CAPÍTULO 19

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- Gostou do jantar? - pergunto, porque estranho esse silêncio prolongado

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- Gostou do jantar? - pergunto, porque estranho esse silêncio prolongado.

- Sim! - ela diz seca - Foi muito... bom. - mente. Claramente, está brava.

- Você é uma péssima mentirosa, sabia? - digo - Por que está mentindo? E por que está brava?

- Eu não estou brava! - diz alterada, claramente, brava - Você mesmo disse... eu sou uma péssima mentirosa! Você não pode sair por aí topando joguinhos assim, que pode nos expor. - diz e respira se contendo - Eu sei que eles são de confiança, mas não dá para arriscar! Muita coisa está em jogo... e bem mais para minha família que para a sua.

- Eu não deixei o jogo ir longe e está tudo bem. - digo - E eu não menti. Já viajamos juntos e a gente já se beijou... não há nada que nos coloque em risco.

- Ah, claro! - diz irônica - É que a gente teve mesmo uma noite de núpcias, não é?!

- Quase aconteceu... então, só completei o óbvio!

- Você é inacreditável... e isso é patético. - diz claramente, irritada - Não faça isso novamente, por favor!

- Então, já que você não gosta de mentiras e não quer expor a fachada que é essa droga de casamento, a gente deveria transar logo. Prefere no carro ou em casa? - pergunto bravo - Por quê? Ou você acha que as pessoas não pensam que a gente transa. Tenha dó, Helena!

- Qual é o seu problema? - fala incrédula.

- Qual é o meu problema? - pergunto e gargalho totalmente irônico - Eu que te pergunto. Qual é o seu problema, Helena? Casais normais transam, sabia? Eu não sei a quanto tempo você está sem sexo e eu não sei o quanto isso atinge você, mas eu digo e repito, casais normais TRANSAM!

- A questão é que NÓS NÃO SOMOS UM CASAL NORMAL!!! - afirma.

- A gente não precisa ser um casal normal para nos divertirmos. - provoco-a - Nós não precisamos ter uma história convencional para podermos foder, Helena! Mas pelo visto, você não sabe tirar proveito das situações favoráveis.

- Olha aqui, Ralph Jones, eu só vou relevar todos esses seus comentários de baixo calão, porque você está bêbado. - diz - Agora entra na droga do carro e me dê a chave. Eu vou dirigir!

- De jeito nenhum! - digo - A noite está escura.

- Você está bêbado. - diz e arranca a chave da minha mão - E isso não é um pedido.

Ela abre a porta e eu entro no lado do carona. Ela dá a volta e liga o carro e partimos para casa. Ela está certa, eu estou bêbado e não devo dirigir.

Seguimos todo o caminho em silêncio e penso em rebater todos os seus comentários..., mas minha cabeça dói demais para isso. Só se cura uma ressaca, com mais bebida e assim que chego em casa, pego uma vodca e começo a tomar. Helena nem me encara.

Perdendo-me Em TiOnde histórias criam vida. Descubra agora