DANOS - CAPÍTULO 45

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Eu não acredito que fui feito de otário novamente

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Eu não acredito que fui feito de otário novamente..., mas quando eu olhei pra ela, ali, tão perto, eu esqueci de absolutamente tudo! Só conseguia pensar no seu sorriso, dos beijos gentis, no efeito que seu corpo, seu calor, seu olhar causavam em mim.

Eu não tenho uma memória clara do que aconteceu ontem á noite, mas me lembro de ela dizendo que eu estava bêbado demais e ela tinha razão, eu estava mais bêbado do que eu imaginava e isso justifica a minha ação. Eu jamais sentiria vontade de tocá-la depois de tudo que aconteceu!

O dia de seu aniversário chegou e lhe presenteei com um carro. Assim, quebramos melhor os laços. Marcaram também uma pequena festa, com um jantar para comemorar.

Ela usa um vestido verde escuro e o cabelo preso no topo da cabeça. Está bonita, não deixo de notar, mas não se parece nada com a Helena que conhecemos. Helena que conhecemos? Quem sou eu para falar isso. Ela é uma total desconhecida para mim.

O jantar é agradável, mas todos os sorrisos entre ela e eu, são evidentemente, forçados. Percebo que meu irmão olha pra ela com frequência, mas não me atento a isso. Richard sempre gostou de perturbá-la o juízo desde criança.

Ele faz alguns comentários para com ela, mas não intervenho. Ela já mostrou bem mais de uma vez que sabe se defender muito bem. Talvez, ela deva carregar esse fardo sozinha, que por sinal, não é nada leve e isso é nítido na face dela.

As perguntas e piadas de duplo sentido são sempre muito incisivas, inclusive, comentários sobre minha anatomia e é notável seu total desconforto. Chego a sentir pena dela, pois seu pai e irmão estão a mesa e ela é um tanto tímida. Noto que Sophie está muito calada essa noite.

A festa acaba e ela sobe antes de mim. Na verdade, ela sumiu uma boa parte do jantar, penso se ela não saiu para ver o tal Pedro em um beco qualquer.

Assim que entro no quarto, ela tenta a todo custo abrir o zíper do vestido e quase conseguiu tirá-lo, mas ao me ver, ela o sobe novamente. Me aproximo e pego em seu ombro e a viro rápido e desço o zíper, sem mesmo ela pedir ajuda.

— Obrigada! — ela diz baixinho e eu permaneço parado atrás dela e ela também não sai do lugar. Meus dedos coçam e imploram para sentir o calor de sua pele, mas eu só as analiso com os olhos e vejo que há um ferimento e minha mão toca em volta, vendo que é recente, pois o sangue ainda está fresco — O que foi isso em suas costas?

— Não é nada... eu só... eu... eu só — respira fundo — Eu só me machuquei. N]ao é nada demais.

— Se não foi nada demais, por que você está gaguejando? — pergunto desconfiado e a viro para frente, e vejo um corte em seu rosto e as lágrimas presas em seus olhos — O que aconteceu, Helena?

— Nada! — diz e se afeta — Eu já disse que não foi nada.

— Ninguém chora por nada. Ninguém aparece com marcas no corpo por nada. — digo — Por quem tem um corte no seu rosto? Não me venha com essa de que se machucou. — ela desvia o olhar e isso é o que ela faz quando quer fugir do assunto. Saio para tentar descobrir o que houve com ela, já que ela não me contou. Lembro-me de que o último lugar que a vi antes daqui e da festa, foi no corredor dos fundos. Vou até lá e como um sedento, procuro por pistas e vejo uma pequena mancha de sangue na parede branca e logo na frente, o anel que dei a ela está no chão. Vou até o escritório e procuro a pasta de monitoramento da casa e acho as câmeras do corredor e começo assistir e vejo uma coisa que jamais pensei que veria e isso desperta o meu ódio e trás todo o meu pior lado à tona.  

  

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Perdendo-me Em TiOnde histórias criam vida. Descubra agora