Capítulo 28: Sequestro (Parte 2)

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Quando Alec acordou, percebeu que estava em um lugar escuro, cheirando a mofo e pequeno. Estava sentado em uma cadeira, tentou se mexer, mas suas mãos estavam amarradas com uma força absurda, fazendo com que ele sentisse rasgando sua pele toda vez que tentava se soltar.

Izzy estava sentada do seu lado, desacordada e também amarrada. Precisava acorda-la, mas sua boca estava com uma fita adesiva, então começou a encostar nela com os pés, porém sem fazer barulho para caso alguém estivesse lá fora, não percebesse que ele já havia acordado, lhe dando assim um tempo pra pensar em formas de escapar daquilo.

Não demorou muito para que Isabelle despertasse, e no mesmo instante em que reparou onde estava, ela arregalou os olhos completamente assustada.

Alec não podia falar com ela, mas apenas com um olhar ele conseguiu dizer que tiraria os dois deli, e que ela precisava ficar calma. Foi o que Izzy fez, estava apavorada, mas respirou fundo e começou a observar o lugar, assim como Alec, planejando formas de saírem dali.

Alec pensou em Magnus e seu coração se apertou. Eram muitas perguntas, será que ele também havia sido capturado? Será que estava bem? Ou estava... morto?

Não, Magnus não estava morto, ele não podia em hipótese nenhuma ter morrido, Alec não podia perdê-lo, não, não podia, não saberia viver sem ele, Alec não queria e nem iria viver sem ele. Se Magnus estivesse morto, Alec também morreria, seja ali na mão dos seus inimigos, ou pelas suas próprias mãos quando estivesse em casa.

Sentia que estava a ponto de enlouquecer, precisava ficar calmo e pensar friamente em uma solução, mas estava cada vez mais difícil não sucumbir ao desespero quando não sabia sequer se seu marido estava vivo.

Aquele lugar parecia cela de uma prisão, sem janelas e com uma porta de ferro que era simplesmente impossível de arrombar, de qualquer forma Alec estava preso aquela cadeira.

Havia uma janelinha na porta, e foi ali que Alec viu algumas cabeças passando de um lado para o outro. De repente a porta foi destrancada e três homens armados entraram, logo depois Valentim entrou.

Alec não conseguia parar de pensar em como queria matar aquele homem da forma mais dolorosa possível.

-Alexander Lightwood! Ou devo lhe chamar de Alexander Lightwood-Bane? Enfim, meus parabéns pelo casório rapaz! –Deu três tapinhas no ombro de Alec como se tivesse parabenizando um amigo. –Eu particularmente acho nojento dois homens se relacionando.. e fico feliz que em breve será menos dois gays no mundo! –Abriu os braços como se estivesse esperando palmas.

Alec observou aquele homem e ficou pensando como não havia percebido antes. Valentim havia enganado sua família inteira, inclusive ele, apenas se passando por um advogado e amigo da família, e também sendo a sombra de Robert Lightwood, uma mascará que durou por mais de vinte anos, apenas esperando o momento perfeito para deixa-la cair e com isso revelar quem era o homem que queria a cabeça dos Lightwood e dos Bane.

-Não gosto de falar sozinho.. tire a fita! –Ordenou e um dos capangas foi até Izzy e arrancou sem nenhum cuidado a fita que estava na boca dela. A garota não esboçou nenhuma reação, mesmo que sua vontade fosse de gritar. Logo depois a fita foi retirada da boca de Alec e ele fechou os olhos para se concentrar na dor e ardência que sentiu naquele momento. –Bom crianças, vocês sabem que os Lightwood e os Bane é responsável por 40%, cada um, de tudo que é ilegal na nossa maravilhosa Nova Orleans.. e sabe onde eu estava quando isso foi decidido? Na sombra do pai de vocês.. sabe quanto eu recebi dessa porcentagem? Nada. –Valentim falava com eles como se estivesse contando uma historia importante. –Eu nunca recebi mais do que os meus honorários, mesmo que eu já tivesse matado, roubado, e dado golpes para o seu pai! Então eu pensei.. “Isso não pode ficar assim! Robert Lightwood nunca teria conseguido conquistar esse império se não fosse por mim!” Mas e se ao invés de ficar com 40%.. eu acabasse com as duas famílias mais poderosas de Nova Orleans e ficasse com 80%? –Ele olhou para Alec e sorriu de forma maquiavélica. –Mas confesso, Alec.. você e o Magnus não difíceis de matar! –Ele gargalhou. –Vocês conseguiram se livrar de uma bomba e inúmeros atentados... céus, vocês tem pacto com o demônio? –Riu da própria piada. –Só sinto muito pela Lydia.. ela não teve essa mesma sorte, não é? –Alec tentou se soltar enquanto rugia os dentes, seu ódio e sua irá eram visíveis e um arrepio parecido com medo, subiu pela espinha de Valentim.

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