Aquela noite eu realmente não dormi, se Chanyeol achava que no outro dia não tinha feito o que queria, essa noite ele fez. A sensação dos seus lábios nas minhas partes íntimas estavam fixadas em meu corpo e mente, eu sequer consegui prestar atenção na aula naquela manha por sono e também porque Chanyeol me encheu de amor como ele mesmo disse quando chegamos no ápice juntos. Quer dizer, só aquela noite eu tinha tido quatro orgasmos e eu nem sabia que isso era possível.
- Helena. - Kyungsoo me despertou no meio da aula, nem tinha reparado que tinha dormido.
- Oi?
- Você dormiu a aula inteira. - Ele riu da minha cara assim que me levantei. - Nos liberaram mais cedo, podemos ir estudar na biblioteca.
- Vamos. - disse bocejando, não sabia como o meu corpo ainda estava me respondendo de tanto cansaço.
- Por que esta com tanto sono? Estudou a noite toda? - Kyungsoo era tao bonzinho que me ajudava carregando os meus livros já que eu estava quase caindo para o lado.
- Nossa, demais. - Estudando o corpo humano. - Não conheci nem cochichar. - Ate porque se eu tentasse Chanyeol estava me provocando de novo.
- Voce deveria ir com calma, eu sei que esse é o seu último semestre e só vai precisar se preocupar com estagio, mas o pior já passou, deveria ficar tranquila.
- É difícil quando passa cinco anos fazendo isso sem parar.
- Você já tem o seu tcc pronto, não tem?
- Desde o segundo ano, já passei por três professores, só estou esperando a data de entrega.
- Olha isso, eu estou repetindo esse período e não tenho ideia sobre o que farei o meu e você com o seu pronto. Pra que ficar acordada estudando? - Ai Kyungsoo, se você soubesse.
- Eu posso te ajudar ... - acabei bocejando mais uma vez ate decidir procurar a cafeteira e tomar café – no seu tcc. Eu tenho alguns rascunhos, talvez algum te interessa.
- Você tem eles com você?
- Claro, eu sempre deixo os meus trabalhos em alguma nuvem e no papel em casa, mas estou longe de casa, então vou ter que procurar no meu e-mail.
- Helena, vou te agradecer para o resto da vida.
Kyungsoo era um rapaz que eu tinha pavor, ele sempre olhava com cara feia e sempre mal humorado, ou era o que eu achava ate sem querer derrubar o seu livro e descobrir que ele estava lendo o mesmo que eu e começarmos a conversar. Na verdade, Kyungsoo me lembrava um cachorrinho, um cachorrinho muito fofo.
Eu bebi um copo grande de café antes de entrar na biblioteca, não sabia se faria efeito, mas esperava que sim.
- Quer começar por onde? - Kyungsoo separava os livros e vestia os seus óculos de armações grossas. Não sabia porque ele não usava com mais frequência, ele ficava um fofo com eles, mas não preferia forçar a vista e parecer um cão com raiva, não era atoa que Jongin parecia ter medo dele.
- Vamos começar por onde eu acabei dormindo e perdendo tudo.
- Não é importante, é o mesmo que você me explicou semana passada. - Kyungsoo me explicava detalhadamente cada processo e eu tentava firmemente manter os meus olhos abertos prestando atenção.
- Helena. - Kyungsoo me chamou devagar e eu o olhei. - Você realmente passou a noite estudando?
- Sim, por que?
- Você tem pelo menos três roxos em seu pescoço. - Ele apontou onde antes meu cabelo cobria, mas por um movimento de costume joguei o cabelo para o lado descobrindo o local.
- É o que? - Eu procurei o meu celular e quando liguei a câmera notei os chupões da noite passada em meu pescoço. Eu mataria Chanyeol. - Pernilongos. - Eu ri nervosa e ele me olhou sério.
- Quer enganar quem?
- Você? - Eu sorri e ele riu.
- Não precisava mentir para mim. - Ele mexeu em sua mochila e tirou um pó compacto de dentro. - Aqui, usa isso que vai pelo menos disfarçar.
- Por que você tem isso na sua mochila?
- Não é porque eu sou apaixonado por Jongin que não fico com outras pessoas e as vezes é preciso esconder.
- Meu Deus, Kyungsoo, você tirou a imagem de um cachorrinho inocente.
- Eu digo o mesmo.
Eu o olhei com os olhos cerrados, mas acabei rindo no final das contas. Com a ajuda do espelho da embalagem consegui cobrir boa parte do que estava parecendo um outdoor. Graças a Deus eu estava de calças porque com certeza haveria mais.
- E você? Quando vai falar com Jongin?
- No momento certo.
- Que será?
- Não sei, vou deixar o destino agir. - Ele deu de ombros e fechou os livros. - Inclusive, vou testar o destino agora, essa hora ele está saindo da aula, vai que eu o encontro no caminho.
- Vou te acompanhar, talvez chegue em casa mais cedo e durma um pouco.
- Se o seu amado deixar, não é?
- Graças a Deus ele não mora comigo. - Comentei aliviada e ambos riram.
Voltei para casa, estava com tanto sono que assim que cheguei cai na minha cama e apaguei de verdade.
Ainda bem que o meu chefe era o cara que causou aquilo, então ele não poderia reclamar se eu chegasse atrasada naquele dia.
E realmente, ele não reclamou.
Pelo contrário, assim que cheguei ele tentou arrumar um jeito para levar para um lugar escondido e me beijar.
- Você está bem? - Ele acariciava os meus cabelos enquanto analisava cada parte do meu rosto. - Quer voltar para casa?
- Não posso, tem vários clientes marcados hoje, não posso desmarcar. Vai dar certo. - Eu sorri confiante.
- Qualquer coisa, você pode me chamar. Você sabe, né?
- Eu sei, agora volta para o seu posto, daqui a pouco vão chegar clientes.
- Está bem. Bom trabalho. - Chanyeol me beijou novamente e vestindo o seu jaleco, saiu da sala e voltou para o seu posto.
Aquele dia eu trabalhei cansada, mas quando a tarde começou estava me sentindo mais leve e o sono me abandando, na verdade ate feliz. Acho que era a primeira vez que trabalhava com a áurea tao limpa porque eu não estava trabalhando na base do ódio por Chanyeol respirar ao meu lado, mas por causa dele eu estava com o meu coração aquecido. E me sentindo mais adulta depois de finalmente perder a minha virgindade, não do jeito que a mídia dizia que ser, mas foi o momento que eu achei que tinha que ser.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Doutor Pet 》EXO
FanfictionEu desenhei e pintei o meu futuro, diversas vezes quando me formei no ensino médio. Sabia o que eu queria ser e onde queria estar em dez anos. Planejei por muito tempo e comecei a viver por aquele sonho, nada e nem ninguém me desviaria dele... Ou er...