capítulo 9: Não ficarei deprimida

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Cecília fechou a porta atrás de si e se aproximou de Rose com uma expressão intrigante:

— Não sei ao certo, mas creio que a senhorita ficará feliz — disse ela.

Curiosa, Rose perguntou:

— Então diga.

Cecília revelou a notícia:

— Parece que a senhorita, sua majestade, a rainha, e seus irmãos irão para o castelo do rei Jorge.

Rose ficou surpresa com a informação, pensando se seu pai realmente concordou com isso. A imagem do príncipe Henrique veio à sua mente, e ela sentiu seu coração se agitar inexplicavelmente. Cecília continuou:

— Talvez seja daqui a três dias.

Receosa de criar falsas expectativas, Rose respondeu:

— Melhor não criar falsas expectativas, pois meu pai pode mudar de ideia.

Silenciosamente, evitaram falar mais sobre o assunto naquele momento.

No dia seguinte, durante o desjejum, a mesa estava repleta de frutas frescas, pães ainda quentinhos e outras iguarias. Rose sentou-se em seu lugar habitual, acompanhada por sua família, e logo o príncipe e seu pai se juntaram a eles. Quando avistou o príncipe Henrique, Rose sentiu suas bochechas pinicarem. Tentou evitar o contato visual, mas Henrique sentou-se ao seu lado direito, criando um pequeno desconforto entre eles. Rose tentou agir naturalmente, mas percebeu que Henrique também estava um pouco tenso.

Após o desjejum, Rose dirigiu-se à biblioteca. No caminho, deparou-se com o príncipe Henrique. Consciente da situação constrangedora do dia anterior, Rose abaixou a cabeça e entrou na biblioteca, evitando qualquer interação. Sentada, concentrada em um livro, Rose foi surpreendida pela voz trêmula de Henrique:

— Princesa Rose, quero explicar o que ocorreu ontem.

Rose sentiu um calafrio, antecipando as palavras que viriam a seguir. Henrique explicou que o incidente era apenas um teste, e Rose respondeu com tranquilidade:

— Tudo bem, se foi um teste, então não fui muito bem.

Henrique expressou sua esperança de que ela não tivesse interpretado mal a situação, e Rose tentou aliviar a tensão:

— Quem sabe na próxima eu vença.

Após um breve momento, Rose decidiu encerrar a conversa:

— Se me der licença, tenho que ir à minha aula de pintura.

Henrique respeitosamente cedeu espaço para que ela passasse, e Rose deixou a biblioteca, indo em direção ao seu quarto para se preparar para a aula.

Sentada em sua cama, refletindo sobre o que Henrique havia dito, Rose sentiu lágrimas escorrerem por seu rosto. Decidida a não se deixar abalar, ela se levantou e se dirigiu à porta do quarto.

Com determinação, Rose trancou a porta, trocou de roupa, pegou uma capa e uma tocha, e partiu pela passagem secreta até chegar ao corredor. Após alguns minutos, estava do lado de fora do castelo, onde apagou a tocha e a deixou ali, seguindo em direção à floresta. Pouco depois, encontrou um grande lago de águas transparentes. Ao contemplar a paisagem, a marca em seu braço apareceu, e Rose avistou Dragon, o dragão que havia ajudado anteriormente. Ela se aproximou e fez uma reverência, iniciando uma conversa.

Dragon sugeriu que voassem juntas, talvez para ajudar a limpar a mente de Rose do desagrado que sentia. Rose concordou, ansiosa por um momento de libertação.

O dragão e a princesaOnde histórias criam vida. Descubra agora