Capitulo 1: Rivalidade

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Jace Lightwood parou seu carro em frente ao restaurante mais famoso de Nova Orleans e jogou sua chave para o manobrista, depois rodeou o carro e abriu a porta para sua namorada Clary Morgenstern, ela sorriu agradecida e os dois caminharam de mãos dadas para dentro do restaurante.

Eles namoram desde seus treze anos, e não teve sequer um dia em que ele pensou que não fosse ela a pessoa com quem ele queria dividir a vida.

-Não acredito que você finalmente lembrou do nosso aniversário. –Ela comentou dando uma risadinha enquanto os dois esperavam na recepção para que a recepcionista os levassem até a mesa que foi reservada para eles.

-Bom, ano passado você ficou um mês sem falar comigo, então.. –Ele comentou e ela lhe deu um tapinha leve no braço.

-Desculpe faze-los esperar. –A recepcionista loira, com o nome de Victoria, disse se aproximando dos dois. –Por aqui, a mesa de vocês já está pronta. –Eles a seguiram até o segundo andar do restaurante, onde a luz era mais baixa e o lugar era mais quieto e com mais privacidade.

Quando Jace subiu as escadas, olhou as pessoas ao redor e o viu. Ele nunca esqueceria aquele rosto, nunca esqueceria o rosto de ninguém daquela família que foi ensinado a odiar desde pequeno.

Elias Bane era inimigo, e ele sabia muito bem o que fazer quando se deparava com qualquer inimigo que cruzasse o seu caminho a onde quer que fosse.

O restaurante estava cheio, haviam civis ali, pessoas que não tinham culpa da rivalidade entre as famílias criminosas mais poderosas de Nova Orleans, mas Jace não podia pensar nisso, não foi para ter piedade de inocentes que Robert, seu pai, estava o treinando.

Com esse pensamento Jace rapidamente sacou sua arma e direcionou para o homem sentado na mesa a sua frente. Elias Bane não havia percebido a sua presença até que levou o primeiro tiro que acertou na sua barriga, ele se assustou, olhou para o homem que atirou nele e o reconheceu. A gritaria das pessoas ao redor era muita, além da correria e do tumulto. Ele tentou atirar também, mas antes que pudesse levou mais um tiro, porém agora era no peito, bem pertinho do coração, talvez tivesse acertado seu coração, ele não tinha certeza, a dor era insuportável, mas mesmo sentindo dor, ele ainda pode ver de relance sua namorada Camille sacar uma arma e tentar atirar no loiro que o acertará, mas ela não conseguiu, antes que pudesse fazer, Clary já  estava com sua arma em punho atirando duas vezes na sua cabeça.

Antes de cair no chão e apagar, deu graças a todos os santos por seu irmão mais novo ainda não ter chegado, antes ele morto do que seu irmão Magnus, a quem daria sua vida se necessário.

Jace assim que verificou que seu inimigo estava morto, virou as costas, guardou o revolver na cintura e esperou sua namorada colocar sua pequena e delicada arma dourada, que havia sido presente dele, na sua bota para que eles dessem as mãos e caminhassem tranquilamente para fora do restaurante.

Seu pai ficaria orgulhoso quando descobrisse o que ele havia feito.

(...)

Magnus estacionou o carro e estranhou o fato de não ter nenhum manobrista para recebe-lo. Deu de ombros e deixou o carro lá, mesmo que soubesse que era proibido. A final, ninguém teria coragem de multar um Bane.

Ele estava feliz, adorava jantar com o seu irmão, mesmo que fosse uma tortura vê-lo com a mulher que amava. Apesar de sempre ter o desejo de que Camille fosse sua, nunca deixou transparecer, pois a cima disso, havia o seu irmão que ele amava incondicionalmente.

Quando entrou no restaurante, não entendeu o fato de estar tudo vazio. Ele ligou para o seu irmão e ouviu bem de longe o toque do seu celular.

Acompanhou o som, até que chegou no local de onde vinha o toque do celular.

Magnus já havia perdido amigos, parentes e conhecidos, mas nenhuma dor foi tão insuportável quanto ver seu único irmão e a mulher que amava no chão sem vida.

Seu coração despedaçado queria se ajoelhar no chão e chorar, mas seu instinto de sobrevivência e principalmente o treinamento que teve fez com que ele puxasse a arma da cintura e vasculhasse o lugar para ver se o filho da puta que havia feito aquilo ainda estava ali.

Não achou ninguém, o lugar estava vazio, mas não precisava pensar muito para saber quem era o culpado daquilo, a família Lightwood é claro, ainda não sabia qual deles havia sido, mas de qualquer forma mataria todos.

Voltou para onde seu irmão e Camille estavam caído e ficou os encarando ainda sem acreditar, como contaria a sua mãe? Como contaria ao seu pai que por culpa dele o seu irmão estava morto? Talvez se ele tivesse chegado mais cedo conseguiria ter evitado.

-Ponha a arma no chão! –Ouviu uma voz grave soar atrás dele. Se fosse algum dos Lightwood aquele seria seu ultimo suspiro. –Não vou falar novamente! Ponha a arma no chão e vire-se devagar. –Repetiu e Magnus fez menção de que iria obedece-lo, mas ao invés disso ele se virou rapidamente e apontou a arma para o homem que quando o reconheceu arregalou os olhos assustado.

-Sr. Bane, me perdoe, eu não sabia que era o senhor. –Falou o jovem policial tremendo da cabeça aos pés.

-Tudo bem rapaz, mas dá próxima vez que você apontar uma arma em minha direção, uma bala irá perfurar a sua cabeça antes mesmo que você perceba, entendeu? –Ele assentiu e Magnus sorriu, não podia negar o quanto gostava de ter a maioria dos policiais no bolso. –Agora eu quero que você vá até o seu carro e vá embora, atrase os policiais pra que eu possa resolver isso. –Falou sério e o policial não pensou duas vezes antes de fazer o que Magnus havia ordenado.

Foi até a sala do dono do restaurante e olhou no seu computador as imagens da câmera de segurança.

Jace Lightwood, era ele quem seria o primeiro a morrer.

Império  (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora