
Há uma luz na rachadura que está separando suas coxas.
E se você quer mesmo ir pro céu, você deveria me foder essa noite."

— YOUNG GOD, Halsey

P S I Q U Ê

— Nunca imaginei que você fosse rico. — Soltei, sorrindo, quando ele se sentou ao meu lado no Audi prata dele. Eu estava achando aquilo engraçado. Lembrei do seu traje engomado do outro dia, de quando eu o conhecera. — Se bem que aquele terno... Eu deveria imaginar.

Deu de ombros.

— Eu vivo bem.

— Então tá. Vamos conhecer Chicago, Senhor-Vivo-Bem. — Eu sorri, e ele me acompanhou.

— Para onde, princesa?

Meus olhos se fixaram nos seus.

— Millenium Park, senhor. — Eu dei um sorriso convencido. Então, coloquei o endereço no celular e, em seguida, o celular na frente da pequena tela central do carro, para que ele seguisse o GPS. Eu não sabia mexer naquela tela, assim parecia mais fácil.

Ele ligou o pisca e entrou na rua, então me lançou um breve olhar, um olhar âmbar e brilhante, como se tivesse se dado conta que eu tinha, de fato, aceitado seu convite de lhe mostrar a cidade.

Eu sempre amara Chicago, até antes de me mudar para cá. Sempre gostara de como a cidade aparentava ter um ritmo sempre acelerado e vivaz, do tipo Nova York — só que menor, claro. Gostava de me imaginar debaixo da chuva no meio do movimento da cidade, já que Chicago era do tipo nublada e ventosa. Não que céus azuis não fossem consecutivos — só que os nublados eram mais.

Olhei para seu rosto. Ele parecia ter sido milimetricamente calculado e cuidado para que tudo saísse perfeito. E eu falava sério no perfeito. Suas sobrancelhas, seus olhos, sua boca, seu maxilar...

E talvez eu estivesse encarando demais.

— Gosta do que vê? — Eros perguntou em um tom arrepiante, do tipo bom, do tipo pernas bambas e suspiros longos. Mas eu me controlei e me ajeitei no banco do carona, olhando para a frente, para a rua e para os pequenos prédios.

— Talvez — me fiz de indiferente, quando eu claramente minhas pernas estavam querendo ceder.

Ele dobrou a rua, direcionando o carro ao centro da cidade.

Então, me perguntou:

— Mora aqui há muito tempo? — Percebi que ele queria mesmo saber. Não era do tipo das perguntas que te faziam só para ter o que falar.

— Faz um ano. Morava em Peoria com a minha família. — Falei a última palavra com certo desgosto, mas não queria que ele reparasse nisso. Minha família não era um assunto tão importante assim. Era mais do tipo a se evitar. Olhei para ele, que prestava atenção na rua, não parecendo olhar muito para o GPS. — E você? Não parece ser de Illinois.

Ele tinha um sotaque engraçadinho, como que britânico.

— Não sou.

Virei ligeiramente meu corpo na direção dele, que parecia não querer responder àquela pergunta. E não respondeu. Desviei dela:

— Quantos anos? — Alternei o olhar entre a rua e ele. Eu começaria pelas coisas básicas.

Eros hesitou. Parecia estar querendo desviar de todas as minhas perguntas.

Eros: Um amor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora