Hei! Esse é o penúltimo capítulo!
Boa leitura!
Harry estava melhor no dia seguinte, pois ao menos conseguia olhar para o celular sem sentir vontade de chorar por não ter notícias de seu amado, que o havia deixado esperando e sem respostas num encontro marcado com tanta empolgação. Ele ainda achava curioso que o mais velho tivesse desistido dele tão subitamente, mas não poderia o julgar por tal decisão quando sua mente miserável continuava produzindo pensamentos invasivos que repetiam as palavras más dos idiotas que o atormentavam durante a época de escola. Ele tentava ignorar aquilo, mas era mais difícil quando aquela era a única voz que ouvia, pois estava novamente sozinho num trem.
Desde criança fora aquele mesmo esquema, pois o cacheado gostava de brincar sozinho e até mesmo de fazer trabalhos escolares sozinho – gostava de fazer dupla apenas quando era com seus amigos – então achava que seria bom viajar sozinho pelo continente, isso até conhecer as vantagens de viajar com alguém como o mais velho.
Assim é meio solitário apenas olhar a paisagem rural borrada que passava com pressa pela janela do trem, ouvindo música em seus fones e controlando-se para não cantarolar alto, pois estava completo silêncio naquele horário. Estava sem sono algum após já ter escrito um artigo inteiro até cansar e já deveria estar dormindo após caminhar durante o dia inteiro pelas atrações da cidade que deixara para trás, então ele tentava estimular seu sono com músicas calmas que carregavam memórias de bons dias em cada acorde produzido.
Foi assim que ele adormeceu no trem, indo rumo ao último destino daquele roteiro.
A viagem até a capital norueguesa demorava várias horas, mas ele não se importava com aquilo quando estava cada vez mais perto de sua casa, apenas queria aproveitar ao máximo aquele último destino – pelo menos o último destino durante algum tempo, pois queria continuar viajando e retratando tudo para as pessoas que quisessem ler. Ele acorda cedo, quando a claridade do sol trespassa suas pálpebras, mas ele aprecia aquele espetáculo da natureza e ao menos fotografa, apenas observa sozinho e aprecia aquele presente que era um novo dia.
Até então ele já sobrevivera a todos seus dias ruins, então certamente havia algo de incrível naquele sol, mesmo quando ainda tinha o coração partido. Louis ainda era o seu sol.
Harry boceja audivelmente e busca sua câmera para registrar a chegada à capital, estava sonolento ainda, mas consegue boas imagens e fica distraído até o momento em que o trem para na estação, assim ele desembarca em meio aos poucos passageiros que viajaram durante a madrugada. Sua canseira faz que compre um café forte no caminho ao albergue que ficaria, parando num estabelecimento para comer os tradicionais waffles noruegueses enquanto assiste o jornal da manhã na língua local e reconhece apenas algumas palavras si. Assim ele parece mais desperto quando segue seu caminho, a bagagem parecendo pesada demais no caminho que realiza, de forma que ele promete que iria de carro ao aeroporto no dia seguinte.
- Hei. Jeg er Harry. Jeg har en reservasjon – ele diz que tinha reserva e apresenta-se na língua nacional quando chega à pousada, encontrando um pouco de dificuldade nessa ação, mas conseguindo decorar as palavras-chave para a boa comunicação.
- Ja, her er romnokkelen did i andre etasje. Há et hyggelig opphold! – Harry não entende muito além do primeiro "sim" dito, franzindo o cenho quando olha para a atendente que o olhava com preocupação pela mágoa aparente em seu olhar. – Du bra?
- Bra! Estou bra! – Harry lembra de dizer exatamente aquilo quando fora derrubado por acidente na fonte romana, dissera aquilo depois de fitar os olhos azuis intensos pela primeira vez.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ʟᴏᴠᴇ ᴏɴ ᴛʜᴇ ʀᴏᴀᴅ • ʟᴀʀʀʏ
FanfictionLouis parte em uma viagem impulsiva ao continente europeu, levando consigo apenas uma mala abarrotada e a esperança de libertar-se da vida cinzenta que levara nos últimos meses naquela selva de concreto. Mas ele não era o único a iniciar uma aventur...