Thor povs on
Eu não consegui tirar meus olhos das nossas mãos, tentava de todas as formas não pensar no que isso muda, mas sempre tem uma voz na minha cabeça dizendo “Não muda nada” e outra que diz “ele só está com medo por você”. Quando o filme acabou e as luzes acenderam, Peter e Wade se levantaram, Loki fez menção de também ficar em pé mas eu apertei sua mão, então ele ficou, Wade olhou pra mim, e entendeu meu olhar, tirando Peter de lá, depois nos encontraríamos lá fora.
-Eu sei o que você vai dizer. -Ele disse com a cabeça baixa, tirei alguns fios pretos que haviam caído, colocando atrás de sua orelha.
-Então diga que sim. -Encostei minha testa na dele.
-Thor...
-Volte pra casa, por mim, se tem alguma parte de você que ainda se importa... Não precisa voltar comigo, com o que tínhamos.
-Parece um jeito de só me tirar de perto da nossa irmã.
-Traga ela, traga tudo, toda sua mágoa, eu só quero poder acordar e ver você. -Ele suspirou.
-Isso... não muda nada entendeu? Vou voltar só pra você não passar fome. -Ergueu os olhos pra mim, não consegui conter meu sorriso, mas ele não sorriu de volta, apenas se levantou e saiu da sala, fui silenciosamente atrás dele. Do lado de fora, Peter e Wade estavam numa mesa, com as cadeiras do mesmo lado uma de frente pra outra.
-Porque não comprou duas batatas? -O baixinho perguntou.
-Porque você já comprou uma e eu outra, fiquei com duas do mesmo jeito.
-É mas eu queria as minhas.
-Eu te amo. -Peter ficou em silêncio com um sorriso no rosto.
-O fato deu também te amar não quer dizer que estou abrindo mão das minhas batatinhas.
-Quer dizer sim. -Wade pegou o balde e começou a comer, Peter riu revirando os olhos.
-Fofo. -Loki disse se sentando na do outro lado.
-Esta com fome? -Perguntei, ele apenas negou com a cabeça. Me sentei do lado dele, que estava encolhido, calado, apenas observando as pessoas andando pelo shopping.
Quando o jovem casal terminou de comer, fomos até o estacionamento buscar o carro. No caminho de volta Loki dormiu encostado na janela, assim como Peter.
-Ele vai voltar pra casa comigo. -Falei com Wade que sorriu.
-Que bom grandão, agora sua vida está quase perfeita.
-Quase. -Repeti a palavra não com tristeza, mas com esperança, dois dias e ele mudou de ideia sobre voltar pra casa, talvez mais dois dias e ele volte pra mim. Quando o carro parou nenhum dos dois meninos acordou, o jeito foi carregar Loki até seu quarto, leve como um travesseiro, tirei seus sapatos quando o coloquei na cama, parei por um momento, querendo muito deitar do seu lado e dormir com ele, mas fiquei com medo de que não gostasse, então encostei a porta e fui para meu quarto.
Wade Povs on
-Vamos Baby Boy. -Ele fez bico esticando os braços.
-Me carrega que nem o Thor carregou o Loki. -Disse com aquela voz manhosa.
-Não, não do mesmo jeito. -Joguei ele em cima do meu ombro e sai carregando por dentro da casa assim, com ele rindo, até o largar em cima da cama.
-Agora tira sua roupa e vai tomar banho.
-Só se você vier comigo. -Ele ficou vermelho, dei um beijo e tirei minha blusa, indo até o banheiro. A como é bom água quente, cortaram lá de casa, por um lado a água fria deixou minha pele com um brilho de dar inveja, por outro... Qual é né, água fria, ninguém gosta.
-Não olha pra trás. -Ouvi a voz de Peter. Levantei minhas mãos em rendição, ouvindo ele entrar no vapor da água quente comigo.
-Posso? -Estiquei uma mão pra ele, que a segurou bem forte, da pra sentir o nervosismo até na ponta de suas dedos. Quando me virei segurando sua mão, ele não tirava os olhos dos meus olhos, com uma cara de assustado. -Ta tudo bem? -Ele começou a ficar vermelho. -Peter... Não precisa.
-Eu sei que não. -Ele se aproximou. -Mas eu quero. -Virei ele, abraçando suas costas em baixo da água quente.
