A volta

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1 ano e meio depois...

Camilla

A Espanha era incrível e eu amava cada detalhe desse país. As pessoas, seu estilo de vida, as comidas e principalmente a língua. Apesar de um pouco de dificuldade no começo, logo eu me senti em casa e passei a adorar cada detalhe da minha nova rotina.

O melhor de tudo foi poder terminar a faculdade aqui e agora eu só trabalhava e não podia pedir mais nada. Tive várias oportunidades incríveis, de viajar, de mostrar minha criatividade e meu trabalho e cresci muito nesse tempo.

Mas eu sentia falta de casa. Desde que sai, nunca mais tinha voltado aos EUA e apesar dos meus pais terem vindo me visitar, eu sentia falta das minhas amigas.

E como se o destino quisesse brincar comigo, minha chefe me procura para fazer uma proposta: fazer uma propaganda com um novo cantor que estava começando a fazer sucesso e gravar todo o material em Miami.

- Mas eu preciso de mais informações, me parece um tiro no escuro – digo pensativa.

- Seu antigo chefe vai te guiar quando você chegar lá e além disso, você precisa de uns dias de descanso – ela sorri – Pensei que quisesse voltar para casa.

- Quero e muito, mas também quero fazer bem meu trabalho – sorrio de volta – Mas vou aceitar sim, só preciso me programar para ir.

Ela assente e me deixa voltar ao trabalho. Logo chega o horário de almoço e eu vou no meu restaurante favorito.

- O de sempre por favor – peço para o garçom que já me conhece e sorri ao me ver.

- Mais um prato igual da moça aqui – Johann grita, me assustando – Oi amor.

- Você me assustou – reclamo – Oi.

- Desculpa – ele sorri e se senta, após me dar um beijo na testa – E aí, quais são as novidades?

- Eu tenho uma, mas não sei se você vai gostar...

- Pode falar – ele sorri, nem um pouco desconfiado.

- Recebi uma proposta para trabalhar nos EUA, vai ser só um tempo mas eu vou tirar alguns dias livres por lá também – vejo sua expressão mudar.

- E você vai me deixar aqui?

- Deve ser três semanas no máximo, um mês se atrasar o trabalho.

- Um mês que pode virar dois, três ou você perceber que não quer mais viver aqui não é – o garçom nos interrompe e eu respiro aliviada.

- Amor – começo novamente – É importante para mim, eu quero ver minha família e meus amigos de novo. Principalmente se a gente realmente decidir se casar, eu preciso que eles tenham certeza que eu estou bem e feliz.

Johann segura minha mão e abre um pequeno sorriso: - Lógico que vamos casar e eu vou pedir a mão para seus pais, mas não agora, eu preciso de mais tempo.

- Eu sei e isso não é pressão, só quero que você entenda que é importante para mim – aperto sua mão e ele assente. Era seu jeito de dizer que tudo bem.

Então, mudamos de assunto e terminamos o almoço sem nenhum desentendimento. Eu me senti aliviada e já começava a me sentir animada.

Miami era uma cidade que eu só tinha ido uma vez, mas Sophia, minha melhor amiga da adolescência ainda vivia lá e é para ela que eu ligo assim que me separo de Johann. Já ia começar a preparar tudo para minha volta.

Zabdiel

Minha vida estava uma loucura. Eu viajava pelos quatro cantos do país e tudo o que eu tinha levava em três malas e uma mochila, além do meu inseparável violão.

Crossed WaysOnde histórias criam vida. Descubra agora