O Destino Me Trouxe Você

Feliz dia dos Namorados (Valesca)

   Um mês se passou, e não era tão ruim assim. Ok, ainda era difícil pra caralho não a ver todos os dias, mas eu estava começando a me acostumar com a ideia.
   Finalmente está chegando o Dia dos Namorados, não acredito que falta apenas um dia pra eu falar "feliz dia dos namorados" pra ela... Sinceramente, eu nunca me imaginei comemorando essa data ao lado de uma pessoa tão especial.
Passei o dia inteiro feliz, animada pois amanhã verei a minha amada. Irei até seu colégio, vai estar rolando um evento de Dia dos Namorados lá, e ela vai cantar, eu adoro a ouvir cantando, sua voz é angelical...

    No dia seguinte, acordei, e como sempre mandei mensagem para ela.

- Bom dia, meu amor, feliz dia dos namorados! - eu falei.
- Bom dia, princesa... Feliz dia dos namorados. - ela respondeu.

Fui pra escola feliz, afinal, era Dia dos Namorados, era dia de ver minha namorada, nada poderia estragar aquele dia. Assisti todas às aulas, mas não conseguia prestar atenção, a única coisa que eu conseguia pensar naquele momento era na Alex, naquele rostinho lindo, em seus olhos me olhando... Como eu sentia falta daquela garota.
As horas se passaram, o sinal tocou, e eu sem nem pensar duas vezes, levantei da minha cadeira e desci até o pátio, onde minha bicicleta estava, subi na bike e fui ao encontro do meu amor.
Chegando lá, a tia do portão estava lá, me viu e disse:

- Olá, bonita. Veio ver suas amigas?
- Também, -respondi dando uma risada - mas mais importante, vim ver a Alex.
- Ah, ela estava esperando por você, as meninas já foram chamar ela. - ela respondeu.

Fiquei alguns minutos esperando por ela, confesso que comecei a ficar um pouco impaciente, quando ela finalmente chegou, me deu um abraço muito apertado e demorado, e quando soltou me deu um cartão vermelho, dizia:

"  Oi, amor, tudo bem?
To passando aqui pra te dizer que te amo muito, que você tem uma importância sinistra na minha vida.

  Te amo morena!"

- Eu ia te dar um buquê de flores, mas você não gosta... - ela falou enquanto eu lia.
- É verdade, -respondi dando um sorriso - mas você não precisa me dar nada, somente o teu amor me basta.

    Eu entrei dentro da escola com ela, e a chamaram para cantar Porque eu Te Amo, da Anavitoria, e ela cantou cada versinho olhando pra mim. Ela estava com tanta vergonha, chegou a ficar vermelha. Estava linda. "Como eu amo essa garota", pensei. Quando a música acabou, ela veio me dar um abraço, onde ficamos por alguns minutos. Era ali que eu queria morar, naquele abraço. Era com ela que eu queria passar o resto da minha vida, eu já não tinha mais dúvidas. É ela.
Passamos o resto do dia juntas, na casa de uma amiga, abraçadas, dando beijinhos... Eu queria paralisar naquele momento.

    Dois dias se passaram, era a festa de 15 anos da melhor amiga da Alex, e eu estava numa puta de uma ansiedade. Fomos nos arrumar na casa da Julia, e pegamos um uber até o local da festa, e a Alex foi o caminho inteiro me provocando, com a mão lá. Sim, lá. Lá mesmo, aonde você está pensando.
Entramos na festa, cumprimentamos a aniversariante e nos sentamos numa mesa à esquerda da pista de dança. Ficamos ali por uns 20 minutos, uma amiga chegou e se sentou conosco. O garçom nos ofereceu refrigerante e cerveja, a Alex pegou uma cerveja, e eu e Julia dois refrigerantes, e depois disso uns amigos da Alex chegaram e foram sentar do lado esquerdo da pista de dança, ela não esperou mais nenhum segundo, levantou e foi até eles. Eu e Julia ficamos indignadas, como ela nos deixa assim? Não podia esperar para falar com eles depois? Peguei seu celular e comecei a jogar um jogo online que tinha lá. Foda-se.
     A cerimônia começou, ficamos em pé pra conseguir ver tudo, quando a Carol aparece. E ao lado da Alex kk. Ok, mantive a calma, não precisava se estressar, eu não iria me estressar. Fui com a Julia até o bar pra pegar uma batida para nós duas já que a bonita estava conversando com a amiga dela, eu não tinha porquê atrapalhar. Quando eu finalmente consegui pegar a minha batida, Alex aparece me puxando.

- Tá tudo bem, amor?
- Está. Por que? - respondi.
Obviamente não estava, mas acontece.
- Nada, você só ficou quieta do nada. - ela disse.
- Eu só vim pegar uma batida enquanto você conversava com sua amiga. Vamos dançar? - perguntei, e sem ela responder já a puxei para a pista de dança.

Alguns minutos depois de ter bebido uns 4 copos daquela batida, eu já estava começando a ficar tonta. Eu comecei a arrastar a Alex até o banheiro pra gente se pegar quando encontramos lá a Carol e uma outra amiga da Alex, a Carol de cara pro vaso passando mal de bêbada, e a amiga dela em pé segurando seu cabelo. E, ahn... Eu estava bêbada. Falei com a Carol e ficamos super amigas naquela noite, foda-se. Bêbado não tem muita noção do ridículo mesmo.
A festa foi acabando, o parabéns já tinha sido cantado, a Alex foi embora, e eu fiquei na festa com a Julia por um tempo a mais, e..... Dançando com a Carol. Pois é. Eu dancei com ela. Eu dancei nela. E ela dançou em mim. Eu também não me orgulho disso, não precisa me julgar, eu mesma faço isso todos os dias.