-Wade. -Desligou o chuveiro e ficou de frente pra mim. -Me leva pra cama.
-Não precisa falar duas vezes. -Levantei ele pelas coxas sentindo sua vontade crescer, notável pelo jeito como cravou as unhas curtas na minha nuca quando mordi seu pescoço... Quase num malabarismo coloquei uma camisinha, olhando pro rosto dele, vermelho como um tomatinho. -Tem certeza?
-Cala boca. -Me puxando num beijo tão forte carregado de tesão. Os suspiros que ele soltavam ficavam cada vez mais altos e pesados, até que me deu permissão chupar ele, agarrando meu cabelo com uma mão fraca, quando olhava pra ele com os olhos fechados e a boca entreaberta. -Wade... Agora... -Entendi o que queria mesmo que quase não tivesse ouvido o que ele falava. No meio da cama virei ele de costas olhando aquela bunda maravilhosa, quantas homenagens pra essa bunda eu já bati nem posso contar. Ele segurava o lençol com força enquanto eu entrava, soltados gemidos exacerbados, depois de me segurar umas duas vezes pra não gozar e deixar ele só na vontade, ele subiu em cima de mim, quicando forte e se esfregando contra meu corpo.
Senti um arrepio percorrer meu corpo todo como se fosse eletricidade quando cheguei no ápice junto com Peter, ficamos abraçados, até ele me pediu pra tomar outro banho comigo e tirar o suor e outras coisas...
Depois que deitamos naquela bagunça de cama de novo, ele quase dormiu instantaneamente, ainda fiquei um tempo mexendo no cabelo dele, até que dormi também.
Hela povs on
-Será que ele morreu? -Fenrir me perguntou quando deitamos pra dormir.
-Espero que não. -Assim que respondi meu celular brilhou. -Pode olhar pra mim?
-É o adotado. -Ele respondeu olhando a tela e me passando o celular.
-Não, é Thor.
-Ele não é o adotado? Certeza?
-Engraçadinho. -Ele riu e se virou de lado.
“Loki está comigo, obrigado por tomar conta dele.”
“Não é seu gato de estimação Thor, ninguém precisa tomar conta dele.”
“Te amo big sis”
“Idiota.”
Loki Povs on
Que saudades de acordar no meu quarto, de Ômega ronronando deitado como se a cama fosse dele, depois de tomar banho e ficar devidamente arrumado para aula, fui atrás do cheiro que vinha da cozinha.
-Bom dia. -Thor estava fazendo café, tinha pão caseiro e geleia de uva na mesa.
-Quando você aprendeu a fazer pão? -Me sentei já com um pedaço na mão.
-Da pra aprender qualquer coisa na internet. -Riu colocando uma xícara com café na minha frente.
-Obrigado. -Sorrindo ele se sentou na minha frente, com o queixo apoiado na mão. -Pode, por favor, parar de me olhar desse jeito? -Ele riu e se levantou, pegando a mochila e a chave do carro. Ele não vai me ajudar, não tenho outra escolha além de ativar o modo mejera.
-Vai querer carona?
-É melhor que ir a pé né. -Passei pela porta na frente dele. O caminho todo ele foi as vezes me olhando de canto de olho, como se quisesse conversar, mas as últimas cortadas que deu quando ele tentava o fizeram desistir.
-Não quer matar aula? -Perguntou quando desci do carro.
-Diferente de você, eu penso no futuro. -Ele mordeu o lábio e concordou com a cabeça, indo embora no carro.
-Quanta grosseira. -Vai quebrando senhor, toda maldição, livrai nos do mal, que no caso é a Darcy.
-Deixa eu advinhar, terminou com o Ivan e agora quer uma chance comigo, já vou previamente negar o café que você vai me chamar pra tomar mais tarde, bom dia, passar bem. -Entrei no prédio deixando a menina boquiaberta do lado de fora, sim, talvez aparecer com ela na frente de Thor o faria me esquecer ou ficar com raiva de mim, mas sinceramente, aguentar a Darcy é um preço alto de mais.
Como sempre a aula foi chata, previsível e cansativa, entreguei o trabalho justificado, seria um 10 rotineiro, mas por eu ter emprestado a Ivan a tese, ficaram muito semelhantes, então ambos tomamos um 6,5 e uma advertência verbal.
