Capítulo 3

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     Só de pensar em voltar para Los Angeles, meu corpo inteiro arrepiava. Ter que encarar todo mundo de novo não era o que estava nos meus planos. Eu tinha a mais pura certeza de que nunca voltaria a colocar os meus pés lá e como eu queria cumprir isso. Mas logo estarei de volta na Flórida. Se minha tia, que é uma pessoa durona não me aguentou, quem dirá o meu pai. Ele vai surtar tanto comigo que vai me mandar de volta. Em todo caso, uma hora vou ser maior de idade e ele não vai mais decidir por mim.

  Em todo o caminho até o aeroporto, ficamos em silêncio. Nada precisava ser dito e eu não iria ouvir nada do que ele dissesse. Ele estava sendo o meu guia no corredor do inferno.

    Fizemos o check-in e tudo o que nos restava é aguardar o nosso embarque ser chamado.

— Vai ficar em silêncio a viagem inteira? — ele quebrou o silêncio adorado.

   Não respondi. Isso já bastava como resposta.
Pelos menos sei que não vou estar sozinha lá. Astrid vai estar comigo e eu quero que o resto se exploda.

   Segurei a minha mala preta e fomos até o nosso portão de embarque, o qual havia sido chamado. Mostramos os documentos e embarcamos. Eu nunca odiei tanto uma viagem como estou odiando essa.

Pela primeira vez, não dormi. Simplesmente não consegui. Saber que estava voltando para aquele lugar, me deixava em desespero. Não. Não. Eu vou fazer ele me mandar de volta. Meu coração ficava acelerado só de pensar nisso. Eu não queria. Precisava de ar.

Só porque eu queria que demorasse, parece que vôo foi mais rápido ainda, está de sacanagem.

Assim que desci do avião, porra, a minha cabeça ainda não tinha se dado conta. Estou pisando de novo nessa porra de Los Angeles. Eu não posso lidar com isso. Minha vida está na Flórida e tudo o que consegui construir aqui, foi uma mentira. Como meu pai pode ser capaz de me trazer de volta? Como ele pode?

Ele chamou um táxi e estávamos a caminho da sua casa. Só de olhar aquelas ruas, meu estômago dava um nó. Eu não posso ficar aqui. De jeito nenhum. Não levou muito tempo para que avistasse a enorme casa do meu pai. Eu realmente estava de volta. Meu pai pagou o táxi e saímos. Os seguranças ainda eram os mesmos e as empregadas também.

— Pode ir para o seu quarto. — sua voz estava fria. Ele ainda estava bravo por tudo.

— Ainda é o mesmo? — perguntei.

— Sim. — respondeu. Comecei a subir as escadas e ele resolveu dizer mais alguma coisa. — Amanhã mesmo você começa na escola. A sua mochila nova e os materiais já estão no seu quarto. — nem o olhei. Ele já tinha me colocado de novo naquele inferno. Eu não estava frequentando nem a escola da Flórida e agora ele já me enfiou naquele lugar de novo.

Assim que entrei no meu quarto, joguei a mala no chão e resolvi ligar para a Astrid. Amanhã ela tinha que está comigo. Eu iria rever gente que não queria nem lembrar. Preciso dela.

Nossa Sintonia Vol.2 [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora