Capitulo 2: Vingança

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Jace já havia levado Clary para casa e agora estava com seu pai no escritório tomando uma dose de uísque e contando detalhadamente o que havia ocorrido no restaurante.

-Você tinha que ter visto, pai, a Clary dando dois tiros na vadia.. meu deus eu amo aquela mulher. -Falou dando mais uma tragada no seu charuto. Robert começou a rir como se o filho tivesse acabado de contar uma piada. -A morte da vadia foi rápida, dois tiros na cabeça, mas a morte daquele filho da puta do Bane foi mais devagar, um tiro na barriga e outro no peito.. só fico triste por não ter conseguido mandar o segundo Bane para o inferno também.

-Não se preocupe filho, fez um ótimo trabalho! -O Lightwood pai falou antes de encher mais o copo dos dois. -Certamente agora eles irão querer se vingar da nossa família, mas nós os mataremos primeiro. -Sorriu. -Enquanto isso quero que a segurança seja redobrada.

-Pai você sabe que eu sei me cuidar sozinho.

-Você sim, estou falando dos seus irmãos.

-Mas o Alec teve o mesmo treinamento que eu..

-Eu sei, mas o seu irmão diz não gostar de violência, é bem provável que se ele for encurralado peça perdão aos desgraçados por todos os membros daquela família que nós já matamos.

Jace gargalhou com o comentário sobre o irmão.

Ele sabia que era verdade, apesar de Alec fazer parte de uma das famílias criminosas mais temidas da cidade, ele preferia viver do dinheiro da sua galeria de artes e andar por ai com a sua noiva como se não tivesse sangue no seu histórico.

Claro que ele tinha, afinal todos ali, com exceção dos gêmeos Isabelle e Max, já haviam matado alguém para sobreviver.

Com o império crescendo, também se crescia a quantidade de inimigos, mas os Lightwoods não tinham medo, eles matariam um por um, e seriam donos de todo o dinheiro do crime que rodeava Nova Orleans.

-O Alec é fraco. -Jace comentou e o pai concordou.

-Você verá quem é fraco quando uma bala atingir o seu rosto em uma velocidade de 350 metros por segundo. -Pararam de rir quando ouviram a voz grave e ameaçadora de Alec.

-Alec nós só estávamos..

-Não precisa falar nada, eu sei bem o que estavam fazendo, mas Jace, não precisa bajular o nosso pai dessa maneira se você sabe que no final será você quem ficará a frente desse império.

-Eu sei, porque eu sou o melhor.

-Não, é porque eu não quero cuidar dos negócios da família e o Max e a Izzy são muito novos.. então nosso pai não tem outra opção.

-Você acha que eu não sou capaz de cuidar dos negócios da família só porque eu não sou um Lightwood de sangue? -O loiro vociferou com raiva e Alec riu com deboche.

-Não, é porque você é um grande idiota. -Falou saindo do escritório e deixando os dois sozinhos novamente. Era sempre assim, apesar de se amarem muito por serem irmãos, Jace sempre tentou superar seu irmão mais velho em tudo, além de não gostar do fato de que no fim Alec estava certo, Robert apenas havia o escolhido para ser o seu sucessor porque o sempre querido Alexander Lightwood se envolvia cada vez menos com os negócios da família.

(...)

As famílias Lightwood e Bane eram responsáveis cada uma por 40% dos negócios ilegais que aconteciam naquela cidade. Eles cuidavam de tudo, desde o trafico de drogas, roubos e lavagens de dinheiro.

Vinte anos atrás, as duas famílias eram unidas e o império era um só. Os Bane transportavam a cocaína dos Lightwoods para fora do país dando muito lucro para ambas as partes, até que um carregamento de milhões sumiu e a guerra entre as duas famílias começou.

Desde então eles vem disputando para que no fim só haja uma família responsável pelos negócios ilegais da cidade.

(...)

-Eu sinto muito, mãe. -Magnus falou com pesar depois de contar tudo que havia acontecido no restaurante. Sua mãe lhe abraçou e chorou.

-Como seu irmão pode ser tão burro em ter andado sem seguranças? -Asmodeus falou com raiva.