-Advertência tão perto do final do período é quase ridículo. -Ele comentou enquanto desciamos as escadas. Do lado de fora contei a ele que Darcy veio falar comigo, e o que eu achava, para minha surpresa ele nem ligou, disse que já havia chamado outra pessoa para sair.
-Quero que meu ex esqueça tão rápido quanto você.
-não sabia que você tinha ex.
-É, eu também não... -Suspirei. -Vou indo, ainda tenho que pegar o resto das minhas coisas na casa da minha irmã. -Ele me deu tchau e foi pela direção contrária, longo caminho até a casa de Hela. A última caminhada que fiz até lá foi tão cheia de dor, tanta mágoa guardada, está vem sendo só um pé atrás do outro, acho que assim é minha vida.
-Oi. -Disse abrindo a porta com minha chave reserva, ela estava na mesa cortando um molde de blusa. -O que está fazendo?
-O desfile dessa semana, desgraçada da Romanoff pediu mais cinco exemplares dessa peça.
-Quer ajuda?
-Tarde irmãozinho, essa já é a última, quer fazer um favor? Faz o almoço.
-Okay. -Fui pra cozinha, pegando tudo do armário e jogando na pia. -Eu vim buscar minhas roupas, ainda não jogou fora né?
-Ainda não. -Colocou a água no fogo, hoje vamos fazer um típico macarrão de preguiçoso, cebola, alho, erva doce, sal, basicamente tudo interessante que tinha no armário eu coloquei na água, depois de borbulhar joguei macarrão e uns pedaços de frango com cenoura que tinha na geladeira. Escorrer tudo. Prontinho.
-Serio? Macarrão de preguiçoso? -Ela perguntou quando coloquei a travessa na mesa.
-O que importa é o sabor.
-Você é um cozinheiro de mão cheia e faz macarrão pra mim? Aposto que pro Thor você faz um pato assado com molho de sei lá o que e farofa de amêndoas.
-Ele não gostou da farofa. -Ele me olhou com cara de indignada. Eu ri. -Pensa que é só pra você, já tenho que ir embora.
-Já vai voltar correndo pra ele?
-Não é pra ele, okay?
-Não é problema meu. -Fui pro quarto pegar a mala. -mas não vai dar certo.
-Você é tão positiva sunshine. -Passei pela porta. -Te amo.
-Idiota. -Fechei a porta e a deixei comendo sozinha, não que seja ruim pra ela.
Não estou nem um pouco disposto para voltar andando pra casa, então resolvi ligar para meu irmão e ver se tinha alguma chance dele me buscar.
-Okay, estou indo. -Tão doce, talvez eu realmente devesse ficar longe dele, agora eu entendi o olhar do Wade quando estava com Peter nos primeiros dias, aquele com a frase grande estampada na testa “Eu não sou bom o bastante pra você”, depois desse término (?) quando percebi quanto mal eu sou capaz de fazer ao Thor por achar que estou certo... Quando ele chegou não consegui falar nada, perceber que ele merece mais do que eu sou capaz dar tapou minha garganta. -Ei, como foi seu dia? -Perguntou assim que paramos na garagem de casa.
-Hm... Bom, e o seu?
-Chato. -Agora estamos parados dentro de um carro desligado dentro da garagem fechada e escura, parece cena de interrogatório. -Tive que revisar o mesmo contrato quatro vezes pro novo investidor, mas o pai disse que ainda não está bom?
-Posso ver? -Ele sorriu e pegou a mochila do banco de trás.
-Aqui. -Me deu uma pasta azul. Enquanto eu lia ele ficava em silêncio, o lugar todo não tinha uma passagem de vento fazendo barulho, era só eu e ele, a ponta do meu lápis arrastando em cima de folha e a respiração dele.
-Okay... Primeiro, não pode pedir apenas 30% do lucro se seu investimento é quase de 60%, isso simplesmente é idiota, sem ofensas, se ele precisa de todo esse capital então ele não tem sócios o suficiente, você pode pedir até 55% mas com um tempo vai diminuir... Também precisa descobrir porque ele está tão interessado na parte de desenvolvimento de novas tecnologias, esse é meu departamento e não fizemos novas criações pro mercado, então porque... Está me olhando desse jeito? -Falei erguendo os olhos quando o vi me encarando.
