UM FORA DA VIDA - CAPÍTULO 42

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Estou em uma social vespertina quando ouço meu telefone toca

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Estou em uma social vespertina quando ouço meu telefone toca. É a diretora Keller que me ligou, avisando que não preciso ir buscar Helena, já que ela saiu de carro. Pergunto por pura curiosidade se saiu sozinha ou acompanhada e ela me diz que sozinho. Se despediu dos amigos, pediu um táxi e foi para casa. Eu poderia ficar aqui até mais tarde e curtir o restante da festa, mas já deu pra mim aqui por hoje.

Dirijo até em casa e uma pequena ansiedade se instala. Obviamente, não é para vê-la, mas sim para encher-lhe a paciência.

Pergunto por ela e Karine me informa que ela já está no andar de cima, no antigo quarto. Subo até lá, para lhe dar as ''boas vindas '' e abro a porta, entro no quarto e faço silêncio quando a vejo adormecida, abraçada a um travesseiro que não é o dela. Observo a cena, ela está vestida em apenas uma calcinha preta e uma pequena blusa fina de malhar e não usa sutiã, pois seus mamilos estão marcados no tecido. Ela também usa uma meia amarela de listras brancas que alcança seus joelhos, quase suas coxas. Saio do meu transe quando vejo ela se mexendo, esticando o corpo e paro por um segundo, até que ela para e relaxa novamente. Me retiro do quarto e fecho a porta atrás de mim.

Não ficarei perto dela, pois meu desprezo será minha melhor arma.

Pego meu carro e volto para a empresa. Não vou parar minha vida novamente por causa dela, só pelo mísero fato de ela estar de volta. Tenho coisas para resolver no escritório e não será ela a me atrapalhar.

Ao chegar no escritório, sou logo avisado que tenho não uma visita, mas duas!

Entro na sala e a primeira é Alana.

— O que está fazendo aqui? —pergunto.

— Fiquei sabendo que Helena voltou. — diz séria — É verdade?

Achei que eu e você íamos continuar juntos.

— Alana, eu e você, não existe. Achei que você era madura pra distinguir isso. — digo — A gente transou algumas vezes, foi bom, foi gostoso, foi legal e divertido. — digo e ela me encara — Eu gozei, você gozou e foi só isso. Não tem essa de ''nós''. Foi uma foda totalmente casual e você sempre soube disso.

— Você só pode estar de brincadeira, não é? — pergunta furiosa — É sério que você vai me dispensar por causa daquela putinha metida a santa com quem você se casou?

— Primeiro: pare de gritar. Está tendo reuniões na sala ao lado e seus gritos de histeria são mais altos que o de quando é fodida. — digo e ela trava os dentes — Segundo: eu não estou te trocando por ninguém, até porque, nunca tivemos nada e essa possibilidade sequer passou pela minha cabeça. Você é uma mulher bonita, inteligente e moderna. Nunca te disse que teríamos algum tipo de compromisso e nem alimentei qualquer esperança sua. Nosso caso foi sexo e acabou há tempos. Não sei o porquê dessa conversa agora.

— Vai lá, então! — ela diz — Fica com ela que te traiu na sua cara, dentro da sua empresa. — fala e permaneço intacto — Ela não te ama e nunca te amou e você sabe. Já eu... — diz e começa a abrir o zíper da saia, mas eu a interrompo.

— Alana, não! — digo firme — A minha decisão já foi tomada. Não voltaremos a nos ver.

— Você é um cretino! — diz e sobe a saia, fechando-a e indo até a porta — Espero que você sofra, desgraçado! — ela sai e bate a porta com raiva.

Eu vou seguir a minha vida sim, mas não quero mais problemas que já possuo. Alana é sim linda, mas é colega de classe de Helena e prefiro evitar escândalos ao me envolver mais profundamente com ela ou com qualquer outra mulher.

Margarida pede para que a segunda visita entre e é claro, mais agradável que a primeira.

Carolina entra e peço para que ela se sente e seu semblante está mais fechado que o normal.

— Sente-se, Carol! — digo — Aceita algo para beber? — pergunto.

— Não, eu estou bem, Ralph. Obrigada! — diz — Eu peço para que você se sente e me ouça com atenção e sem interrupções, pois eu vou ser direta.

— Claro! — digo e me sento, enquanto ela fica de pé, com uma postura de mulher forte.

— Eu só vou lhe dizer uma coisa, Ralph, porque Guilherme e eu somos seus amigos e temos consideração por você. — continua — Helena é minha amiga e nesse período juntas, eu pude a conhecer melhor e não me surpreende em nada em ser ela quem quebrou o gelo que você tem no peito. Ela é tão bonita por fora, quanto é por dentro e não ouse dizer o contrário. — Carol diz e eu sorrio debochado, mas não falo nada — Há coisas que podem parecer fáceis e óbvias, mas não são! Talvez o que seja fácil para você, seja um tabu pra ela. E se você fosse menos impulsivo e tivesse mais diálogo, tenho certeza que as coisas seriam diferentes. — ela se senta à minha frente — Guilherme e eu estamos juntos há doze anos e você acha que foi fácil? Não foi! Mas se eu e ele ainda somos um casal, é porque a gente conversou e se resolveu. Tem coisas sobre ela que você não sabe e por mais que pareça besteiras pra mim, pra ela não é e ela tinha a mais plena certeza que você não ia gostar de saber... pensa, Ralph! Vocês foram criados de formas parecidas, mas a diferença entre vocês é óbvia.

— Me diz, Carol! — falo — O que é que ela esconde? Que segredo é esse?

— Isso é algo que ela tem que te contar, não eu! — responde — Se ela tivesse tomado a iniciativa e abrir o jogo, isso não estaria acontecendo. Mas a culpa não é só dela... é sua também! E o pior, caiu na lábia de vaca da Alana, por favor, Ralph! Aquele papo barato. Todos sabiam da inveja que ela tinha de Helena. Vai dizer que você acreditou em tudo que aquelas cascavel te falou? Não seja ingênuo, nem combina com você.

— Eu não acreditei em Alana, eu acreditei no que os meus olhos viram. — digo — E eu tive a confissão da boca da própria Helena!

— Você interpretou algo que você acha que viu. — diz e balanço a cabeça e ela fica brava — Você conviveu com ela, pensei que talvez, você a conhecesse um pouco melhor e soubesse diferenciar quando ela fala a verdade e quando ela mente. E eu vou lhe avisar a última vez... você vai chorar lágrimas de sangue por tudo isso e vai implorar pelo perdão. E se você não se convenceu, tudo bem, eu tentei abrir seus olhos. Só tenha a consciência que seu desprezo vai arrebentá-la de dentro para fora, mas ela vai superar. Sabe por quê? Porque ela é forte. — diz — E anota mais uma coisa, se você tentar fazer qualquer coisa que a prejudique, seja na faculdade, a reputação ou até a integridade física dela, sua briga vai ser comigo e eu te garanto, Ralph, que nem Guilherme ficará ao seu lado. — despeja tudo isso em cima de mim e me dá um beijo no rosto, saindo pela porta e me deixando aqui, perplexo.

— Eu não sou tão baixo, Carol! — grito e ela bate a porta.

Puta que pariu! Que merda foi essa?

Puta que pariu! Que merda foi essa?

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Perdendo-me Em TiOnde histórias criam vida. Descubra agora