NO INFERNO E A CAMINHO CÉU - CAPÍTULO 44

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Acordo e meus braços doem, assim como minha cabeça, parece que fui atingida um bando de elefantes no cérebro

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Acordo e meus braços doem, assim como minha cabeça, parece que fui atingida um bando de elefantes no cérebro. Apoio meu braço na cama para me levantar e ele está dolorido. Devo o ter machucado em algum ponto da briga ontem. E falando no dia de ontem, eu queria poder apagá-lo de minha memória. Por um instante, eu achei que Ralph fosse matar aquele homem asqueroso e por um segundo, eu pensei que ele seria capaz de qualquer coisa, até me agredir. Seus olhos estavam negros de raiva e totalmente fora de foco e nunca o vi com tanta raiva. Não pude evitar o medo.

Faço minha higiene matinal e desço para o café e ele está na cozinha, com a mão enrolada em uma facha.

— Bom dia! — diz.

— Bom dia! — respondo.

— Está melhor? — questiona-me — Você dormiu bem?

— Estou sim! — respondo — E você?

— Eu nem ao menos dormi... as já resolvi tudo. — fala e minha curiosidade é despertada.

— O que você fez? — pergunto assustada — Que providências você tomou?

— O processei. — responde — Ele pagará caro pela a afronta. — escuto e me tranquilizo. Saio da cozinha em silêncio e vou para a sala, me sentando no sofá, com as mãos no rosto e alguns minutos depois, o ouço se aproximar — Por que você me impediu?

— Eu não queria que você estragasse sua vida por minha culpa. — digo e ergo minha cabeça — E eu não gosto de vê-lo fazendo besteiras ou em confusões e nos últimos tempos, você tem feito isso com frequência.

—Esqueça aquilo! Eu perdi o controle! Não vai voltar a acontecer. — diz e se levantando e saindo e é assim no restante das sete semanas seguintes.

[...]

Nos vemos pouco, quase não nos falamos e não saio muito de casa. Desde a confusão há alguns meses, evito pessoas e imprensa. Alguns jornais maldosos dão a entender em suas matérias que eu teria dado liberdade ao tal homem, mas eu sei muito bem que não foi isso que aconteceu. Mas não é o que dizem ao meu respeito que me tira o sono, e sim o aniversário de Richard que se aproxima e tenho vontade de fugir só de pensar, mas sei que não posso! Antes, eu tinha Ralph para me proteger, mas agora, estou sozinha e só posso contar comigo mesma para me proteger de Richard.

Ralph chega e como sempre, são poucas as palavras trocadas entre nós.

— Sua mala já está pronta? — pergunta.

— Sim. — respondo — Nós temos mesmo que ir?

— Obviamente! — responde grosso — É um evento familiar importante e nós somos parte fundamental da duas famílias. — não seguro a lágrima que insiste em escorrer por meu rosto e enxugo o rosto rápido para que ele não veja meu momento de fraqueza.

Perdendo-me Em TiOnde histórias criam vida. Descubra agora