-O que está fazendo? -Ele perguntou.
-Eu que devia estar perguntando isso.
-Desculpe, não estou acostumado com você sendo gentil, ainda mais das patadas que me deu esses dias.
-Thor... Eu estou aqui não estou? -Ele me olhou confuso, então só desisti da conversa e sai do carro, ouvi ele rir debochado. -O que?!
-Você diz que está aqui e depois vai embora. -Ele também desceu do carro e passou reto por mim. -Você não sabe o que quer e fica jogando todo mundo nos seus joguinhos.
-Eu não estou jogando! -Joguei os papéis nas costas dele.
-Eu tinha muito de você. -Ele voltou com raiva. -Depois de Hela eu tinha um pouco. -Me empurrou contra o carro. -Depois eu tive tudo... E agora eu não tenho nada. -Já estava me segurando muito pra não chorar, sentia meu rosto quente.
-Tem algo.
-"A imagem de um copo não é suficiente." -Me soltou e saiu, ouvi um tecido pesado ser jogado contra o chão, depois que o segui com lágrimas escorrendo pelos olhos percebi que ele tinha arremessado a jaqueta vermelha contra um banco. Ouvi o chuveiro ligado no quarto quando passei pela escada, não sei se ouvi soluços, mas preferi passar reto.
-Não devia ser tão difícil. -Falei assim que Peter atendeu o telefone.
-É, eu sei.
-Sabe do que estou falando?
-Consigo imaginar. -Ele riu. -Wade tá aqui.
-Claro que está, pode colocar no viva voz?
-Sim.
-Oi mejera!
-Eu te entendo, Wade.
-Hm, o como assim? -Ele riu e comecei a chorar, forte, já estava segurando por muito tempo.
-Eu e você, somos kamikazes...
-Loki, aconteceu alguma coisa? -Peter perguntou preocupado.
-Não está sempre acontecendo? Eu não estou destruindo qualquer fagulha de felicidade que tenho? Como fez Wade? Como fez pra parar...
-Acho que... Só parei, é melhor da errado tentando do que largar de vez e se dar por vencido.
-Eu só quero que ele seja feliz, que tenha a vida que merece com alguém que vai valorizar ele.
-Besteira. -Ouvi o tapa de Peter deve ter dado nele. -Não me leve a mal, mas isso é uma desculpa ridícula, todos dizem “Quero que você seja feliz” mas ninguém se esforça para realmente tentar fazer feliz, dizem que esperam uma vida melhor, mas não estão dispostos a de esforçar de verdade, que droga cara, se você quer só vai, faz acontecer, acha que ele merece uma vida boa? Se esforça e dê isso a ele. Acha que ele merece alguém que o valorize? Então valoriza ué, tão simples como 2 2 são 4.
-Eu não sei como.
-Claro que sabe Loki. -Peter disse. -Para de se segurar, vai atrás do que quer, para de deixar o vento te levar.
-Acham que eu devia falar com ele agora?
-Não! -Wade interrompeu. -Espera ficar de noite pra ser mais romântico.
-Eu mereço. -Ouvi Peter rindo. -Se precisar sabe aonde estamos, okay?
-Okay, obrigado.
-De nada. -Wade respondeu e desligou. Respirei fundo e também fui tomar banho. Terminei rápido, fiquei deitado na cama ouvindo Lord Huron, pensando no que eu iria dizer, como iria, quando deu outro horas que a fone bateu, desci pra procurar alguma coisa pra morder.
Quando cheguei lá em baixo Thor estava sentado no balcão comendo cereal direto da caixa, de novo.
-Procurando outro prêmio? -Falei pegando a cafeteira do lado dele e uma xícara no armário. Ele esticou a caixa pra mim, coloquei a mão mexendo um pouco prós lados até sentir um formato diferente, tirei um pequeno dinossauro da caixa.
-Obrigado. -Ele sorriu olhando o brinquedo.
-Você não procura direito. -Falei rindo.
-Lembra quando a mamãe levou a gente no fliperama? Aquele na rua perto do lago.
