Capítulo I

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LIA

Mordi seu pescoço com força, sentindo seu doce sangue enchendo minha boca, descendo pela minha garganta e fazendo meu coração bater. Sua pele fria acaricia a minha, enquanto movo os quadris em seu colo. Alec pulsa dentre de mim, suas mãos apertam minha cintura enquanto me penetra com mais força. Soltei seu pescoço, sentindo o sangue escorrer pelo meu queixo e gemo contra sua orelha.

— Olha para mim — mandou Alec, em voz baixa. Assim como a minha, sua respiração era irregular. Seus lábios estão entreabertos e encarei seus olhos vermelhos como sangue. — Diga que me ama — pediu, beijando meu pescoço. Cravo as unhas em seus ombros quando seu membro entra ainda mais fundo dentro de mim. — Diga que me ama! — pediu novamente, arranhando suas presas em meu pescoço sensível. Passei a língua entre os lábios, sentindo seu gosto, sua vida. — Lia. — Alec segurou meus cabelos, forçando-me a olha-lo nos olhos. Posso sentir o clímax se aproximando, meu corpo inteiro vibra.

Antes que ele fizesse novamente o pedido, colei meus lábios contra os seus. Beijando-o profundamente, de forma brusca e necessitada. Ele me beija de volta, soltando meus cabelos e segurando meu seio. Suspirei de satisfação quando ele mordiscou meus lábios, tirando sangue e o sugando sem delicadeza. Sinto seu coração batendo, palpitando por minha causa e gosto do som que ele faz. Com um último movimento, sinto o orgasmo contraindo meus músculos, fazendo-me abraça-lo com força e gemer alto. Alec suspirou e solta um gemido baixo, sinto-o me enchendo e seu pênis latejando.

— Lia — Ele chamou com sua voz rouca e atraente.

— Lia? — Outra pessoa chama, acordando-me em um salto. Encarei a janela fechada e ouço o som da chuva sobre o metal do carro e as ruas. O vidro está molhado e embaçado. — Chegamos! — avisou Edgar, encarnado-me com seus olhos amarelados. Olhei ao redor e vejo o pequeno hotel da cidade. Eu odiava aqueles lugares, os quartos são pequenos demais, a cama é desconfortável e sinto nojo do banheiro. Porém, é um dos melhores lugares para se esconder. — Tem certeza que quer fazer isso? Podemos encontrar outro jeito — contou Edgar, com preocupação. Quando ele me encontrou há alguns meses, fiquei com receio da sua campainha, mesmo sabendo que a Margo o amava e confiava em sua lealdade. Não havia motivos para desconfiança. Edgar quer vingança pela morte de sua amada e a morte de Belledisse não foi suficiente para ele.

— Não existe outro jeito — declarei, seriamente. — Voltarei em alguns dias. — Assegurei, fazendo-o confirmar com um aceno. Encarei seus cabelos bem curtos agora, pergunto-me se Margo aprovaria seu novo corte, algo me dizia que "não".

— Amanhã, sairei para procurar mais informações — disse, pegando uma mochila no banco de trás. — Alguém precisa saber alguma coisa sobre elas. — Ele se referiu as bruxas. A cada dia sem informações, Edgar fica mais irritado e impaciente. Encontra-las nunca foi algo fácil e desde o que aconteceu na floresta há quase três anos, nenhum vestígio de magia era encontrado, nenhum sinal, nem murmúrios na escuridão, elas simplesmente desapareceram. Entretanto, elas não são minha prioridade agora e Edgar sabe muito bem disso.

— Tenha cuidado — mandei, assim que ele abriu a porta e deixou o carro aquecido para a chuva forte. Observei Edgar caminhar calmamente pela chuva, atravessando a rua movimentada até o hotel decadente. Só mudei de lugar no carro quando o vejo entrando e a porta sendo fechada. Assumo o volante e sinto a fome me deixar ansiosa.

Com a sede consumindo meus pensamentos, dirijo rapidamente para longe daquela cidade e sigo por uma estrada estreita e vazia. As horas estão passando e a chuva não para de cair, como se soubesse o que estou prestes a enfrentar. Reduzi a velocidade quando os enormes portões de ferro surgem à frente. Não precisei esperar muito, os portões logo começaram a abrir, revelando a incrível e enorme mansão. Ela não mudou nada desde a minha partida. Entrei e estacionei perto das escadas, que me levam até as portas de madeira.

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