Capítulo 8: Reviravolta

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Três dias depois que Lydia morreu Alec ainda estava péssimo.

A culpa estava o consumindo e ele não conseguia sequer dormir.

Lydia era jovem, estava terminando sua residência em pediatria e ele acreditava que tudo isso havia sido tirado dela por sua causa.

Ele odiava Magnus a cada segundo.

Maior do que o seu ódio, era a sua decepção. Era difícil pra ele acreditar que havia sido enganado. Era difícil pra ele acreditar que havia se deixado baixar a guarda tão facilmente e era ainda mais difícil acreditar que Magnus havia acabado com uma vida inocente por uma guerra idiota de famílias rivais. Ele achava que Magnus fosse diferente, mas talvez seu pai estivesse certo, talvez Magnus fosse uma pessoa sem escrúpulos no fim das contas.

Durante esses três dias inteiros Alec não saiu da galeria. Pintou e pintou para tentar diminuir um pouco a raiva que estava sentindo.

Ele também não abriu as galerias como fazia todos os finais de semana porque não queria ter o desprazer de encontrar Magnus.

Magnus ligava e mandava tanta mensagem que a única coisa que Alec conseguiu fazer foi jogar o seu celular contra parede.

Apenas Isabelle ia visita-lo. Seus irmãos e sua mãe estavam ocupados demais cuidando das próprias vidas e seu pai estava negociando, juntamente com Valentim, a fusão das famílias.

Alec usou esse tempo para pensar sobre a sua vingança. Tinha várias formas que ele poderia destruir os Bane. Talvez ele devesse se casar e no fim matar cada membro daquela família, ficando assim com o Império dos Bane. A idéia era boa, ele achava que sim, mas no fim ele seria igual ao seu pai, uma coisa que ele sempre evitou e era por isso que Jace estava sendo treinado para ser o sucessor de Robert.

Estava pintando Lydia quando ouviu seu telefone, que Magnus felizmente não tinha o número, tocar. Limpou as mãos sujas de tinta e atendeu o telefone que ficava preso a parede. Era o seu pai.

-O que quer? -Perguntou sem rodeios.

-Temos uma reunião com a família Bane para resolvermos os últimos detalhes da fusão antes de fecharmos negócio.

-E dai?

-Você tem que ir.

- Por quê? Para que Valentim serve então?

-Ele fecharia negócio sem a sua presença, mas os Bane, na verdade Magnus Bane, exige que você vá.

Alec respirou fundo. O único motivo para evitar Magnus é que ele não sabia se conseguiria controlar a raiva depois que olhasse nos olhos do homem que matou Lydia apenas por negócios.

-Escute Alexander, falta pouco para a sua vingança, pouco para destruirmos aquela família.

-Está bem. - Disse simplesmente antes de desligar o telefone.

Suspirou. Ele sabia que para o seu plano dar certo ele tinha que fingir que estava tudo bem, principalmente entre ele e Magnus, mas ele nunca foi disso, fingimentos, encenações, isso era coisa do seu pai, não dele.

Ele faria por Lydia.

(...)

Magnus estava ansioso, já era noite e faltava pouco para que Alexander chegasse com o seu pai e seu advogado e ele não via a hora de revê-lo.

Magnus soube do que havia acontecido com Lydia. Tentou contactar Alec de várias formas possíveis, mas não conseguiu. Chegou a passar pela sua cabeça a possibilidade de que talvez Alexander achasse que tenha sido ele o mandante do assassinato, mas se fosse isso, por que então Alec ainda não veio mata-lo? Não conviveu muito com ele, mas sabia que diante uma situação dessas ele mataria o assassino da sua noiva sem pensar duas vezes.

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