Foda-se o amor!

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O amor não me escolheu

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O amor não me escolheu. Essa é uma das poucas certezas que tenho da vida.

Isso não me incomoda mais. Não busco mais um amor, porém, meu ego não me permite me submeter a nada. Não entro em relações onde não me sinta no controle.

Foda-se o amor de Jessica por mim. Não faço questão. Sinto que nosso relacionamento é mais um contrato empresarial, um termo de segurança que encontrei para manter minha irmã salva da instabilidade do irmão. Se parto dessa vida, Jessica cuidará de minha irmã. Não tenho dúvida disso.

Apesar de me lixar para o amor de Jessica, de não fazer questão de reciprocidade, tenho instintos de submetê-la ao meu controle. Confesso que, as vezes, quero machuca-la. Ja fiz isso algumas vezes, mas de forma emocional apenas ( não que não deseje machuca-la fisicamente, mas isso faço em minha imaginação. Afinal, não seria nada bom para os negócios ser noticia; "Psicólogo que cuida de relacionamentos abusivos, é preso por agredir noiva.). Não, jamais agrediria ela fisicamente, faço isso ignorando-a, ameaçando terminar a relação caso viajasse para congressos com determinados grupinhos, caso não aceitasse meu controle "Eu sou assim, não está satisfeita? A gente termina. Simples assim!".

Psicopata? Não, não sou. E como sei disso? Já disse; eu amo minha vó, minha irmã e até mesmo ja me pego gostando dos dois vira-latas lá de casa. "Ah, mas amar família é genético. Faz parte", você pode falar, para insistir na tese de que sou psicopata, mas sinto muito estragar sua alegria; Nem sempre eu fui esse cara anestesiado de emoções, eu já amei duas mulheres na vida. Minha primeira namorada. Devia ter por volta dos 14 anos. Ela me traiu. Olha só que legal? Detalhe; eu ainda era o Max fiel. Que panaca!

A outra, bem, a outra foi o famoso golpe de misericórdia. Eu tinha o que, acho que uns 16 anos. Dark já era forte dentro de mim. Ela era de outra cidade. A cidade mais perigosa do país; Brasília. Lá que se organiza o crime.

Diz ela que eu fui o seu primeiro beijo. Eu acreditei. Dark nunca duvidou. Com ela tive algo diferente. Algo que pessoas normais podem chamar de paixão. Ela era uma amiga de uma prima. Estávamos em um quarto, eu, ela, minha prima e um monte de gente irrelevante. Fiquei tão vidrado nela, que não notei que, um-a-um, as pessoas iam saindo do quarto e deixando somente eu e ela lá. Lembro do seu olhar, seu sorriso, um ursinho de pelúcia de minha prima que ela segurava eu seu colo fazendo "carinho" e eu também, na tentativa de tocar em sua mão. Olha que fofinho, não?

Conversamos tanto naquela tarde, tanto, mas tanto, que quase fico rouco. Aliás, acho que cheguei a ficar. E, finalmente, escuto Dark "beija ela porra!!". Eu achava ela muita "areia para meu caminhão"(olha ai, eu ainda era humilde naquele tempo)

O "algo diferente" ocorreu nesse maldito beijo, foi como, sei lá, eu estivesse abraçando minha própria alma... Ela, ela acalmou meus pensamentos, ela desacelerou minha mente, ela me fez, veja só, ter segundos de paz, de felicidade... Cheguei até a acreditar em Shakespeare (aquele imbecil!)

Meu amigo DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora