QUARENTA

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Me levanto ainda sonolento a caminho da porta. A campainha toca novamente  me deixando nervoso.

─ Já vai, porra! ─ indaguei baixinho para que a pessoa atrás da madeira não ouvisse.

 Assim que atendo o ser que me acordou em plena madrugada, não encontro ninguém. Olho para os lados, mas só encontro a neblina do amanhecer. A baixo de meus pés um buquê de flores vermelhas, foi deixado junto a um bilhete.

São suas preferidas.

Ass: Seu admirador secreto.

Franzo o cenho confuso. Pego as Dálias do chão admirando-as. São flores delicadas, e com um aroma delicioso, minhas preferidas desde o ensino médio. Poucas pessoas sabem desse meu gosto, o que me deixa ainda mais intrigado. Meu "admirador secreto" claramente me conhece, não sei se devo temê-lo. Coloco-as sob a bancada da cozinha e pego um copo de água, deixo o bilhete guardado dentro da gaveta de talheres que já não é mais usada. Na volta pro quarto me peguei pensando em uma pessoa, consequentemente veio uma lembrança..

"São sua preferidas, pegue-as"

"Mas não precisava, eu acabei me esquecendo, sinto muito"

"Não tem problema Jungoo, nem todos comemoram uma semana de namoro"

"Sinto muito, Luhan. Dálias são realmente minhas preferidas."

Impossível, pensei.

Acabei adormecendo minutos depois, com o edredom jogado pelo meu corpo e com o cheiro de Jimin nas minhas roupas.

•••

Na casa de Hoseok as coisas estavam estranhas. Jimin foi para a casa do namorado aproveitar o dia. Já Taehyung que se sentia em sua própria casa recebeu uma ligação que o deixou aflito, mas de nenhuma forma queria preocupar o ruivo que lhe encarava confuso.

─ Não aconteceu nada, meu amor. São problemas do trabalho. ─ disse o acinzentado tentando mudar de assunto.

─ Não me venha com essa, Taehyung. Te conheço muito bem, sei quando está com medo, ou nervoso, com fome, até mesmo quando está com dor de barriga. ─ ele acariciou o rosto do namorado. ─ Me conte o que aconteceu.

Ele queria contar, mas era perigoso para ambos. Seu melhor amigo o odiaria por passar uma informação tão pesada quanto essa, sem falar que não era um segredo só dele. Ah, o trabalho! Como Taehyung odiava o que fazia. Ser modelo era apenas uma faixada, empresário, ele até ria por dentro quando era chamado por algum desses. A poucos minutos, recebeu uma ligação de um número desconhecido, e por estar junto ao seu namorado, decidiu não atender. Mas o mesmo número lhe enviou uma mensagem de voz, a mesma que ele escutou no banheiro.

"Tae...eu-prcizo de vuxe...aí porra!"

No primeiro momento reconheceu a voz de seu amigo Yoongi, e logo depois voltou a ouvir o áudio várias vezes para entender.

"Tae...eu-preciso de você...aí porra!"

Seu coração bateu forte ao compreender todas as palavras. Ele precisava de ajuda, algo muito ruim estava acontecendo, ele sentia isso. Enviou uma mensagem de volta perguntando a localização do amigo, mas não foi respondido. Ele pensou no pior, e quase chorou. Não fez, pois seu namorado bateu na porta do banheiro preocupado.

Ele tentou rastrear o número, mas tinha sumido, como se nunca houvesse existido. Mandou para os seus funcionários, que também, não conseguiram achar. Já sentado no sofá de couro ao lado de seu amor como se nada estivesse acontecendo, ele assistia um filme, com os pensamentos longe dali. Se celular vibrou diversas vezes e ele finalmente havia pegado-o do bolso traseiro para no visor ver a foto de quem mais odiara na vida.

─ Alô.

Ele atendeu e sabia que seu namorado ouvia tudo ao seu lado, mas nem se importou, naquele momento o ódio o dominava.

─ Olá taetae. Siga reto, vire a esquerda, entre no inferno e ache sua putinha. ─ disse a voz por trás da linha com calma.

Ele desligou antes de dizer qualquer besteira. Mas sentia o sangue subir por sua pele e queimar em seu rosto.

─ Quem era?

Não posso contar, ele pensou.

─ Um amigo do trabalho está precisando de mim, volto mais tarde. ─ ele se levantou e foi acompanhado por Hoseok, que estava confuso.

─ Têm certeza que é só isso?

─ Tenho! ─ disse firme e o ruivo apenas assentiu. ─ Te amo. ─ deixou um selo na boca em forma de coração e foi até seu carro no estacionamento.

Ele iria no inferno.

•••

Jimin entrou na casa de Jungkook maravilhado, novamente. Há mais ou menos uma semana eles se encontravam em lugares privados para namorarem um pouco. A empresa estava ganhando cada vez mais, e Jimin conseguiu dois dias de folga, claro que, namorar com o chefe tem seus privilégios.

─ Bom dia, Jungkookie. ─ o apelido não estava mais presente apenas no sexo. Passou a ser uma forma carinhosa de chamá-lo.

─ Bom dia, gatinho. ─ ele também ganhou apelido.

As botas pesadas foram largadas na entrada da mansão e Jungkook sorriu com o gesto preguiçoso do namorado. ─ Você é um bagunceiro, amor. ─ Jimin deu ombros sorrindo. ─ Coloque-as no lugar certo.

─ Aigoo. Parece o Hoseok. ─ bateu o pé mimado, mas acatou a ordem.

O corpo pequeno se encaixou nos braços do maior em um abraço apertado, eles se olharam como todas as outras vezes, dois idiotas apaixonados. Estavam sozinhos outra vez, pois o pai de Jungkook havia viajado em uma conferência importante. As bocas encontravam-se muitas vezes, pois sentiam necessidade de estarem unidas. As línguas se acariciavam e as mãos apertavam o corpo um do outro.

Ao se afastarem, caminharam até a cozinha para preparar o café, afinal ainda eram dez da manhã. O mais velho se lembrou das flores, mas já era tarde demais.

─ Que bonitas, Jungkookie. ─ disse o loiro sorrindo.

─ São pra você!





AÍNNN 

AMO ESSE CAPÍTULO♥

VOU DEIXÁ-LOS CURIOSOS

• Não revisado!

STRIPPER •    ❬Jikook❭Onde histórias criam vida. Descubra agora