Capítulo 19: Visita

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No dia seguinte, pela manhã, Dragon e Rose voaram e encontraram o cavaleiro de dragão. Desceram até ele, Rose tomou cuidado. Vestindo uma roupa de homem e mantendo-se encapuzada, ela apontou sua flecha para ele, enquanto Dragon ficava de olho no dragão do outro cavaleiro.

Ele mexeu o pano que cobria seu rosto, revelando uma pequena parte, e acordou ao ser abordado:

— O que faz aqui? - questionou o cavaleiro.

— Nada de mais, só procuro por pessoas suspeitas com dragões - respondeu Rose, utilizando o nome Ivan como disfarce.

O cavaleiro riu, levantou-se e disse, segurando a flecha de Rose:

— Não há necessidade disso, Ivan.

Ele se afastou dela, e Dragon fez o mesmo em relação ao dragão do cavaleiro. O cavaleiro arrumou suas coisas e se apresentou:

— Meu nome é João - disse, sentando-se em seu dragão. — Vamos, companheiro.

Parecia que haviam se tornado amigos.

Dias se passaram e Rose conhecia melhor João. Continuou a vender os vasos como de costume, vivendo sua vida.

Mais tarde, ficou sabendo que o rei, seu pai, havia adoecido. Dragon sugeriu:

— Você devia voltar para o castelo e cuidar de seu pai.

— E se ele não estiver doente? - questionou Rose.

— Você não saberá se não for lá - respondeu Dragon. Sentindo-se culpada, Rose sabia que não poderia mais voltar a ver João e retornar para a caverna.

Dragon a levou até perto do castelo e desejou-lhe sorte:

— Boa sorte, Rose.

Despediu-se de Dragon e contornou o castelo, entrando pela entrada dos serviçais. Uma das mulheres a parou:

— Quem é você? - indagou.

— Eu... Sou nova aqui - respondeu Rose.

— Que seja, leve isso para o rei, mas tome cuidado, o rei está com a saúde frágil - instruiu a mulher.

Rose teria que levar uma bandeja para o rei, seu pai, mantendo sua capa. Diante do quarto do rei, os guardas permitiram sua entrada. O rei estava deitado, pálido. Rose se curvou e disse:

— Sua refeição, majestade.

— Estou sem vontade de comer - respondeu o rei.

— O senhor deveria comer, para ter forças - insistiu Rose.

— Quem é você para me dizer isso? - perguntou o rei.

Rose, ainda disfarçada, respondeu:

— Ninguém importante que passou anos dizendo sua opinião e ninguém as considerava, principalmente o seu pai.

O rei questionou sobre a fuga de sua filha:

— Porque ela não entendia o seu dever como princesa. Queria dar sua opinião que não servia para nada - explicou o rei.

Após essa conversa, Rose foi embora. Ao passar pelos guardas, entrou no quarto dos seus irmãos, onde estavam brincando.

— Quem é você? - perguntaram, surpresos ao vê-la.

— Falem baixo - sussurrou Rose.

Ela tirou a capa e revelou sua identidade:

— Rose!

— Meus lindos irmãos, como vão? - cumprimentou Rose, emocionada.

Eles responderam, preocupados com a saúde do pai e a tristeza da mãe. Ao ouvirem passos, Rose se preparou para sair:

— Onde está a mamãe? - perguntou.

— Na biblioteca - responderam.

Rose se despediu dos irmãos, pedindo-lhes para não contar que esteve ali. Deixou o quarto e encontrou sua mãe na biblioteca.

— Livro interessante - comentou Rose.

— Quem está aí? - perguntou a mãe, se levantando.

Rose se revelou e a mãe a abraçou:

— Rose!

— Minha mãe, que saudades - disse Rose.

— Volte para casa, minha filha.

— Sinto muito, minha mãe, mas eu não volto até o meu pai entender que ele precisa me escutar e respeitar as minhas decisões.

Elas conversaram brevemente, mas os guardas se aproximaram da porta da biblioteca. Rose se despediu rapidamente da mãe e saiu.

Fora do castelo, os guardas corriam à sua procura, mas Rose já estava longe.

O dragão e a princesaOnde histórias criam vida. Descubra agora