Maior do que a tristeza, era o seu ódio com o fato de que a batalha havia sido ganha por um Lightwood, mas isso não ficaria assim, Asmodeus torturaria e mataria cada um daquela família maldita.

-Não fale assim do nosso filho! -Eliza gritou com raiva, quase como se estivesse ficando histérica.

-Mãe, por favor, se acalme. -Magnus falou levando-a para sentar-se no sofá. -Malia, vá pegar uma água para minha mãe, AGORA! -Gritou e a moça correu para a cozinha. Ele tinha ciência de que não precisava gritar, mas ele estava com muita raiva para ser educado com alguém.

Mas de qualquer forma, além de sua mãe, Magnus não tratava ninguém com simpatia ou educação.

-Senhor.. -Bass, seu capanga mais fiel e quase como um amigo, falou se aproximando. -Nós não encontramos Jace Lightwood, mas encontramos seu irmão mais novo, ele estava vindo de uma festa.

-Ótimo, leve-o para a garagem. -Magnus falou.

-Filho, quer que eu lide com isso? -Asmodeus perguntou a Magnus que já estava retirando seu paletó e sua gravata.

-Não, eu resolvo. -Respondeu caminhando para fora da mansão.

Quando ele chegou, viu um garoto sentado em uma cadeira com as mãos e os pés algemados e um pano na cabeça.

Magnus fez um gesto com a cabeça e um capanga que ali estava retirou o pano rapidamente, o garoto não parecia ter mais de 15 anos.

-Max Lightwood. -Magnus sorriu sombrio e o garoto retribuiu o sorriso. A situação poderia ser de vida ou morte, provavelmente ele morreria, mas por incrível que pareça, ele não tinha medo do homem a sua frente. Nunca temer ao inimigo, menor que fosse suas chances de sair com vida.

-Desgraçado Bane, como vai? -O menino falou com deboche. -Fiquei sabendo que o seu irmão foi sentar no colo do tio Lúcifer.

-Foi sim, mas não se preocupe que o seu irmão também irá, logo logo. Bass. -Magnus falou apenas e o capanga entendeu que deveria o entregar uma arma, e assim fez. -Vamos a primeira e única pergunta.. Onde está o seu irmão Jace?

-O que te faz achar que eu entregaria o meu próprio irmão?

-Bom, eu estou apontando uma arma pra você e se você sabe do histórico da minha família, também sabe que eu tenho um fetiche por matar Lightwood's.. então, onde está o seu irmão?

-Pode me matar se quiser. -O menino falou com desdém e Magnus começou a se irritar. Em um golpe rápido Magnus o atingiu com a arma na cabeça e o menino gemeu de dor.

Max fechou os olhos por um segundo se concentrando apenas na dor que aquela coronhada havia causado e depois sorriu. Ele já estava acostumado, o treinamento da família Lightwood era sempre dolorosa, fazendo com que golpes como aquele não o afetassem tanto.

-Eu ainda não vou falar, talvez devesse bater com mais força. -Magnus se aproximou do garoto e pegou um punhado de cabelo nas mão puxando com força e obrigando o mesmo a encara-lo. Max estava sorrindo. Magnus colocou o cano da arma na altura da sua cabeça.

-Olha aqui pequeno Lightwood, se eu apertar esse gatilho uma bala vai explodir a sua cabeça antes que você consiga sorrir com deboche de novo, então considerando isso que eu acabei de falar, você vai me fazer um favor. -Sorriu amedrontador para o pequeno garoto, e Max viu que ele faria mesmo o que estava falando. -Eu vou te soltar e você ira voltar para o ninho de cobras que você chama de casa, depois eu quero que você diga ao seu irmão que eu vou atrás dele, vou matar a namorada dele e toda a sua família para que ele assista e por fim vou mata-lo do jeito mais doloroso que eu puder. -Disse soltando seu cabelo.

-Só isso? -Max perguntou.

-Não. -Magnus respondeu antes de bater mais três vezes no seu rosto com a arma, até que o rapaz desmaiou com o rosto sangrando. -Leve-o e o jogue em qualquer lugar longe daqui, para que ele possa voltar para casa e dar o meu recado para o filho da puta Lightwood.

Magnus ainda mataria todos daquela família, mas primeiro ele queria se vingar de Jace Lightwood.

Império  (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora