Capítulo 11

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Meu primeiro dia na faculdade finalmente chegou. Como minhas aulas começaram, eu iria para a clinica apenas no período da tarde e ficaria até que fechasse, então eu tinha me preparar para estudar escondido no trabalho ou talvez não precisasse, estava acostumada a dormir pouco e estudar muito depois de algum trabalho.

A faculdade era enorme, tipo, muito enorme. Quando pisei na calçada e dei uma olhada quase cai para trás já que eu estava acostumada com um prédio simples no meio de tantos no meio da cidade, enquanto aqui a faculdade sozinha ocupava um quarteirão inteiro. Agradeci por ter vestido a minha melhor roupa para o meu primeiro dia, não poderia ir de qualquer jeito nunca naquele lugar.

Engoli seco e tive que cerrar meu punho para controlar a minha tremedeira. Fazia muito tempo que não ficava nervosa desse jeito, estava com mais medo do que pensava que ficaria.

Procurei a minha classe e depois de um tempo andando no prédio errado consegui orientação para o local certo. Quando entrei na classe, ela já se encontrava cheia e senti um pavor me invadir quando todos os olhos foram direcionados a mim. Era por isso que eu odiava chegar atrasada nas aulas.

Sentei na primeira mesa que encontrei que no caso foi a primeira perto da porta. O professor entrou logo em seguida, suspirei aliviada quando ele começou a aula em inglês e eu não iria precisar forçar minha cabeça demais em aprender a matéria e tentar entender o que ele estava tentando dizer.

Para minha surpresa o professora falava sobre o que eu tinha lido em um dos livros da clinicas me deixando totalmente fascinada, precisava pegar aquele livro para ler novamente. Já estava pensando que devia correr na biblioteca para garantir uma copia para o começo dos meus estudos.

Quando o primeiro dia terminou e o professor nos liberou, se não fui a primeira a sair, provavelmente fui a segunda. Consegui um mapa da faculdade e procurei onde estaria a biblioteca, memorizei o mapa e sai em busca da onde seria minha segunda casa, mas para a minha sorte, me perdi mais uma vez. Precisava tirar um dia apenas para fazer um tour pela faculdade e conhecer tudo para não me perder mais quando tivesse que ir para outras aulas ou outros lugares como por exemplo o banheiro. Ao encontrar a biblioteca, me enviei por entre aquelas prateleiras e inalei o cheiro reconfortante de livros e paginas lidas e relidas durantes anos e adquirindo um cheiro único de livro antigo.

Caminhei por aqueles corredores deslizando o meu dedo lendo cada titulo e ficando completamente chocada em ver copias raras de livros em inglês que eu nunca achava no Brasil, tinha muitas vezes que ou comprar de fora ou comprar uma copia digital, o que eu não gostava já que preferia ter o contato da capa em minhas mãos ou o peso em minha bolsa me lembrando que ele estava ali esperando para ser lido e estudado.

A biblioteca era enorme, um andar inteiro cheio de livros prontos para serem lidos por mim, eu estava no paraíso dos estudos. Olhei pelo menos todos os livros de uma única estante até que o meu celular começou a tocar.

Era o meu alarme, estava atrasada, fiquei ali tempo demais. Como não tinha encontrado o livro que queria, tentei perguntar para bibliotecária se tinha alguma copia, mas para o meu azar todas já tinha sido levadas. Quis me bater por ter demorado tanto, deixei que ficasse encantada pelo lugar e esqueci o que tinha ido fazer.

Tive que desistir do livro por um tempo e corri para pegar o ônibus para não me atrasar. Não ia nem ter tempo de voltar para casa verificar Amy e comer alguma coisa, pelo menos tinha deixado comida suficiente para ela até que chegasse.

A clinica estava cheia quando cheguei e Yoora estava na recepção atendendo assim como o doutor Chanyeol também, corri para me trocar e guardar minhas coisas no armário. Meu estomago roncou e tive que beber um copo cheio de água, mas só pioro já que meu estomago doeu mais ainda. Meu horário de almoço estava tão distante que queria chorar.

- Deixa aqui comigo, ajuda Chanyeol para mim. Eu sou péssima com agulhas e tem muitas vacinas hoje.

- Mas ele...

- Se ele reclamar pode me chamar.

- Está bem.

E ele nem mesmo reclamou, não falou nada, apenas trabalhamos em conjunto e mais uma vez sem sincronia e era engraçado que mesmo sem falar nada eu entendia o que ele queria e ele entendia o que eu queria. Era tão difícil isso aconteceu que me senti tão feliz.

- Por que você está tão pálida? - Ele falou logo atrás de mim depois que nos despedimos do ultimo cachorro daquele momento.

- Estou pálida? - Eu toquei o meu rosto e percebi que a minha pele estava fria, mas não estava sentindo nada.

- Como um papel, você está bem? - Ele se aproximou para tocar a minha testa, mas em um reflexo eu me afastei rapidamente.

- Eu acho que sim.

- Suas aulas começaram hoje, certo?

- Sim, comecei. - Meus olhos brilharam quando vi o livro que eu precisava, estava ali logo na minha frente e estava me segurando para não pedir emprestado, mas sabia a resposta.

- Você comeu alguma coisa?

- Não deu tempo, mas tudo bem.

- Tudo bem? Não quero ninguém desmaiando no meu consultório por não comer. - Ele começou a me empurrar para fora. - Vai comer alguma coisa e depois volta.

- Posso voltar para cá depois?

- Pode, só vai comer.

Eu segurei o sorriso. Era eu que não estava me sentindo muito bem, mas era ele que estava agindo estranho.

- Vou, obrigada.

Eu corri para o restaurante mais próximo e pedi um prato de comida. Estava com tanta fome que comi tudo tão rápido quanto corri para chegar ali. Entre as colheradas eu pensei em uma maneira de conseguir pegar o livro emprestado sem que ele notasse. Como na semana seria difícil, chegaria mais cedo no final de semana e estudar um pouco antes da clinica abrir e ele chegar. Faria isso.

Voltei correndo para clinica antes que ele mudasse de ideia e dentro do seu consultório continue o ajudando dentro da sala me deixando totalmente feliz.

Doutor Pet 》EXOOnde histórias criam vida. Descubra agora