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"Você não sabe como se livrar.
Quem disse que deve ser tudo ou nada?
Mas eu ainda estou preso.
E nunca deixarei que você saiba.
Não, eu não posso te dizer nada."

— DRUGS, Eden

E R O S

Eu dei as costas a ela porque agora sabia o quanto ficar longe de mim a intrigava. Andei até meu apartamento, aproveitando o dia, embora nublado. Havia tanto árvores quanto sujeira mortal universitária pelas ruas. As árvores pareciam semicerrar os olhos para mim, perguntando-me O que diabos está aprontando?

— Por favor, que ela me deixe em paz — murmurei sobre Deméter, quando muito certamente eu não deveria estar murmurando sobre ela, uma dos Doze. Não podia me meter com eles assim. Já havia feito muita merda nos últimos séculos.

Deixei de pensar nela para concentrar-me em um ser em específico, um mortal: Psiquê.

Eu a deixara com muita relutância, com um controle que não sabia ter àquela altura do campeonato. Eu queria beijá-la contra aquela parede. Não um beijo gentil, carinhoso. Um selvagem, sem pudor.

Ela me mandara me decidir e eu dissera que já havia me decidido. Porque, nesses dias que se passaram desde sua mensagem, eu decidira ficar. Decidira que a queria e que não me interessavam limites. Ela valia a pena.

Também andara comprando algumas coisas, mas isso não importava agora.

Não respondera porque começara a me perguntar muitas e muitas vezes o que eu queria com aquilo. Ela, ela, ela. Meu subconsciente sabia o tempo todo, desde o dia nove de setembro, o dia em que descera ao Mundo Mortal para completar a missão.

O dia em que me encantara por Psiquê DiLaurentis.

Algo me dizia ser errado levá-la para a cama tão cedo. Eu queria conhecê-la, saber de seus desejos mortais. Esse me parecia o certo. O que me era estranho. Desde quando Eros Olympia se interessava pelos desejos de uma mortal que não sexuais? Eu ri no meio da rua, talvez um pouco preocupado.

Mas eu havia dito a mim mesmo que ela era diferente, que ela valia a pena.

O que me parecia a mais pura verdade.

Vê-la tão intrigada depois de alguns dias fora até mesmo divertido. Ela se contorcia toda, talvez por não tê-la respondido. Talvez por me querer desesperadamente, não sabia.

Porque ela com certeza me queria.

Assim como, percebera, eu também a queria.

Eu parecia satisfeito comigo mesmo. Não havia nada com que se preocupar, exceto minha mãe — um problema tão pequeno, não é mesmo? Há-há-há. Eu não ri de desespero dessa vez, pelo menos não externamente.

Estava satisfeito porque eu finalmente estabelecera que nada me impediria de me aventurar com Psiquê DiLaurentis, a porra da minha missão. Eu estava fodido? Talvez.

Mas em breve Psiquê quem estaria. Aí estaríamos fodidos juntos.

Um no sentido literal, o outro, não.

Porque eu com certeza dividiria a mesma cama que Psiquê DiLaurentis, nem que eu fosse aprisionado no Tártaro por isso, com uma companhia nem tão agradável assim. Mesmo que corresse o risco de ter minha identidade revelada, o que seria o caos no mundo.

...

n/a: att dupla por aqui em recompensa aos 11k. será que batemos 12k hoje?

importante: eu estava pensando em tirar umas férias em janeiro do wattpad, consecutivamente parando com as postagens aqui durante esse mês.

mas só faria isso se todos vocês, sem exceção, estivessem aqui quando eu voltasse. porque ter vocês aqui significa muito pra mim.

eu faria atualizações duplas frequentemente em fevereiro, pra compensar janeiro. o que vocês me dizem? vão estar aqui em fevereiro quando eu voltar? ;)

Eros: Um amor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora