- Ok, não vou forçar dizer algo que não quer. - Ele se levantou e ajeitou o cabelo. Decepção estava estampando o seu rosto. - Eu trouxe o nosso jantar, aliás.
- Você está chateado né? - Quando virou o seu rosto para mim, sorria.
- De forma alguma, só esperava que algo tivesse mudado quando voltasse, mas me enganei. - Depois de respirar fundo estendeu sua enorme mão para mim. - Vamos comer, estou morrendo de fome.
Eu segurei a sua mão que estava quente e macia, como me lembrava.
Ele estava bem ali. Não era como uma lembrança ou um sentimento distante. Com ele na minha frente, o sentimento era mais real, mais vivido.
Realmente importava a ocasião que aquelas palavras eram ditas?
Na TV pelo menos era, a pessoa sempre se declarava na hora certa, no momento certo e perfeito. Tecnicamente esse não era o momento que eu queria dizer para ele, mas deveria demorar tanto? O meu tempo estava acabando.
Quando nos levantamos e ele me deu as costas, eu o abracei. Era melhor que ele não estivesse me olhando.
- Eu amo você. - eu sussurrei contra a sua camisa. Senti-o sorrindo.
- Vou esperar até você ter coragem de me dizer isso olhando em meus olhos e quem sabe eu dê uma resposta sobre isso.
Como se eu já não soubesse.
- Poderia me dar de presente de natal. - Ele continuou quando segurou os meus braços presos em seu quadril.
O natal já estava chegando.
Como o ano estava passando rápido, eu sabia que quando subi no avião só queria que passasse o mais rápido possível, mas agora me arrependia das minhas palavras.
- Pensei em te dar algo mais tateável.
- Você é tateável. - Ele se virou entre os meus braços para ficar de frente comigo e sorriu. Senti o meu rosto esquentar quando ele tocou a minha bochecha com os seus lábios. Escutei o seu estômago roncar e ambos rimos.
- Melhor você comer. - E meu estômago também roncou, lembrei que não tinha almoçado direito aquele dia.
- E você também. - Ainda me abraçando ele me levou para a cozinha onde tinha a mais deliciosa refeição que via há dias, mas era melhor ainda ter ele ali novamente para comermos juntos.
Ele acabou me contando tudo sobre a viagem, na verdade mais a parte dos eventos. Disse que quando estava fora não fazia muita coisa além de ficar no quarto do hotel, por isso não entrou muito no assunto, mas fiquei satisfeita em saber que ele tinha se saído tao bem que estava quase fixo nos próximos anos.
Quando ele foi tomar banho, acabei me pegando mexendo em sua carteira. Aquele pulguinha estava ali na orelha mais uma vez quando o vi ali e Chanyeol longe. Precisava saber se ainda estava ali.
Olhei cada bolsinho da carteira e acabei rindo de como estava sendo idiota, depois de procurar tanto, não encontrei a foto mais ali. Talvez fosse verdade que nem ele lembrava que estava ali e depois que derrubei sem querer e a coloquei ali no alcance dos seus olhos ele tenha se livrado dela.
Mesmo me sentindo uma completa idiota suspirei aliviada. Meu coração estava mais leve.
- Vamos dormir? - Chanyeol sorriu e pisco um dos olhos. Eu sabia o que ele queria e eu queria muito mais.
Eu acenei e depois do meu banho, disparei para cama onde passamos a noite inteira, incansavelmente nos possuindo por inteiro. Estava sentindo tanta saudade e tao sedenta por ele que mal vi quando começava a amanhecer.
Era tao bom estar em seus braços novamente, tê-lo ainda ocupando o meu lado na cama, sentindo o seu calor e seu toque.
- Não fique mais tanto tempo longe, por favor. - Choraminguei enquanto o sentia acariciar os meus cabelos.
- Achei que seria mais fácil, mas não foi. Não ficarei. - Ele beijou a minha testa e me abraçou. - Só me deixa dormir por uma semana porque você acabou comigo. - Ele resmungou enfiando o rosto entre os meus cabelos.
- Está bem. - Mal o tinha respondido quando percebi que ele roncava. Ri baixinho para não o acordar e adormeci com o som da sua respiração pesada.
O meu celular despertou no horário de sempre, depois de desligar o alarme, me espreguicei e acertei Chanyeol sem querer. Ele dormia pesado e sequer mexeu quando o acertei.
Ele realmente estava cansado.
Com isso, deixei com que dormisse tudo o que precisava, me arrumei e fui para a clínica trabalhar. Todo mundo queria saber se eu estava melhor depois do dia anterior, tive que inventar uma desculpa boba como uma enxaqueca. Todos acreditaram por sorte.
Passei todo o meu turno junto a Sehun. Enquanto não tivesse o meu documento em maos, não poderia fazer um atendimento 100% sozinha, mas com o retorno de Chanyeol estava de bom humor e nada poderia estragar isso.
Quando a noite caiu e meu turno estava terminando, estava empolgada para voltar para casa e ficar com Chanyeol, mas antes que alcançasse a recepçao, ele estava ali.
- Oi. - Dei um meio sorriso e ele retribuiu. Tinha que ser profissional e não entregar nosso relacionamento entre nós.
- Oi. - Ele assinou algo e entregou para a recepcionista. Era um pequeno envelope que não pude ver direito o que tinha dentro. - Jogue fora! - Eu o ouvi dizer para ela.
- Por que está aqui? Achei que ia descansar da viagem.
- Bem que eu queria, mas alguém precisa ficar aqui no turno da noite. - Ele sorriu e passou por mim. - Eu te vejo amanha de manha, está bem? - Ele cochichou para mim indo para o próximo paciente.
Eu suspirei derrotada, teria que dormir sozinha novamente?
Só esperava que Sehun descansasse o suficiente para retornar para o horário da noite e eu pudesse ficar Chanyeol novamente.
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Doutor Pet 》EXO
FanfictionEu desenhei e pintei o meu futuro, diversas vezes quando me formei no ensino médio. Sabia o que eu queria ser e onde queria estar em dez anos. Planejei por muito tempo e comecei a viver por aquele sonho, nada e nem ninguém me desviaria dele... Ou er...