Capítulo 10: 1° ato de cavaleira

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Ela se curvou para que Rose subisse, e juntas voaram por toda a floresta até avistarem uma estrada movimentada. Lá embaixo, duas carroças carregadas de suprimentos atravessavam para o reino, mas havia uma movimentação estranha na mata ao redor. Observando de uma distância segura, perceberam que era uma emboscada: ladrões tentavam roubar a mercadoria. Rose sentiu o desejo de intervir e perguntou a Dragon:

— Nós podemos fazer alguma coisa?

Dragon respondeu:

— Talvez sim.

Apesar da vontade de ajudar, Rose não sabia como agir e questionou:

— Então, como faremos?

Dragon propôs que pousassem em um local afastado, onde deu instruções a Rose. Com cuidado para não serem vistas, Rose se aproximou da emboscada. Desamarrou os condutores das carroças que estavam amarrados a uma árvore, e eles se esconderam. Enquanto os ladrões percebiam que seus prisioneiros haviam fugido e suas armas tinham desaparecido, os condutores recuperaram a mercadoria e atacaram no momento certo. Alguns ladrões ficaram feridos e recuaram, enquanto os condutores da carroça mantiveram a mercadoria segura.

Um dos condutores expressou sua gratidão:

— Agradecemos por ter nos ajudado.

Para não revelar sua identidade, Rose respondeu com uma voz mais grossa, abaixando o capuz da capa:

— Fiz o que achei necessário.

Após se despedir, Rose recusou a oferta de ser escoltada até a cidade e se afastou pela floresta, posteriormente voando de volta ao castelo com Dragon.

Mais tarde, em seu quarto, Rose trocou rapidamente de roupa e saiu em direção ao jardim. Sua mãe a interceptou e anunciou:

— Minha filha, vá arrumar suas coisas. Partiremos em um dia.

Surpresa com a notícia, Rose questionou o motivo, e sua mãe explicou que foram convidados pelo rei Jorge para passar um tempo em seu reino enquanto o castelo passava por reformas. Rose ajudou Cecilia a preparar suas coisas e, mais tarde, enquanto caminhava pelo jardim, pensava sobre o que poderia acontecer durante a viagem.

Contudo, foi surpreendida pela chegada do príncipe Henrique, que a questionou sobre seus pensamentos. Assustada, Rose tropeçou, mas foi amparada por ele. Sentindo-se envergonhada, se afastou e pediu para que ele não a assustasse daquele jeito novamente. Henrique se desculpou e concordou, e os dois riram da situação constrangedora.

Depois de um breve momento de descontração, Henrique e Rose conversaram sobre suas expectativas para a viagem. Henrique compartilhou detalhes sobre seu reino, deixando Rose ainda mais ansiosa pela jornada.

No dia da viagem, a família real partiu em uma carruagem, com Rose acompanhada por sua mãe, irmãos e o príncipe Henrique. Durante o trajeto, foram saudados pela multidão, que reconhecia Rose como a corajosa princesa que salvou seu pai. Rose, surpresa com o reconhecimento, acenou para os aldeões, emocionada com a demonstração de gratidão.

O dragão e a princesaOnde histórias criam vida. Descubra agora