DISPONÍVEL ATÉ 23/01.
Na manhã seguinte, deixo Lorena em sua casa e vou direto até a empresa. Estou ligando para Eros desde que acordei, mas ele não atende, Ayla também não. Mamãe enviou uma mensagem desmarcando o café da manhã e também não atende. Sinto que alguma coisa aconteceu.
Vou direto até a copa pegar um café quando vejo Sabrina, ela fala ao telefone com Ulisses e presto atenção à sua conversa.
— Você não fez por mal, Uli, Ayla sabe disso. Ela está sofrendo agora, mas não está com raiva de você, ela vai falar com você assim que o Eros aparecer, não se preocupe.
Deixo o café de lado e a observo. Seus olhos contêm bolas pretas em volta e sua expressão é cansada e triste. Assim que desliga o telefone e esconde o rosto nas mãos, me aproximo meio sem jeito.
— Sabrina, o que houve? Eros ainda não apareceu? O que aconteceu com a Ayla?
Seus olhos cansados pousam nos meus e ela não diz nada por algum tempo. Parece confusa e pensativa, e quando desvio nosso olhar e repito a pergunta, aproxima-se de mim e pede:
— Há algumas coisas que preciso contar a você, podemos ir a outro lugar?
— Claro!
A guio ao estacionamento e entramos em meu carro. A levo não muito longe, em um café pequeno e reservado no centro. Ela sequer escuta as perguntas da atendente, conversa sozinha baixinho e parece esquecer que estou aqui. Faço o pedido por ela e espero que comece a me contar o que houve.
— Eros está bem? O que aconteceu? — pergunto depois que os cafés são servidos e ela ainda não fala em um tom alto o suficiente para que eu entenda.
— Tudo bem, eu vou te contar — diz finalmente parecendo cansada demais. — Eros não voltou para casa esta noite, provavelmente ele não voltará por agora, e provavelmente ele não vai querer vê-lo tão cedo. E isso é culpa de todos nós. Mas você é o único que pode fazê-lo enxergar a verdade, e ver o quão ridículo tudo o que ouviu soa...
— Do que você está falando?
Ela olha para os lados e respira fundo.
— Na noite em que trabalhamos na casa do Eros, naquela festa, como garçonetes, Ulisses roubou um objeto de valor do quarto dele. Ayla entrou na casa do seu irmão na tarde seguinte para devolver, mas foi pega por ele lá dentro. Ela então, para proteger o Uli, disse ao Eros que estava apaixonada por ele.
Solto a colher que tinha na mão e de repente tudo faz sentido. O amor repentino dela por ele. A declaração corajosa quando tinha uma imagem tão diferente dela. Mas aí me lembro do casamento deles, de quantas vezes ela repetiu para mim que o amava e a certeza que vi em seus olhos, o amor que vi neles. Nada disso podia ser fingimento.
— Mas ela se apaixonou de verdade por ele, não é? — pergunto e Sabrina confirma.
— De algum jeito, Melissa descobriu isso. Ela ficou sabendo da briga entre você e o Eros por causa dela, e buscou até atingir seu objetivo. Fez uma armadilha, procurou o Ulisses e disse que ia retirar as queixas contra ele, caso ele lhe desse alguma informação útil sobre o romance entre Ayla e você. Uli não sabia que você já havia conseguido as provas para libertá-lo. Ele entrou no jogo dela.
— Ele contou a ela sobre a pequena mentira de Ayla.
— Mais do que isso. Ele também disse que Ayla era apaixonada por você e que vocês saíram algumas vezes. Ele é só um menino assustado, disse coisas que pensou que ela quisesse ouvir, para que ela pensasse que ele era seu aliado. E então contaria tudo a você quando ela retirasse as queixas e ao Eros, para que soubessem que inventou tudo.
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DEGUSTAÇÃO - Quem disse que é amor?
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