Capítulo 8

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A semana passou se arrastando, mas todos os dias eu visitava Amy na clinica e acabava me surpreendendo de novo e de novo com a beleza de Baekhyun e como eu ficava envergonhada toda vez que ele sorria para mim. Era incrível que toda vez que ia embora, esquecia da sua beleza e quando o encontrava ficava chocada. Não tinha conhecido nenhum homem tão bonito quanto ele.

- Eu ia perguntar se estava estagiando em algum lugar, mas pelo o seu uniforme, já deve estar.

- É, basicamente. Se você dizer que ficar na recepção é um estagio, então creio que sim. Vim para cá só para isso.

- Não é tão ruim assim. – Ele ria enquanto tirava Amy do soro. Ela estava mais agitada, querendo pular no pescoço do doutor, mas ele a segurava com força para não fazer isso, então sabia que ela estava melhor. – Você é da onde? Desculpa a pergunta.

- Brasil.

- Uau, é bem longe. Como parou por aqui?

- Sorte, eu acho.

- Espero que esteja gostando daqui, é um ótimo lugar. – Ele terminou e me entregou Amy que não hesitou em pular em meu ombro e começar a se enrolar em meus cabelos soltos. – Se cansar de recepcionar, pode vim até aqui que eu posso te colocar como minha assistente se quiser.

Tinha certeza que meus olhos brilhavam naquele exato momento.

- Que proposta tentadora.

- Pensa e depois pode me procurar, você tem o meu numero. – Ele sorriu novamente e perdi o meu folego. – Agora vamos falar dessa garotinha que deu um pouco de trabalho.

Ele se sentou e eu me sentei do outro lado da mesa enquanto Amy se enfiava dentro da minha roupa e me mordendo. Estava tão acostumada que nem ligava mais.

- Perdoe-me, ela é meio descontrolada.

- Não se preocupe, é quase que normal. Todos os furoes que conheci não era muito calmos, principalmente a Amy. – Acabamos rindo juntos. – Ela está bem melhor do que quando chegou, como pode ver. O problema dela era mais psicológico, a minha esposa... – Uma pedra caiu sob a minha cabeça e engoli seco, foi então que notei a enorme aliança em seu dedo. Ele era casado e eu ali dando os meus melhores sorrisos para ele. – ela trabalha na área psicológica e ela notou que Amy estava passando pro estresse, sabe como é, fuso horário, nova alimentação, novo ambiente e clima. Tudo tão diferente mexeu com ela e bom, agora está mais acostumada e melhorou quase 100%, mas na duvida vou passar um remédio só por garantia.

- Obrigada, fico feliz por não ser nada demais. – Até o tom da minha voz diminuiu. Ele escrevia na receita e eu não parava de olhar para o aro dourado que ocupava um espaço em seu dedo.

- Por favor, não deixe de trazê-la novamente para ver como ela está e se está melhorando.

- Pode deixar.

Com a receita em mãos, caminhando para a saída fui impedida pelo doutor Baekhyun falando atrás de mim:

- Pensa na minha proposta.

Ah claro, como se a sua esposa fosse gostar de ter uma garota trabalhando com ele ali, mas quando vi o meu reflexo na porta de vidro me toquei que eu não era digna de ciúmes, nem era tão atraente ou bonita. Não seria um problema para ela.

- Ah, claro. Obrigada. – Eu acenei em despedida com um leve sorriso e sai correndo para pegar um taxi. Ainda tinha que trabalhar aquele dia e já estava atrasada.

Por sorte já estava arrumada e vestida, só precisei deixar Amy com a sua comida e agua deitada em sua gaiola e ela parecia feliz de volta para quem odiava tanto aquele lugar. Ela se enfiou na casinha e não a vi mais. Peguei minha bolsa correndo e sai disparada.

- Atrasada, mais uma vez. – Não precisei nem entrar direito para ouvir a sua voz vinda do consultório quando ele saiu e me olhando de cima a baixo com as mãos dentro do seu bolso e com a cara seria de sempre.

- Sinto muito, de verdade. – Agora falava mais com Yoo do que com doutor Park. – Eu tive que buscar Amy no...

- Quem seria Amy? – Ele me interrompeu e eu respirei fundo. Não sabia porque ele me causava nervoso toda vez que olhava em seus olhos.

- Minha furoa. – Respondi para ele e voltei a falar com Yoo. – Ela teve alta essa manhã e eu tive que busca-la, desculpa mesmo. Prometo que não vai acontecer mais.

- A sua furoa estava doente? Ela está melhor? – Perguntou Yoo preocupada.

- Você a levou em outro lugar ao invés de trazer para cá? – O cenho dele agora estava relaxado assim como os seu olhar, talvez um desapontamento. – Você não confia a sua pet comigo?

- Não leve pro pessoal. – Revirei os olhos e ri. – Sim, ela está bem melhor. Na noite de natal ela não estava bem e como aqui estava fechado tive que correr para outro consultório.

- Traga para que a veja.

- Não precisa, ela está melhor e fora que já gastei tanto e ainda tenho que comprar o remédio que não tenho...

- Não disse que ia cobrar de você. – Eu olhei confusa para Yoo que ergueu os ombros e os braços tão confusa quanto eu.

- Eu acho que não precisa de verdade, ela está melhor.

- Traga-a, amanhã junto com você, não me importo que depois ela fique com você até acabar o seu horário. – Ela deu as costas e voltou para o seu consultório batendo a porta atrás de si.

- O que ele tem? – Perguntei baixinho para Yoo que riu.

- Meu maninho às vezes não sabe disfarçar mesmo. – Ela repousou o cotovelo na mesa enquanto colocava o queixo em suas mãos olhando para a porta.

- Ele é estranho. – Eu pisquei algumas vezes. - Maninho? O que?

- É, ele é meu irmão. Você não sabia?

- Mas, vocês... – Eu comecei a traçar um mapa mental enquanto ela ria.

- Não vai me dizer que achou que éramos outra coisa.

- Achei. – Ela fez careca enquanto ria.

- Deus me livre. Primeiro que não sei como não notou a semelhança e segundo que eu não seria louca. – Ela bateu na cadeira que estava ao seu lado e eu me sentei. – Chanyeol é um amor, mas não comigo.

- Mas você parecem ser dar tão bem.

- Acredite, é que você não vê, mas quando sou naquela sala com ele estamos quase nos matando. – Foi impossível não rir. – Por ele ser mais novo, eu tenho que aturar aquele yoda de dois metro de altura.

- Yoda?

- É, as vezes para irrita-lo uso os apelidos que algumas amiguinhas de escola deu pra ele, claro que ele odeia, mas eu não consigo evitar em usar quando estou brava com ele. – Era assustar como se fosse o Yoda. Coitado. Eu comecei a rir, mas até que ele era fofo, não podia porque se ofender. – Eu achei que com essa semana de folga ele ia descansar um pouco e menos estressado, mas pelo o contrario, acho que só o irritou mais. – Ela suspirou triste e ficou pensativa. – Desculpa não termos aberto essa semana, é que ele não tira nenhuma folga há meses, era a única chance que tinha de tira-lo daqui.

- Não se preocupe comigo, eu entendo. – Ela deu um leve sorriso e segurou a minha mão, foi impossível não sorrir de volta.

- Espero que seja paciente com ele. – Com um leve aperto, ela soltou as minhas mãos e se levantou. – Vou ajuda-lo a preparar algumas coisas, teremos uma cachorrinha prenha a caminho e vamos fazer o parto. Está a fim de ajudar?

- Achei que nunca perguntaria. 

Doutor Pet 》EXOOnde histórias criam vida. Descubra agora