Capítulo 15

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      Vinte e cinco minutos depois, usando roupas leves e sandálias sem salto, Emma desceu e abriu uma garrafa do seu filho favorito. Também preparou uma bandeja com queijo cheddar e biscoito cracker, talvez ficasse mais relaxada se tivessem alguma coisa para comer e beber ao conversar com Fael. Esperava que ele não ficasse furioso com ela ou ela nervosa demais. Acabara de tirar duas taças do armário quando a campainha tocou. O coração traiçoeiro de Emma começou a bater depressa e ela teve que respirar profundamente algumas vezes em pé na cozinha antes de atender a porta.
    Como sempre, apenas vê-lo era suficiente para destruir o pouco de calma que conseguira. Por que não controlava suas emoções no que se referia a ele?
   - Oi, Fael, entre. - felizmente sua voz não demonstrou nervosismo.
    Ele olhou ao redor brevemente antes de a seguir até a sala de estar, onde ela já deixara a bandeja com queijo e as bolachas e a garrafa de vinho e as taças.
   - Continua lindo o lugar e a decoração que você tem aqui. - lembrou da última vez que esteve lá.
   - Obrigada, conhece meu gosto. -     Emma estava grata pela conversa leve. - Quer uma taça de vinho?
   - Claro. - Fael se sentou numa das cadeiras que ladeavam a lareira.
    Emma serviu o vinho e o entregou uma taça. Por um momento seus olhos se encontraram e o coração dela apertou com a dor.
   - Saúde. - ela tomou um gole e sentou diante dele em outra cadeira.
Fael e recostou e olhou para ela. Um silêncio desconfortável os cercou e  Emma estava tentando pensar em como o romper.
   - Vai me contar por que fugiu de mim? - ele tomou a iniciativa.
   - Lamento muito. Sei que devia ter deixado um bilhete, mas estava muito transtornada e não conseguia pensar direito.
   - Por que ficou transtornada? - Fael colocou a taça de vinho sobre a mesa.
   - Tenho certeza que agora já sabe que Felicity ligou para você. - Emma baixou o tom de voz. - Quando ouvir a voz dela entrei em pânico.
   - Ficou apavorada com a possibilidade dela reconhecer sua voz?
   - Sim e de repente achei que não devia ter estado lá. Nunca devia ter ido para lá.
     Emma soube pela forma como os olhos dele e entrecerraram e o queixo endureceu que o deixara zangado.
   - Acha que foi um erro ter ido? - Fael se levantou e foi até Emma.
   - Sim. - ela ficou orgulhosa de si mesma por não permitir que sua voz perdesse a firmeza.
    Fael estendeu a mão e tirou a taça dos dedos de Emma subitamente e a colocou ao lado da dele. Então lhe segurou a mão e a fez se levantar.  Depois a puxou contra ele e fez sua boca encostou na dela. Emma não teve forças para resistir. No que se refere a Fael, seu corpo e seu coração vencem facilmente o que a cabeça pensa. Logo estavam se beijando como se nunca pudessem ter o bastante um do outro. Antes que o cérebro até mesmo registrasse o que estava acontecendo, ele a ergueu nos braços e subiu a caminho do quarto dela, que ele encontrou sem qualquer hesitação. Então a colocou de pé.
   - Diga, quero que diga. - os olhos dele penetrou nos dela. - Acha que isso que sentimos é um erro?
   - Eu... eu não... - ela não terminou a frase porque a boca dele tomou a dela de novo.
    Dois minutos depois, as roupas estavam onde havia caído e os dois se agarravam na cama. Não houve sutileza, nada de preliminares, apenas uma intensidade que se construiu e deixou ambos arquejantes. Ao terminar Emma teve vontade de chorar. O que havia de errado com ela? Por que estava se torturando assim? Sabendo que não seria capaz de fazer o que precisava ser feito se ficasse na cama, Emma se afastou dele e juntou suas roupas.  Deu-lhe as costas enquanto se vestia rapidamente.
   - É um erro, Fael. - virou para o encarar.
    Ficou aliviada ao ver que ele também começara a se vestir. Não sabia se seria capaz de continuar se tivesse que olhar para o corpo dele.  Um corpo que não deveria estar ao lado dela pela manhã ou em qualquer outro momento.
   - Fael, queira ou não admitir, está sofrendo as consequências do rompimento do noivado. Quando superar a rejeição de Cecília, estará pronto para continuar sua vida. E verá que não sou a pessoa que quer.
   - Então, é isso que você pensa e minha opinião não importa? - os olhos dele ficaram como gelos a observando por um longo momento.
    Emma deu de ombros. Seu coração batia com tanta força que ela temia que Fael pudesse ouvir. Por que aquilo era tão difícil? Não era melhor para ela rompe agora do que esperar que ele se afastasse? E ele se afastaria.
   - Certo. - disse ele finalmente. - Se é assim que você pensa, acho que não tenho nada a dizer.
    Segundos depois ele já estava vestido e fora embora.

Por um milhão de dólaresOnde histórias criam vida. Descubra agora