-Lembro. -Ri lembrando da história, nesse dia a gente conheceu um menino chamado Scott, ele era o único que competia comigo em questão de sorte, Thor cismou com uma cobra na máquina de brinquedos, eu tentei mas só consegui a girafa rosa, mas esse Scott pegou a cobra, então fiz ele trocar comigo pra impressionar uma menina que veio com o amigo do nosso pai, a Hope, aliás nunca mais tive notícias dela.
-Sabe, eu ainda tenho.
-Mentira.
-Juro. -Ele riu. -Tem um cheirinho de doce.
-A cobra que eu tatuei, é aquela.
-Eu percebi, foi quando algumas coisa começaram a fazer sentido.
-Como assim?
-Coisas... -Ele riu descendo do balcão, guardando o cereal no armário e tomando minha xícara de café. -O jeito que você olhava pra mim na educação física.
-Eu não olhava pra você. -Falei nervoso sentindo meu rosto ficar mais quente.
-Olhava sim, eu via como você revirava os olhos de um jeito agressivo quando eu contei pra você e pro Fandral que perdi a virgindade, ou quando eu decide pedir a Jane em namoro. -Ele riu. -Você ficou tão puto.
-Não fiquei não.
-Ta certo. -Ele riu me devolvendo a xícara. -Você sempre foi ciumento Loki, nunca gostou de dividir suas coisas, mas comigo, você queria brincar, parava de fazer o quer que estivesse fazendo pra jogar Mário comigo, nunca tivemos problemas dividir... É por isso que eu tomei seu café todo e você nem reclamou. -Quando ele disse percebi que já estava instintivamente colocando mais na xícara. Ele riu e subiu as escadas.
Resolvi fazer pipoca e subir pro quarto dele, na esperança de ter uma conversa.
-Thor? -Ele estava deitando assistindo televisão.
-Oi? -Ergueu um sobrancelha, eu entrei erguendo a pipoca. -Bandeira branca?
-Sem açúcar, sei que gosta salgada.
-Quer falar sobre o que?
-Nos. -Suspirei, ele me olhou pegando um punhado na mão.
-Existe?
-Não... Eu não posso dar a vida que você merece.
-Loki...
-Sabe que estou certo, não podemos entrar em lugar algum de mãos dadas
-Você nem gosta de andar de mãos dadas.
-O ponto é que; Vamos ser os centros dos olhares no natal, e o pai...
-O pai vai entender, ele é família, como a mãe, só quer nós ver felizes.
-Acha que ele vai ficar bem com a gente? Thor ele pode te demitir, tirar sua herança, tirar a casa, tudo.
-Eu não ligo.
-Algum dia quando tivermos 60 anos, você vai olhar pra isso e pensar que a culpa é minha, que eu tirei tudo de você, e eu não vou aguentar. -Já sentia as lágrimas caírem de novo.
-Você acha que eu não penso nisso? Loki, eu penso o mesmo sobre você, e sei que não se importaria, sei que gosta de luxo, mas sei que prefere a mim do que um Gucci original.
-Tenho minhas dúvidas. -Ri enquanto ele limpava minhas lágrimas com os dedos.
-Você nunca foi medroso, vamos conversar com ele, pelo menos tentar.
-... -Suspirei, pensei antes de responder, isso já estava acabando comigo. -Tudo bem. -Ele pareceu surpreso com a minha resposta. -Vamos contar primeiro, e depois fica pra depois.
-Então você...?
-É Thor. -Falei rindo da lerdeza e da cara de descrente dele. -Me beija logo antes que eu mude de ideia. -Ele riu derrubando o balde de pipoca no chão e me derrubando junto, num beijo forte, ele segurando meus pulsos no chão, fazendo força sobre meu peito me mantendo deitado.
-Senti tanto sua falta, eu amo você.
-Eu responderia se conseguisse respirar. -Ele riu se sentando, me colocando sentando em seu colo, segurando meu cabelo, com o rosto afundado no meu pescoço. -Amo você. -Sussurrei. -Eu vou ser bom, ser o que você merece.
-Não, gosto do seu jeito, não precisa mudar por mim, eu já sou feliz.
-Então eu prometo ficar.
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Seja Paciente...
FanficFanfic Thorki filhos de pais desatentos, Odin tendo clara preferência por um, os dois crescem sabendo que não é só familiar, esse amor vai além de qualquer coisa que os dois já experimentaram.