Cap. 14: Timão & Pumba

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Timão e Pumba finalmente estavam retornando para as terras do reino, depois de um longo tempo de férias em seu oásis. A verdade era que Timão pediu para Pumba o acompanhar, o velho tio Max havia falecido, e ele não conseguiria segurar essa barra sem o seu melhor amigo. Os dois amigos estavam tão velhos quando o próprio Simba.

As duas figuras chegaram nas terras do reino, cantando o seu hakuna matata de lá para cá. Sem saber o que estava acontecendo no reino, os dois seguiam alegremente pela savana, como se o mundo estivesse vazio ao seu redor. Estavam tão despreocupados, que nem perceberam que estavam sendo seguidos por Kifo e seus irmãos. "Se quer ferir Simba, mate aqueles próximos a ele."

- Como é bom estar em casa! - disse Timão.

- Finalmente vamos brincar com os filhotes da Kiara, e ensinar eles a comer insetos. - disse Pumba inocentemente.

- Vão comer muitos insetos, e ficarão fortes igual ao avô deles! Aiai, o nosso Simba já está ficando velho.

- Acho que velho estamos nós.

- Não diga isso, Pumba. Agora que eu estou na flor da juvent... Ai, minhas costas!

- É melhor falar sem se movimentar. - gargalhou Pumba.

- Engraçadinho. - disse Timão olhando a vegetação ao seu redor. - Ei, Pumba?

- O que foi, Timão?

- Consegue ir mais rápido?

- Acho que sim. Por que?

- Tem alguém nos seguindo, e eu sinto que não são amigos.

Aquilo fez pumba disparar, e logo os leões dispararam atrás dos dois. King Tale estava bem perto deles, Timão o via com clareza, enquanto Makulo e Kifo vinham logo atrás. Pumba corria como se não houvesse um amanhã, foi então que King Tale golpeou sua pata traseira. Pumba rolou pela terra seca, dando tempo suficiente para que Makulo e Kifo se aproximassem.

- Pumba! - gritou Timão.

- Timão, você está bem? - perguntou ele se levantando.

- Eu estou, mas e você?

Kifo se aproximou.

- Ora, ora. Vocês devem ser aqueles que criaram o Simba. - disse Kifo. - Como ele vai reagir, quando souber que eu devorei seus pais adotivos?

- Vamos, Pumba! Ainda podemos tentar fugir!

- Não! - disse Pumba seriamente.

- O quê? Como assim não?

- Minha perna está machucada. Se eu fosse com você, só iria te atrasar.

- Mas, Pumba...

- Vá! Avise o Simba. Eu vou ficar e ganhar tempo, para você. - disse Pumba se virando para os três enormes leões.

Os olhos de timão se encheram de lágrimas, ele correu e abraçou a pata dianteira de Pumba que permanecia firme na frente dos assassinos. "Boa sorte, meu amigo."

Timão correu para a pedra do rei, enquanto Pumba enfrentava os leões que o cercavam.

- Vamos nos divertir um pouco com ele, antes de devorá-lo. - disse Kifo com um tom sombrio.

- Podem vir! Esse velho javali, ainda aguenta uma boa briga. - disse Pumba apontando suas presas para os irmãos.

Makulo atacou primeiro, suas garras deixaram um enorme arranhão no corpo de Pumba que nem se quer conseguiu se defender. Caindo sobre sua pata machucada, o velho javali guinchou. King Tale se aproximou e o mordeu nas costas, e mesmo com uma dor insuportável, Pumba girou sua cabeça e golpeou o ombro de King Tale com a sua presa. O leão rugiu com a dor alucinante da presa do javali penetrando em sua pele.

- Desgraçado! - disse King Tale recuando.

Pumba se esforçou para ficar de pé.

- Podem vir, quantas vezes quiserem. Mas não deixarei que firam o Timão e nem o Simba. Nós o criamos, o vimos se tornar o grande leão que ele é hoje. Mas não importa o quão grande e quão velho ele esteja. Será sempre o nosso filhote! E aqueles que ameaçam o meu filhote, ameaça a mim! Podem vir, valentões. Pois este velho javali, ainda tem forças para proteger quem ele ama!

Pumba avançou ferozmente na direção de King Tale, suas presas perfuraram o peito do leão como uma lâmina amolada em uma carne macia. King Tale rugiu ferozmente, a dor era insuportável. Vendo aquilo, Makulo acertou Pumba com uma patada e aquilo foi o suficiente para derrubá-lo e arrebentar uma de suas presas que ficou cravada no leão.

- Você está bem? - perguntou Makulo.

- Estou... - disse ele com dificuldades.

- Você machucou o meu irmão. - disse Kifo. - Parece que não é uma presa tão inútil assim.

Novamente Pumba se levantou.

- Pelo visto, ele é bem mais durão do que eu imaginei. - disse Kifo.

Makulo abocanhou a presa que estava enterrada no peito de King Tale e a arrancou. Por pouco, a presa de Pumba não acertou o coração de King Tale, mas aquele ferimento o mataria mais cedo ou mais tarde. Ele estava perdendo muito sangue, e mesmo assim se recusava a recuar. Ele tomou a frente de seus irmãos. "O javali é meu."

- Eu não tenho medo, de um gatinho covarde como você. - disse Pumba.

- Como ousa me chamar de covarde? - respondeu King Tale furiosamente.

- Vocês jamais irão entender, o motivo de eu me levantar. - disse Pumba. - Mesmo com meu corpo dolorido, mesmo com meu sangue escorrendo, mesmo com a minha pata quebrada. Vocês jamais entenderão, o motivo de eu continuar me levantando.

- Então nos diga, javali. Por que se recusa a morrer? - o questionou Kifo.

- Timão e eu, prometemos proteger o Simba de qualquer coisa. E é isso que nós faremos. O nosso hakuna matata, jamais vai morrer.

- Que tolice. - disse Kifo. - Acabem com ele.

Pumba se manteve firme, mesmo com as provocações, e mesmo com os ataques de King Tale. Ele permaneceria ali, sem recuar.

O Rei Leão: O Leão Branco Na SavanaOnde histórias criam vida. Descubra agora