GUERRA - CAPÍTULO 46

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Eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida como senti hoje

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Eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida como senti hoje. Nunca senti tanto nojo de alguém como senti de Richard naquele jantar e no momento que Sophie me chamou para conversar e me trancou na sala com ele, me deixando sozinha, lá, com ele. Esmurrei a porta e gritei alto para que ela abrisse, mas nem uma alma viva passou ali para me socorrer. Ele é pior do que eu imaginava. Ele me rodeia e me sinto um cãozinho acuado e ele me puxa pelo cabelo, me fazendo ficar de pé. Ele me faz ficar com as costas pregadas na porta e sorri, me olhando nos olhos como um psicopata e me acerta um tapa forte no rosto e seu anel corta minha pele.

— O que você quer comigo, seu desgraçado? — pergunto e as lágrimas já descem por meu rosto, quando ele leva o polegar a boca, molhando com saliva e limpando o sangue que ele mesmo arrancou de mim.

— Queria te ver a sós! — diz.

— Me deixe em paz, por favor! Me deixe sair, eu não quero ficar aqui... — digo e choro como uma criança que implora para não apanhar.

— Eu vou te deixar sair, amor. — diz com aquele sorriso sombrio, enquanto segura meu rosto — Você só tem que deixar o que vai acontecer aqui entre nós.

— Richard... por favor! Não me faça nenhum mal, por favor! — imploro e o olho nos olhos e não há luz neles, muito menos, bondade. — ele diz e ele olha de cima a baixo, como se fosse me devorar e abre a porta atrás de mim e saio correndo, mas ele pega meu braço e me prende na parede do corredor e sinto o candelabro rasgar minha pele.

— Você pode enganar meu pai, minha mãe e até o babaca do meu irmão, mas não me engana, Heleninha. — diz e passa a mão por minha coxa e eu tento tirar sua mão, mas ele bate meus pulsos na parede e fecho os olhos forte pela a dor — Eu deveria fazer com você tudo que o fraco do meu irmão não fez... eu deveria te colocar no seu lugar e te dar uma surra! Mas eu sempre soube o que ele viu em você... essa luz pura atrai essa grande escuridão...— fala e aproxima o rosto de meu pescoço e o aperta com as mãos e sinto meus pés saírem do chão e eu seguro seus pulsos para que ele me solte, pois tenho medo que ele me mate enforcada — Eu deveria te dar um fim e fazer com que você suma de vez... sua vadia! Eu vou retirar você da merda da minha cabeça, miserável! Ah, se você soubesse os sonhos que tenho com você... — fala e me solta, saindo em seguida. Fico paralisada no mesmo lugar e me sento no chão, com os joelhos encolhidos. Choro pela minha dignidade e por ser mesmo uma fraca e inútil que não é capaz nem mesmo de se defender.

Não sei quanto tempo passou e algumas poucas pessoas que passam no corredor me olham e eu me levanto e vou para o quarto. Quero tirar essa roupa, limpar esse sangue e tomar um remédio para que eu possa dormir em paz. Tento de todas as formas abrir o zíper ou tirar o vestido por cima, mas não consigo. Ralph então entra no quarto e sem nenhum aviso prévio, me ajuda a descer o zíper e vê os hematomas e invento uma história, mas é óbvio que não colou. Ele sai furioso e eu não o impeço, pois ninguém viu o que aconteceu. Sento-me na cama e alguns minutos depois, ouço coisas sendo quebradas e uma gritaria acontecendo na sala de jantar.

Perdendo-me Em TiOnde histórias criam vida. Descubra agora