Capítulo 11: Prazer

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Quando Alec acordou, Magnus não estava mais na cama, porém estava quente, e tão bom de baixo dos cobertores que Alec simplesmente fechou os olhos e tentou voltar a dormir. 

-Bom dia! –Magnus apareceu no quarto de cueca e totalmente animado, fazendo Alec esconder a cabeça de baixo do cobertor.

Alexander não respondeu, então Magnus se deitou do seu lado e se enfiou de baixo da coberta junto a ele.

-Você é tão chato. –Alec murmurou com a voz sonolenta, mas apesar do mau humor matinal, Alec colocou o braço envolta da sua cintura e o puxou para mais perto, formando uma conchinha.

-Diz que eu sou chato, mas quer dormir agarradinho comigo? –Magnus debochou, porém se aconchegou ainda mais nele.

-Vamos voltar a dormir, Mags. –Alec parecia estar tão sonolento, que Magnus tinha certeza que ele não havia reparado na forma que o chamou, mas Magnus sentiu um sentimento tão estranho e diferente em relação ao apelido, que não conseguiu dizer nada. –Está tudo bem? –Alec perguntou depois de um tempo em silêncio. Ele falava tão pertinho do seu pescoço que Magnus sentiu seus pelos arrepiarem na mesma hora.

-Como assim?

-Você ficou em silêncio de repente. 

-Não é nada de mais.. só estou pensando em como vai ser triste ter que levantar da cama em um dia tão frio quanto esse. –Suspirou quando sentiu Alec beijar seu pescoço.

A verdade é que Magnus estava tentando se acostumar com as mudanças, mesmo que sutis, da forma em que Alec estava o tratando.

-Então não levante, vamos ficar aqui e esquecer o mundo lá fora. –Propôs e Magnus ficou muito tentado a aceitar, mas ainda tinha coisas pra resolver.

-Bem que eu queria, mas tenho que trabalhar.

-Eu também preciso ir para minha galeria. –Falou Alec. –Mas não agora, então podemos, por favor, voltar a dormir?

-Fique a vontade, eu vou tomar um banho. –Disse tentando se levantar, porém Alec não retirou o braço da sua cintura. –O que foi, Alexander?

-Lembra dos momentos raros de paz que eu disse que tinha? –Perguntou sério e Magnus se virou pra ele, antes de assentir com a cabeça. –Então, esse é um desses momentos.. minha vida é toda bagunçada, e imprevisível, pode ser que eu saia daqui e aconteça algo de ruim.. então, podemos ficar aqui mais um pouco? –Magnus estava tão surpreso com o que Alec disse, que se quer sabia como reagir. Se alguém lhe dissesse que Alexander Lightwood tinha um lado sensível, ele certamente riria da pessoa. Mas agora estava vendo com seus próprios olhos, e era inacreditável.

-Claro. –Magnus sorriu. –Vem. –Puxou Alexander para mais perto e o abraçou. Alec repousou a cabeça no seu peito e suspirou antes de fechar os olhos.

Em consequência do cafune que Magnus fazia em seus cabelos, Alec dormiu novamente. Magnus não conseguiu dormir, ficou pensando em como a vida dele estava agitada, mas que no fim ele não estava se importando com isso, pelo menos não agora. A única coisa que ele queria era continuar ali, naquela bolha só deles.

(...)

-Você vai dormir aqui hoje? –Magnus perguntou enquanto tomavam café da manhã.

Já haviam tomado banho juntos e se arrumado para irem trabalhar, agora tomavam um café da manhã tranquilo. Mais tranquilo do que Magnus gostaria, já que ele amava falar, diferente de Alec. 

-Na verdade eu vou abrir a galeria hoje. –Respondeu bebendo um pouco do seu café.

-Tudo bem, eu darei uma passadinha lá.

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