Quase Invisível (Romance Lésbico)

Cap 01

- Continua correndo Bianca, nunca vai passar o recorde nessa velocidade, parece até uma tartaruga! - A mulher grita para a garota que corria na pista o mais rápido que conseguia. - Chega por hoje, você está muito ruim.

A garota começa a desacelerar com a respiração ofegante sendo ouvida de longe, senta em um banco pra descansar com uma garrafa na mão e uma toalha no pescoço, enquanto via a mulher se afastando da pista com raiva ela ouve um barulho, mas não dá bola até que é obrigada a segurar alguém que pulava nas suas costas a assustando.

- Parabéns!! Uhuuu! Como você consegue? - A mesma pessoa pergunta.

- Consigo oq Camiz? - Bianca pergunta confusa e rindo ao mesmo tempo da animação da amiga.

- Você tava correndo a 40 Km/h, eu acho. - Diz toda animada para a melhor amiga.

- Como pode ter tanta certeza? - A mais forte pergunta enquanto levanta, ainda com a outra nas costas.

- Foi o que eu vi, não discuta comigo, eu sei do que estou falando.

- Hahahahah. Como quiser madame. - Bianca vai a caminho do quarto, deixa a amiga sentada na cama e vai para o banheiro tomar um banho e se trocar, se preparando para o dia.

Bianca Oledon podia ser uma garota metida e filhinha de papai, mas ela era diferente de uma forma que ninguém conseguia definir, com 16 anos era uma super atleta, conhecida pela escola inteira, pelo menos no campo, goleira do time de handebol do colégio, era muito focada no que queria, mas a questão era o que ela realmente queria. A estudante tinha os cabelos ruivos mais lindos de todos, herança de sua avó que tinha vindo direto da Irlanda para os Estados Unidos, seu rosto era pintado por sardas em uma quantidade razoável o que a deixava mais linda ainda e seus olhos eram tão encantadores quanto o resto, eram azuis como o mar e quando chovia eles ficavam cinzas como o céu nublado. Seu pai era CEO de uma grande empresa oq os proporcionava uma ótima qualidade de vida, tanto que sua pista de treinamento era em sua própria casa e com casa eu digo mansão, daquelas bem grandes que você fica de queixo caído quando vê.

A ruiva não passava muito tempo em casa ia pra mansão só pra dormir e quando acordava treinava com a madrasta que cobrava demais dela já que tinha sido uma grande atleta, depois passava o dia inteiro na escola com os treinos da equipe e suas longas visitas a biblioteca seu lugar favorito do colégio, Bianca nunca se importou com o tanto de dinheiro que tinha conhecia sua realidade, mas pra ela não importava se ela morava em uma mansão luxuosa ou uma casa caindo aos pedaços, pois uma certa loira, uma mulher mais experiente disse uma vez que não importa se você está em um yurt no Himalaia ou se é a rainha de toda mídia porque oq traz a felicidade não é oq você tem ou o que o seu dinheiro é capaz de comprar, essas coisas te trazem prazer não felicidade, a razão de alguém sorrir são as pessoas que ela ama não oq ela tem.

A relação que a garota tinha com o pai era impressionante, o CEO podia ser o mais rico do estado de Oregon, mas o seu maior princípio a coisa mais importante pra ele era sua família, ele não se importava com a empresa, pelo menos não tanto quanto com sua família, Mark Oledon passou por tempos difíceis e a única pessoa que ficou ao seu lado a todo momento durante seus surtos e recaídas foi sua filha mais nova Bianca, ela deitava em sua cama ao seu lado e contava sobre seu dia, mesmo sabendo que o pai não iria responder depois de tantos remédios pra dormir, o importante era que ela estava ali e mesmo não dizendo a menina acreditava que ele conseguia ouvir tudo. Por isso depois que tudo passou e a fase ruim já tinha sido superada, Mark passou a ir no quarto da filha todos os dias assim que chegava do trabalho, batia na porta e depois que era atendido compartilhava seu dia com a adolescente, os dois passavam horas conversando e rindo de coisas idiotas, mas a melhor parte é que eram as suas coisas idiotas, eram as suas piadas internas, por isso era tão divertido.