Chegamos ao beco sem saída. Já era noite e imagino como meus pais devem estar preocupados novamente, mas Bella Parker, os Beatles, o Queen, e entre outras coisas que eu mudei na linha do tempo é prioridade agora. Então não me importo.
Alex abre a tampa, e descemos com cuidado para o buraco. Em seguida, ele fecha com a tampa de novo.
Dou um sorriso amarelo ao ver tudo de novo com a lanterna do meu celular. As contas matemáticas na parede e a lata velha, que por incrível que pareça, era uma máquina do tempo.
Alex também acendeu a lanterna do seu celular e abriu a porta da máquina.— Venha. — me chamou, e entrei na máquina junto com ele. E a porta se fechou.
Alex clicou em alguns botões e, quando vi que ele iria puxar a alavanca, o impedi.— O que foi? Mudou de ideia?
— Não, eu só...
— Você só...?
— Quando isso tudo acabar, ainda vamos lembrar de tudo?
— Os viajantes nunca esquecem.
Dou um sorriso torto.
— Que bom, não quero esquecer de você.
Ele também sorriu. Uma das poucas vezes que o vejo sorrir tão sinceramente.
— A gente iria se conhecer mesmo se você não tivesse descoberto a máquina do tempo, então relaxe.
— Por isso você sentiria mais a minha falta? Por que a gente se conhece no futuro?
— Bem, está quase lá.
Penso um pouco, mas Alex não dá muito tempo à mim. Ele puxa a alavanca. Então, tudo fica claro demais para depois tudo ficar escuro demais.
Acordo, estou um pouco tonta ainda, minha visão embaçada, mas logo consigo ver perfeitamente. Me sento. Percebo que estou com as mesmas roupas que usei quando viemos para Londres em 1966.
Olho para os lados, e vejo Alex. Ele também usava as mesmas roupas que usamos quando viemos para Londres em 1966. Diferente de mim, ele ainda dormia.
Vou até ele, e o encaro por um tempo. Nunca tinha percebido, mas Alex é tão... bonito? Acho que a futura mulher da vida dele é muito sortuda.
Me aproximo mais, e deixo minha mão encostar na dele.
Sinto uma pontada de tristeza.
Estou me apaixonando por Alex? Não, não, não posso. Não mesmo.
Ia afastando minha mão, mas ele segura, com força.— Alice? — olho para ele, que tinha acordado. — Ótimo, estamos em Londres, 1966.
Ele se levanta, e só então solta minha mão. Eu também me levanto.
— O que vamos fazer?
— Não podemos ir até o John Lennon como na última vez.
— Por quê?
— Porque vamos encontrar com nós mesmos. E se fizemos isso...
— Vamos literalmente sumir do universo. — interrompi.
— Exatamente!
— Então, tem algum plano?
— Tenho.
— Qual?
— Vamos ao aeroporto, impedir que John Lennon viaje.
— Como vamos convencê-lo?
— Precisamos fazer que ele ligue para o Paul e confirma se é verdade.
— Queria Bella nesses momentos. Ela atua bem.
Ele pensa um pouco.
— Podemos ter Bella.
— Como?
— Venha comigo.
E então saímos do beco sem saída em disparada. Correndo o mais rápido possível.
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Por favor, salve The Beatles
Sci-fiAlice Scarlett, é uma jovem de 14 anos, que apesar de viver no século XXI, carrega uma grande paixão pela banda dos anos 60, The Beatles. E é por isso que Alice embarca em uma grande aventura para que os Beatles durem muito mais tempo, e não que par...