CAPÍTULO 50

58.1K 3.8K 917
                                    

Abre a porta e entramos e é como se fizesse anos que não tínhamos aqui

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Abre a porta e entramos e é como se fizesse anos que não tínhamos aqui. A casa está limpa, pois mesmo fora, Karine fez a limpeza todos os dias. Na mesa de entrada, há uma foto nossa, e pego o porta-retrato em minhas mãos, observando a foto. Eu estou no vestido de noiva e olhando agora, vejo como meu rosto de infelicidade e como as coisas mudaram e como eu mudei! Observo Ralph também e ele veste um terno preto e é óbvio que ele está mais sério que o normal. Ele se aproxima e pega o porta-retratos das minhas mãos e observa, esboçando um sorriso de lado em seguida. Põe a foto no lugar e fica a minha frente.

— Bem-vinda de volta! — diz.

— Bem-vindo de volta! — digo.

— O que acha de um passeio? — pergunta e eu sorrio pela familiaridade do momento. ¹

— Acho justo! — respondo e saímos, sem nem ao menos descansar. Eu deveria estar nervosa, e desconfortável, mas sei que ele não me deseja mais e isso me entristece, mas me deixa calma.

Saímos e ele dirige por alguns minutos e só há o som do vento por todos os lados. Chegamos a um jardim e na entrada, há um vendedor de flores, onde ele compra dois buquês de rosas e me entrega um. Sorrio, mas sei que não são para mim!

Andamos um ao lado do outro e em silêncio e logo, vejo o espaço de minha família. Caminho até a primeira placa e coloco as flores. É onde minha mãe foi enterrada! Passo a mão pela foto e sorrio... havia tempos que não me lembrava tão claramente de seu sorriso.

— Você sente falta dela? — pergunta sério e eu continuo abaixada, ao lado do tumulo.

— Todos os dias! — respondo — Você tem sorte de ainda ter a sua mãe. E falando nisso, devo desculpas a todos.

— Você foi grossa com eles, mas foi libertador... e necessário! — diz. Me levanto e ele me entrega o outro buquê de flores e caminho até o tumulo de Eliott e deposito as flores. Vejo ali também a foto de meu primo e me emociono, pois era como um irmão para mim. De toda a família de mamãe, ele era o último! Me levanto e Ralph encara o tumulo, muito sério.

— Você sente falta dele? — pergunto.

— Ele foi o meu melhor amigo! — diz e suspira, mas não deixa que sua tristeza fica óbvia — Eu sinto falta dele todos os dias. — fala e abaixo os olhos. Vendo sua mão livre e eu a pego, apertando em um gesto de conforto, mas soltando em seguida.

— Acho que já deu de coisas tristes por hoje. O que acha? — pergunto.

— E o que você propõe?

—O Clubbienys? O que acha?

— Você nos Clubbienys?! — pergunta — Ok!

Vamos até o bar e pedimos algumas bebidas. Eu não peço nada forte e Ralph, como sempre, pede o melhor Whisky. Nos mantemos na área VIP, até porque, Ralph é amigo do dono e tem a carteirinha de cliente especial.

Perdendo-me Em TiOnde histórias criam vida. Descubra agora